1) Quem é o Said Dib?
Said Dib - Antes de tudo, antes que um historiador, um jornalista ou um analista político, sou um patriota que acha que está na hora de se falar menos em interesses de pessoas, de raças, de grupos, de classes, de facções ou de partidos... e mais no interesse nacional. Não que os interesses específicos sejam desimportantes, mas precisamos apostar mais naquilo que nos une. Acredito que, desde a morte de Vargas e o início do processo de internacionalização dependente de nossa economia, nós, brasileiros, não pensamos no Brasil com nossos olhos, com nossas capacidades. Sou apaixonado pelo Brasil e acredito que temos como tomar rumo; temos como ter um projeto próprio de desenvolvimento, tudo dependendo apenas de maior patriotismo e da eliminação do "complexo de vira-lata" de nossas elites. Por isso, embora tenha críticas pontuais quanto ao governo Lula, acho que, no geral, ele já é um vencedor, pois vem colocando esta questão em pauta de forma eficiente e provocadora.
2) E como você se tornou um blogueiro?
Said Dib - Por absoluta falta de grana e de capacidade técnica para criar um verdadeiro site. A verdade é que não me considero exatamente um “blogueiro”. Sempre quis criar um site que analisasse a política de forma mais crítica, sem a hipocrisia do discurso da “imparcialidade”. Não acredito nisso. Imparcialidade de jornalista é coisa de covarde político. Foi um mito imposto pelas transnacionais aos nossos veículos de comunicação a partir da segunda metade da década de 60, quando a Ditadura apoiou veículos entreguistas, como a TV Globo. Sempre colaborei com sites e jornais mais alternativos (entenda-se: não-amestrados), como o "Tribuna da Imprensa”, do meu amigo, o mestre Helio Fernandes. A manipulação, o engodo, o caráter golpista e a aliança espúria dos grandes veículos de comunicação com as transnacionais do eixo Rio/São Paulo, em detrimento do Brasil, sempre me aborreceram muito. Aliás, este foi o tema que propus no projeto do mestrado de Ciência Política da UnB. Com as facilidades operacionais - e o baixo custo – surgidas com o advento dos blogs, vi a oportunidade de criar não um “diário pessoal” (como geralmente acontece) onde pudesse me expressar, mas uma espécie de “agência de notícias” independente, que pudesse mostrar as contradições da mídia amestrada. E é o que tento fazer no Blog do Said Dib. O blog é assumidamente engajado no combate a tudo que lembre, por exemplo, a desgraça que FHC - e o seu tucanato - representou para o Brasil, principalmente no que se refere ao deliberado processo de “desconstrução” do Estado brasileiro. Mas, lá você encontra muito pouco de meus próprios textos. Aliás, as tarefas na assessoria do Senado não me deixam muito tempo para isso. O importante é a seleção (sem “imparcialidade”) das informações apresentadas e o espaço aos colaboradores.
3) Quem é José Sarney na visão do Said Dib?
Said Dib - O filósofo existencialista Jean-Paul Sartre dizia que “o importante não é o que fazem do homem, mas o que ele faz com que fizeram dele”, ou seja, não importa os condicionantes sociais, políticos e culturais do meio em que os homens vivem, mas como respondem aos desafios impostos. Aqueles que sabem enfrentar as adversidades, que sabem assumir posições, que conseguem dar sentido às suas ações, às suas existências, Sartre definia-os como “homens autênticos”. São diferentes dos covardes existenciais que não tomam posição, dos que não assumem responsabilidades, os “inautênticos”. Estes, segundo o pensador francês, diante dos vários caminhos que a vida proporciona, ao terem que enfrentar a “angústia inexorável da escolha”, não suportam “o peso da liberdade”, se sentem no vazio e encolhem, aninhando-se no que Sartre chamava de “má-fé”. Eu diria que Sarney é um paradigma do primeiro tipo, um homem e um cidadão de “boa-fé”. Afinal, foi governador, deputado e senador pelo Maranhão, presidente da República, senador do Amapá por três mandatos consecutivos, presidente do Senado Federal por três vezes. Tudo isso, sempre eleito. São 55 anos de vida pública. É também acadêmico da Academia Brasileira de Letras (desde 1981) e da Academia das Ciências de Lisboa. E nunca se acovardou diante das dificuldades. Por isso é um grande orgulho para mim trabalhar com ele.
4) E esta “boa-fé” está também no plano político?
Said Dib - Eu diria que “principalmente no plano político”. Isto porque, quando, diante da trágica morte de Tancredo, Sarney foi alçado à Presidência, sem qualquer respaldo popular, oriundo do partido de apoio ao regime que se retirava, num contexto extremamente adverso e delicado de transição democrática - e profunda crise econômica -, não se acovardou, não se encolheu existencialmente. Tomou posição, assumiu responsabilidades, cumprindo todos os compromissos da Aliança Democrática. E fez isso, ironicamente, sem o apoio do PMDB e tendo que construir uma base de sustentação popular a partir do nada. A verdade é que a missão não foi nada fácil. Longe disso, pois, além dos profundos problemas políticos e econômicos que herdou, a imprensa, amordaçada por tantos anos e aproveitando-se da natural frustração das massas, em decorrência da morte de Tancredo, não deu trégua. Mas, mesmo assim, administrando revanchismos extremados e conciliando conflitos aparentemente irreconciliáveis, Sarney assumiu o comando da redemocratização. Mandou os militares de volta aos quartéis, profissionalizando as Forças Armadas. Por outro lado, legalizou os partidos clandestinos da esquerda, com o ato simbólico de receber no Planalto Giocondo Dias e João Amazonas. Além de estabelecer as eleições diretas nos antigos municípios de segurança nacional, logo em seguida convocou a Assembléia Constituinte, algo que o próprio Tancredo temia fazer. Nos cinco anos de seu governo solidificaram-se as instituições. As eleições se sucederam em absoluta tranqüilidade. A imprensa, mesmo atacando sem trégua o presidente, nunca foi tão livre. Em 1990, entregou a seu sucessor — eleito em eleição direta e completamente livre — um país renovado. Cumpriu-se, assim, o compromisso de Tancredo: o Brasil tornou-se uma grande democracia.
5) Por que a mídia nacional tentou recentemente derrubar o senador José Sarney?
Said Dib - A resposta é simples: o apoio firme de Sarney ao governo Lula e ao projeto Dilma Presidente em 2010. Sarney é a garantia política de que o maior partido do País, o PMDB, com uma máquina partidária gigante e tendo vencido as últimas eleições municipais, permaneça na base do governo. As forças anti-nacionais, financiadas pelas grandes corporações transnacionais sediadas principalmente em São Paulo, politicamente são tucanóides apátridas que querem manter o Brasil de joelhos diante da plutocracia financeira internacional. Não suportam as mudanças representadas por Lula e Dilma, como não suportaram os esforços de Sarney, quando era presidente, de criar mecanismos de proteção social e de combater as desigualdades regionais através de coisas como o “Calha Norte” e a ferrovia Norte-Sul. São a turma do “PIG”, que Paulo Henrique Amorim tanto combate. Controlam os grandes veículos de comunicação através da publicidade, que representa hoje mais de 90% do faturamento dos jornais. Controle econômico que é possível porque o jornal depende principalmente de duas fontes de receita: a venda em bancas e a publicidade. Na maioria das grandes publicações nacionais, a primeira é tão pequena que não raramente o custo gráfico da publicação é superior ao que o leitor paga ao jornaleiro. Em publicações como O Globo, O Estado de S.Paulo,Veja, Jornal do Brasil, por exemplo, a publicidade é responsável normalmente por mais de 90% da receita. E isto explica essa dependência. O fato de ser o anunciante estrangeiro que basicamente sustenta as publicações faz com que a política editorial de grandes órgãos de comunicação do país acabe sendo o foro de defesa de um modelo de “desenvolvimento” baseado na presença desses anunciantes. É aí que está a grande questão.
6) Fazer política no Brasil é levado a sério? Se não, por que
no encontramos nessa situação?
Said Dib - Em primeiro lugar, quero dizer que a grande maioria dos parlamentares trabalha duro no Congresso. Os parlamentares participam de comissões, acompanham seus projetos, ouvem as bases, defendem seus estados na Esplanada, lutam por recursos junto aos ministérios. Aliás, a maioria nem tem tempo para ficar fazendo proselitismo no Plenário. Esses que ficam ali o tempo todo são, por ironia, os que geralmente não fazem nada. Mas, são os poucos de sempre. Mas, realmente, a classe política está desgastada não tanto por causa do comportamento moral dos políticos ou da óbvia campanha golpista da grande mídia contra eles, mas por que a própria democracia representativa está em questão numa sociedade de massas. Explico: existem duas invenções do Mundo Ocidental que foram determinantes para a modernidade: o Estado Nacional e a representatividade política dos parlamentos no controle dos governos. O primeiro permitiu a aglutinação de esforços de toda uma nação em empreendimentos de grande envergadura que, do contrário, não seriam possíveis com o poder descentralizado. A Europa só saiu do feudalismo desagregador e anárquico e gerou as grandes navegações e a posterior Revolução Industrial (que moldou a contemporaneidade) por causa disso. Jamais Portugal teria feito a expansão ultramarina, por exemplo, sem a centralização política. A segunda conquista foi a democracia representativa, que aperfeiçoou o Estado nacional e permitiu que conflitos reais entre classes, facções, raças e grupos de interesse, que geravam a anarquia e a guerra, se tornassem conflitos de idéias e debates civilizados no Parlamento. Sem esses dois aspectos, não teria sido possível a construção de sociedades civilizadas e com grande capacidade produtiva, embora extremamente desiguais. Os países mais ricos e desenvolvidos do mundo souberam construir esses dois pilares. Hoje, o grande desafio é se permitir que Estado Nacional e democracia representativa representem realmente não apenas grupos organizados, mas toda a sociedade, inclusive os mais pobres. Ou seja, hoje a luta é o alargamento da participação política. E o governo Lula tenta fazer isso. Mas, no Brasil, país rico em todos os aspectos (menos no patriotismo), forças apátridas locais, aliadas aos grandes conglomerados internacionais, criaram mecanismos de contenção de nosso desenvolvimento, atacando justamente nosso Estado nacional e nossa representatividade soberana.
7) Neste aspecto, como você analisa o Congresso Nacional hoje?
Said Dib - Desde o desgoverno FHC, o Brasil sofre justamente um retrocesso nestes aspectos: soberania popular e Estado nacional. O tucanato apátrida conseguiu “desconstruir” o nosso já frágil Estado nacional e criou mecanismos de desagregação e anulação da representatividade política. A existência de mecanismos canalhas de anulação da soberania popular, como a famigerada “Lei de Responsabilidade Fiscal” e o satânico “superávit primário” (que, através da DRU – Desvinculação das Receitas da União - retira dinheiro no Orçamento da Saúde, da Educação e da Previdência para pagar juros aos banqueiros internacionais), roubaram o poder soberano do voto popular, tornando tanto o Poder Executivo quanto o Legislativo apenas carimbadores malucos de políticas que não são feitas por brasileiros. Os projetos relevantes hoje chegam no Congresso, em sua maioria, já feitos, já discutidos, sem tempo para a classe política realmente debatê-los. Os parlamentares perderam suas prerrogativas e têm projetos aprovados apenas quando são projetos desimportantes que não afetem a política econômica. Reparem como todo dia é aprovado algumas inutilidade no Congresso. Por outro lado, deputados e senadores ficam de pires na mão atrás de migalhas (emendas) do Orçamento para seus estados, num bolo que representa apenas uns 5 ou 6% do Orçamento federal. O próprio Presidente da República, assim como os prefeitinhos e governadores do País afora, têm dificuldade em governar. Eles não podem, por exemplo, endividar o Estado para atender a população numa emergência. Não podem deixar de pagar juros para fazer escolas, para construir hospitais, para armar os policiais, para governar para o bem comum, senão, por causa da LRF e da DRU (criações diabólicas de FHC), vão presos. Mas, pela mesma LRF, podem fazer o contrário. Podem deixar de atender a população, aumentando a dívida social, para pagar juros. Ou seja, dívida para pagar banqueiro pode. Dívida para atender a população, não. Posso afirmar que Lula sabe disso. Sabe das suas limitações institucionais herdadas de FHC. E sabe também que, se resolvesse acabar com isso de uma hora para outra, seria deposto, como tentaram fazer com Chaves na Venezuela. Ou seja, Lula é um verdadeiro herói por ter conseguido criar alguma coisa positiva nas políticas de salvaguarda social, como o Bolsa Família, neste cenário estruturalmente amarrado pelas armadilhas tucanas. Daí a necessidade da continuidade com Dilma. O governo Dilma será um salto qualitativo no resgate de um Estado realmente soberano.
8) E a candidatura da ministra Dilma Rousseff empolgará o eleitorado brasileiro?
A candidatura Dilma não é apenas uma possibilidade ou um pretenso desejo subjetivo do presidente Lula. É um imperativo moral da cidadania brasileira para a própria sobrevivência do Brasil como país soberano. O que está em jogo não é apenas mais uma eleição para trocar um presidente marionete por outro, mas a confirmação plebiscitária de que o País diz sim à necessidade histórica de se resgatar o Estado nacional soberano e a representação popular efetiva. O que está em jogo é a antinomia entre o atraso representado pelo Tucanato apátrida e a possibilidade real de, pela primeiro vez, o Brasil se tornar independente. Com os votos em Dilma, os brasileiros darão força política para que haja a ruptura com os entraves tucanóides, para que ela faça o que Lula não pode fazer, embora desejasse. Um hipotética eleição de Serra seria o fim assustador desse sonho. Depois dele seria melhor que o Brasil acabasse de vez com qualquer veleidade patriótica e se integrasse definitivamente aos EUA. Seria mais honesto votarmos logo para presidente dos EUA.
9) Ela tem chance de ganhar já no primeiro turno? Qual a importância do presidente Lula e do PMDB nas próximas eleições?
Dentro do próprio PT há certa divisão perigosa: um setor minoritário e irresponsável que está mais para Meirelles da vida e outro setor mais desenvolvimentista, mais consciente sobre tudo que estamos falando acerca da necessidade de ruptura com as armadilhas deixadas pelos tucanos. Até pouco tempo, esta dicotomia era representada pela polarização entre Zé Dirceu e Palocci. Dirceu, um desenvolvimentista. Palocci, não difere muito de Malan. Dilma, felizmente, também tem o perfil desenvolvimentista. É brigona. Sabe do que o Brasil precisa. E tem capacidade administrativa para tornar as coisas reais. A confiança que Lula demonstra ter nela é um ótimo sinal. Mostra que, no íntimo, Lula não gosta de coisas como a política econômica que dá força ao COPOM para definir o que é o mais importante: a política econômica. Ao apoiar Dilma, Lula está mostrando que aposta que num futuro governo Dilma as coisas vão ser diferentes. Ele não quer que Dilma passe pelas dificuldades que ele vem passando. Quer dizer, ele sabe que não adianta apenas colocar Dilma na Presidência sem lhe garantir condições de realmente governar com soberania. Por isso, a grande dificuldade de Dilma não será ser eleita. Creio que será, sim, e no primeiro turno. Acho mesmo que o próprio Serra já desistiu. Já sabe que Dilma, com apoio de um presidente com 80% de aprovação, será eleita. O problema que se coloca é a governabilidade posterior. Daí a importância do Sarney. O ex-presidente representa a garantia de que o PMDB não vai se partir ao meio. Isto seria muito ruim para o projeto de consolidação do resgate de nossa soberania.
10) O Brasil mudou pra melhor na administração do presidente Lula?
Certa vez, Sarney, falando sobre as diferenças entre os literatos e os políticos, disse que “político lida com realidades, o escritor com abstrações". E que, como intelectual e político, aprendeu que "o intelectual é o homem da justiça absoluta; já o político é aquele que busca a arte do possível, com os instrumentos da contingência". E ensinou: "quem governa vive suas circunstâncias. Não decide sobre abstrações, mas fatos". Quer dizer, Lula não é, felizmente, um literato ou um teórico. É um homem de ação. E talvez por isso soube como ninguém afastar os apaixonados por teorias de seu governo e, com isso, foi extremamente pragmático. Fez, com eficiência, o que a realidade tenebrosa herdada de FHC permitiu. É claro que todos nós desejaríamos mudanças mais profundas. Mas não estamos no governo. Só Lula sabe das dificuldades que enfrenta. Mas, os números mostram avanços sociais impressionantes e inquestionáveis. Só pelo fato de Lula ter falado de patriotismo e de ter insistido em fazer investimento e planejamento, mostra avanço consistente do seu governo. Investimento e planejamento eram palavrões na época de FHC. Lembram?
Suas considerações finais:
Em primeiro lugar, quero agradecer ao Blog da Dilma. E quero dizer também que meu blog está engajado na campanha de Dilma Roussef. Acredito que ela representa a etapa final de um difícil processo de limpeza que o Brasil precisa fazer de tudo aquilo que representou os “80 anos de atraso de FHC em 8 de ´governo`” (conforme expressão do mestre Helio Fernandes). Votando em Dilma, poderemos acabar em definitivo com a política econômica baseada no superávit primário e tudo que representa de nefasto para nossa sociedade. Lula, hoje, tem consciência de que, no seu primeiro mandato, amarrado pela "herança maldita" do "tucanato", teve que manter a política econômica que beneficia os banqueiros (para não ser deposto), mas, diferente de FHC, quis atender também aos extremamente pobres, com políticas como o "Bolsa Família". Setor, aliás, que viabilizou a sua reeleição. Mas, assume que teve de deixar a classe média a ver navios. E isto é muito importante. Agora, diante da impossibilidade de um terceiro mandato, Dilma ocupará a missão que Lula tinha no sentido de também pensar na classe média. E Dilma tem consciência disso. Com Sarney, vem falando diversas vezes sobre o assunto. Vem mostrando preocupação não só pela óbvia estabilidade política que o fortalecimento desse setor traz, mas, também, pela sua grande capacidade geradora de empregos, impostos e consumo, pois é responsável por aproximadamente 60% das vagas criadas pela economia e faz circular riquezas para as atividades que basicamente dependem dela, tais como: hotéis, agências de viagens, empregados domésticos, lavanderias, feiras, planos de saúde, serviços automotivos, restaurantes, construção civil, etc. Espero que esta consciência se transforme em realidade, pois, realmente, é da classe média que vem cerca de 62% da receita dos shoppings, 58% do setor de educação, 61% do setor automotivo, 60% do setor mobiliário, 50% da receita dos supermercados e do setor de telecomunicação. A classe média é responsável, ainda, por 67% da arrecadação do Imposto de Renda e cerca de 70% dos impostos sobre o patrimônio. A verdade é que as políticas econômicas dos últimos anos vêm tratando a classe média como um segmento privilegiado que deve cada vez mais contribuir para os cofres públicos. Contribui pesado, mas não usufrui dos serviços prestados pelo Estado, cuja inércia a obriga a comprometer cerca de 102 dias/ano da sua renda para adquirir serviços privados (educação, plano de saúde, previdência privada...). Dilma tá certa em se preocupar, pois nunca é demais lembrar que é exatamente a classe média o setor que mais é sujeito aos discursos pseudo-moralistas dos jornalões golpistas de sempre. Alimentar uma política econômica que privilegia apenas banqueiros e extremamente pobres, vilipendiando a classe média, é procurar sarna pra se coçar num futuro governo. É isso.
Conheça o Blog do SAID DIB: http://saiddib.blogspot.com/
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