ENEM
LAURA CAPRIGLIONE - DA REPORTAGEM LOCAL - MARCOS GRINSPUM FERRAZ - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA "Tem dois rapazes que estão com a prova do Enem para vender." Assim o proprietário da Donna Pizzaria & Restaurante, Luciano Rodrigues, em contato telefônico com a Redação da Folha, apresentou os homens que diziam estar de posse de um caderno de questões do Exame Nacional do Ensino Médio a quatro dias da prova. No mesmo telefonema, realizado na terça-feira, Luciano Rodrigues disse que iria passar os números de telefone da Folha para os dois vendedores, e que eles entrariam em contato. "Eu não tenho nada a ver com essa história, ok? E não é para vocês citarem meu nome. Em hipótese nenhuma", disse. Um dos homens chegou a entrar em contato com a Redação por volta das 23h40 do mesmo dia, mas para isso usou um telefone com o número bloqueado. Nesse contato, o homem marcou um encontro com a reportagem do jornal na quarta-feira. Disse que telefonaria ainda outra vez no dia seguinte, para confirmar. Também disse que seu comparsa teria um encontro com repórteres de uma emissora de TV às 15h. Mas não houve mais contato algum. O próprio dono da pizzaria, Luciano Rodrigues, passou a não mais atender aos telefonemas do jornal. Procurado ontem na pizzaria, que fica nos Jardins, o empresário Luciano Rodrigues não foi encontrado. Mas entrou em contato por telefone às 20h54, tão logo os repórteres saíram do local. Em dez minutos de conversa, disse não ter como localizar os homens que ofereciam a prova. Questionado sobre os nomes dos dois, gritou, aparentando nervosismo: "Eu não sou dedo-duro. Não vou dizer." O empresário assumiu que foi ele quem deu aos dois homens os números de telefones de jornalistas da Folha e de "O Estado de S. Paulo". Desta vez, porém, negou que soubesse que o teor era a venda de prova roubada do Enem. "Eu não sabia sobre o que seria a conversa. Se alguém lhe pedisse para apresentar alguns jornalistas, você não ajudaria?", indagou. Luciano Rodrigues disse ontem que, se voltar a se encontrar com os dois homens, vai avisá-los de que a reportagem da Folha quer entrevistá-los para saber como foi feito o vazamento das questões. Rodrigues afirmou que, ele mesmo, não sabe como isso aconteceu. O jornal "O Estado de S. Paulo", que divulgou primeiro a notícia sobre o vazamento da prova, disse que os homens pediram R$ 500 mil pelo material. Em reportagem publicada na edição de ontem, o jornal informou que viu o material, mas não pagou pelo exame. A oferta de compra da prova roubada também foi feita ao portal de notícias R7. Em reportagem publicada ontem na internet, o R7 diz ter sido procurado na quarta-feira por um homem que mostrou um caderno com as questões do Enem que supostamente constariam da prova de domingo. Segundo o texto, o caderno tinha selos do Enem, do MEC (Ministério da Educação) e do Inep, instituto responsável pelo exame.
LAURA CAPRIGLIONE - DA REPORTAGEM LOCAL - MARCOS GRINSPUM FERRAZ - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA "Tem dois rapazes que estão com a prova do Enem para vender." Assim o proprietário da Donna Pizzaria & Restaurante, Luciano Rodrigues, em contato telefônico com a Redação da Folha, apresentou os homens que diziam estar de posse de um caderno de questões do Exame Nacional do Ensino Médio a quatro dias da prova. No mesmo telefonema, realizado na terça-feira, Luciano Rodrigues disse que iria passar os números de telefone da Folha para os dois vendedores, e que eles entrariam em contato. "Eu não tenho nada a ver com essa história, ok? E não é para vocês citarem meu nome. Em hipótese nenhuma", disse. Um dos homens chegou a entrar em contato com a Redação por volta das 23h40 do mesmo dia, mas para isso usou um telefone com o número bloqueado. Nesse contato, o homem marcou um encontro com a reportagem do jornal na quarta-feira. Disse que telefonaria ainda outra vez no dia seguinte, para confirmar. Também disse que seu comparsa teria um encontro com repórteres de uma emissora de TV às 15h. Mas não houve mais contato algum. O próprio dono da pizzaria, Luciano Rodrigues, passou a não mais atender aos telefonemas do jornal. Procurado ontem na pizzaria, que fica nos Jardins, o empresário Luciano Rodrigues não foi encontrado. Mas entrou em contato por telefone às 20h54, tão logo os repórteres saíram do local. Em dez minutos de conversa, disse não ter como localizar os homens que ofereciam a prova. Questionado sobre os nomes dos dois, gritou, aparentando nervosismo: "Eu não sou dedo-duro. Não vou dizer." O empresário assumiu que foi ele quem deu aos dois homens os números de telefones de jornalistas da Folha e de "O Estado de S. Paulo". Desta vez, porém, negou que soubesse que o teor era a venda de prova roubada do Enem. "Eu não sabia sobre o que seria a conversa. Se alguém lhe pedisse para apresentar alguns jornalistas, você não ajudaria?", indagou. Luciano Rodrigues disse ontem que, se voltar a se encontrar com os dois homens, vai avisá-los de que a reportagem da Folha quer entrevistá-los para saber como foi feito o vazamento das questões. Rodrigues afirmou que, ele mesmo, não sabe como isso aconteceu. O jornal "O Estado de S. Paulo", que divulgou primeiro a notícia sobre o vazamento da prova, disse que os homens pediram R$ 500 mil pelo material. Em reportagem publicada na edição de ontem, o jornal informou que viu o material, mas não pagou pelo exame. A oferta de compra da prova roubada também foi feita ao portal de notícias R7. Em reportagem publicada ontem na internet, o R7 diz ter sido procurado na quarta-feira por um homem que mostrou um caderno com as questões do Enem que supostamente constariam da prova de domingo. Segundo o texto, o caderno tinha selos do Enem, do MEC (Ministério da Educação) e do Inep, instituto responsável pelo exame.
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