Sob Pressão, Vale Vai Investir Mais
O armistício entre o presidente da Vale, Roger Agnelli, e o governo virá empacotado em um plano de investimentos de cerca US$ 12 bilhões para 2010, segundo fonte ligada à mineradora. A cifra supera em pouco mais de 30% os US$ 9 bilhões que serão efetivamente gastos pela empresa este ano. Mas, mesmo engordando o orçamento para 2010, a companhia ainda não voltou ao nível pré-crise internacional. A Vale chegou a planejar um investimento recorde de US$ 14 bilhões para este ano, que não se concretizou. No início de 2009, a forte retração na demanda mundial por insumos básicos levou a companhia a cortar seu orçamento em US$ 5 bilhões.
A decisão de pisar no freio e diminuir o ritmo de investimentos provocou uma revolta do governo. Inconformado, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, passou a criticar publicamente a gestão de Agnelli à frente da mineradora, especialmente os investimentos em siderurgia. Com um orçamento mais robusto, a expectativa é atender à demanda do governo por mais investimentos no País. A melhora no cenário internacional, com a recuperação na demanda de mercados importantes, como os da Europa e dos Estados Unidos, também contribuiu para isso.
O investimento de US$ 12 bilhões deve ser apresentado ao presidente Lula exatamente quando começam a arrefecer as críticas do governo. No mercado financeiro, comenta-se que o presidente da República teria desistido de pressionar o Bradesco - um dos sócios controladores da Vale e grupo responsável pela indicação de Agnelli para a presidência da mineradora - pela saída do executivo do cargo. Além do Bradesco, também fazem parte do bloco de controle da companhia a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a japonesa Mitsui. As especulações em torno de uma troca no comando da Vale ganharam ainda mais fôlego em agosto, quando o empresário Eike Batista fez uma oferta pela fatia acionária do Bradesco. Como o banco recusou, o empresário se voltou para a participação da Previ. Na quarta-feira, Eike Batista informou que havia desistido, "no momento", de brigar por um lugar no controle da mineradora.
A saída de cena de Eike e o tom mais contemporizador de Lula apontam para um período de maior tranquilidade de Agnelli no comando da mineradora, que vai anunciar no próximo dia 28 seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre de 2009. (Estadão)
Do Blog Terra Brasilis
A decisão de pisar no freio e diminuir o ritmo de investimentos provocou uma revolta do governo. Inconformado, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, passou a criticar publicamente a gestão de Agnelli à frente da mineradora, especialmente os investimentos em siderurgia. Com um orçamento mais robusto, a expectativa é atender à demanda do governo por mais investimentos no País. A melhora no cenário internacional, com a recuperação na demanda de mercados importantes, como os da Europa e dos Estados Unidos, também contribuiu para isso.
O investimento de US$ 12 bilhões deve ser apresentado ao presidente Lula exatamente quando começam a arrefecer as críticas do governo. No mercado financeiro, comenta-se que o presidente da República teria desistido de pressionar o Bradesco - um dos sócios controladores da Vale e grupo responsável pela indicação de Agnelli para a presidência da mineradora - pela saída do executivo do cargo. Além do Bradesco, também fazem parte do bloco de controle da companhia a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a japonesa Mitsui. As especulações em torno de uma troca no comando da Vale ganharam ainda mais fôlego em agosto, quando o empresário Eike Batista fez uma oferta pela fatia acionária do Bradesco. Como o banco recusou, o empresário se voltou para a participação da Previ. Na quarta-feira, Eike Batista informou que havia desistido, "no momento", de brigar por um lugar no controle da mineradora.
A saída de cena de Eike e o tom mais contemporizador de Lula apontam para um período de maior tranquilidade de Agnelli no comando da mineradora, que vai anunciar no próximo dia 28 seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre de 2009. (Estadão)
Do Blog Terra Brasilis
2 comentários:
A Vale é nossa?
A venda da Vale do Rio Doce obedeceu ao padrão vigente nos governos FHC: valor irrisório em dinheiro podre e público, favorecimentos aos compradores, pouca ou nenhuma contrapartida posterior. No livro “O Brasil privatizado”, Aloysio Biondi expôs esse desmanche criminoso do aparelho estatal brasileiro. É para estômagos fortes.
Tentaram levar a Petrobras no rapa, mas não deu, por pouco. A Vale, considerando seu potencial na época, foi praticamente doada ao capital privado. É a segunda maior empresa do país, e seu papel estratégico ultrapassa o âmbito dos investimentos de grande porte. Essa história de que ela se valorizou e cresceu graças à privatização é lorota: naquelas condições, qualquer administrador mediano chegaria a resultados equivalentes. E por que tanto medo de discutir a gestão de uma empresa biliardária, que sequer existiria se não fossem os esforços e as verbas do contribuinte?
Quando a imprensa defende Roger Agnelli, está apenas fazendo lobby, provavelmente pago mesmo, no estilo jabá. Mas os interesses são todos interligados. Benjamin Steinbruch, colunista da Folha, esteve entre os compradores da Vale, da qual foi diretor.
Os privatas estão em pânico. Sua causa tem sofrido importantes revezes recentemente. O colapso da Telefonica, as tarifas escorchantes da CPFL e os pedágios paulistas tiveram em comum a generosidade dos administradores tucanos perante um grupo de apaniguados que (surpresa!) apareceram depois como financiadores de campanhas eleitorais. Não custa lembrar que a Vale demitiu, desnecessariamente, mais de 4 mil pessoas, temendo a “crise Míriam Leitão”.
Um pouco mais lesado e o povo começará a entender algo sobre a origem de seus padecimentos.
ELE TRAI O BRASIL, SEU POVO E PRINCIPALMENTE, OS ACIONISTAS DA VALE...simples assim...
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