Representantes do presidente deposto, Manuel Zelaya, e do governo de facto hondurenho, liderado por Roberto Micheletti, chegaram a um acordo na quinta-feira, depois de prolongadas negociações. Mas o documento ainda precisa da aprovação do Congresso. "O governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia do acordo alcançado ontem, dia 29, em Tegucigalpa, que cria as condições para o restabelecimento da ordem democrática em Honduras", informou o Itamaraty em nota.
A chancelaria brasileira também expressou a expectativa "de que a normalidade institucional se restabeleça dentro do mais breve prazo em Honduras, com a volta da titularidade do Poder Executivo ao estado prévio ao golpe de Estado de 28 de junho". O governo brasileiro tem apoiado a restituição de Zelaya, que foi expulso de Honduras por militares, e o recebeu como "hóspede" em sua embaixada em Tegucigalpa quando o mandatário retornou secretamente ao país, em 21 de setembro. Na quarta-feira Honduras entrou com uma denúncia contra o Brasil na Corte Internacional de Justiça de Haia por permitir que Zelaya se refugie em sua embaixada. O pedido argumenta que o mandatário deposto e seus seguidores usam a sede diplomática brasileira como plataforma de propaganda política, "ameaçando a paz e a ordem pública de Honduras".
O Itamaraty disse nesta sexta-feira que, com a solução pacífica da crise, o governo brasileiro espera "a pronta normalização da situação de sua Embaixada em Tegucigalpa". No comunicado, o Brasil também felicitou o povo hondurenho pela saída "pacífica da crise" e disse confiar que o acordo possa permitir "a plena reintegração de Honduras ao sistema interamericano e internacional". (Reportagem de Julio Villaverde) Do Blog Terra Brasilis
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