Os quase R$30 bilhões que o comitê organizador propõe gastar para a realização das Olimpíadas no Rio promete estimular novos investimentos na economia brasileira como um todo, principalmente na cidade-sede, que podem chegar a R$90 bilhões.
Além do legado esportivo e da criação de uma nova audiência para os jogos, haverá dividendos econômicos. Assista ao vídeo do projeto Rio 2016. “Nós estamos fechando o valor exato. Mas a relação se aproxima da geração de dois reais em investimentos para cada real investido (na organização dos jogos). O Rio de Janeiro é a principal porta de entrada do Brasil e tem uma estrutura urbana ainda deficiente, que seria beneficiada pelas Olimpíadas. Sem dúvida alguma, a realização do evento pode ter um impacto fenomenal”, afirma o secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser.
Leyser acrescenta que os resultados financeiros das Olimpíadas podem ser melhores do que os obtidos pelos Jogos Pan-Americanos em 2007, quando foram gastos R$3,3 bilhões. Segundo o estudo de uma consultoria contratada pela União, cada real investido no Pan representou no fim mais R$1,88. Desse total, metade da receita ficou com o Rio. Quinze mil novos postos de trabalho
A realização de uma olimpíada estimula vários setores da economia, sobretudo construção civil e serviços. A diretora de Desenvolvimento Econômico da Federação das Indústrias do Rio (Firjan), Luciana de Sá, cita um estudo do Instituto municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), ao afirmar que os benefícios seriam duradouros. "O efeito multiplicador no Rio desses investimentos pode se dar de uma forma até mais permanente do que em outras cidades porque, antes das Olimpíadas, haverá aqui outros eventos”, diz ele.
O presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes, Alexandre Sampaio, cita uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que estima a abertura de pelo menos 20 mil novas vagas em setores como hospedagem, gastronomia, entretenimento e serviços turísticos em todo o país nos próximos anos. Alexandre explica que na conta também estão outros eventos já confirmados, como os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014. Mas nenhum desses eventos produziria tantos efeitos benéficos para a cidade quanto a promoção das Olimpíadas, de acordo com ele. “A Rio 2016 pode acelerar a revitalização da Zona Portuária. Com incentivos fiscais, estimamos que a região poderia ganhar até 60 restaurantes. Forma mais permanente
Antigos hotéis podem tirar do papel projetos de modernização das instalações nos próximos anos. Segundo Alexandre, a estimativa do mercado é que o setor hoteleiro se valorize entre 15% e 20%, com a confirmação dos Jogos Olímpicos no Rio.
Autor de um estudo sobre o impacto olímpico em outros países, o professor Roberto Brito de Carvalho, das faculdades de economia e turismo da PUC de Campinas (SP), diz que os efeitos do evento costumam ser observados não apenas durante os preparativos, mas também nos anos posteriores. “O efeito multiplicador no Rio desses investimentos pode se dar de uma forma até mais permanente do que em outras cidades porque, antes das Olimpíadas, haverá aqui outros eventos. Isso evitará, por exemplo, aumento de índices de desemprego na construção civil de forma repentina com o fim dos projetos. Afinal, são investimentos ao longo do tempo para os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Copa do Mundo de 2014 e, quem sabe, as Olimpíadas”, diz Brito. Mais turistas e novas tecnologias
Segundo o estudo, a realização dos Jogos Olímpicos gera uma publicidade espontânea com a divulgação do evento que aumenta o fluxo de turismo, não necessariamente no mesmo ano do evento. A Austrália, por exemplo, em 2000, quando foram realizadas as Olimpíadas de Sydney, registrou um crescimento de 11,95% na média de turistas.
Na Espanha, o pico chegou a 21,69% em 1994, dois anos após os Jogos de Barcelona. O professor Marcelo Proni, do Instituto de Economia da Unicamp, um dos autores de um outro estudo sobre os efeitos das olimpíadas, divulgado no ano passado pelo Ipea, cita ainda outros impactos. Os Jogos de Pequim (2008) colaboraram para o crescimento da infraestrutura chinesa em tecnologia da informação, sistema bancário e setor de serviços.
Em Sydney, foram implantadas técnicas de reaproveitamento de água, energia e lixo. “Podemos acelerar o processo de recuperação da nossa cidade. Essa recuperação já vem ocorrendo, mas, com as Olimpíadas, esperamos mais investimentos para o Rio”, diz o prefeito Eduardo Paes.
Vermelho (http://www.vermelho.org.br/)
Além do legado esportivo e da criação de uma nova audiência para os jogos, haverá dividendos econômicos. Assista ao vídeo do projeto Rio 2016. “Nós estamos fechando o valor exato. Mas a relação se aproxima da geração de dois reais em investimentos para cada real investido (na organização dos jogos). O Rio de Janeiro é a principal porta de entrada do Brasil e tem uma estrutura urbana ainda deficiente, que seria beneficiada pelas Olimpíadas. Sem dúvida alguma, a realização do evento pode ter um impacto fenomenal”, afirma o secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser.
Leyser acrescenta que os resultados financeiros das Olimpíadas podem ser melhores do que os obtidos pelos Jogos Pan-Americanos em 2007, quando foram gastos R$3,3 bilhões. Segundo o estudo de uma consultoria contratada pela União, cada real investido no Pan representou no fim mais R$1,88. Desse total, metade da receita ficou com o Rio. Quinze mil novos postos de trabalho
A realização de uma olimpíada estimula vários setores da economia, sobretudo construção civil e serviços. A diretora de Desenvolvimento Econômico da Federação das Indústrias do Rio (Firjan), Luciana de Sá, cita um estudo do Instituto municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), ao afirmar que os benefícios seriam duradouros. "O efeito multiplicador no Rio desses investimentos pode se dar de uma forma até mais permanente do que em outras cidades porque, antes das Olimpíadas, haverá aqui outros eventos”, diz ele.
O presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes, Alexandre Sampaio, cita uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que estima a abertura de pelo menos 20 mil novas vagas em setores como hospedagem, gastronomia, entretenimento e serviços turísticos em todo o país nos próximos anos. Alexandre explica que na conta também estão outros eventos já confirmados, como os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014. Mas nenhum desses eventos produziria tantos efeitos benéficos para a cidade quanto a promoção das Olimpíadas, de acordo com ele. “A Rio 2016 pode acelerar a revitalização da Zona Portuária. Com incentivos fiscais, estimamos que a região poderia ganhar até 60 restaurantes. Forma mais permanente
Antigos hotéis podem tirar do papel projetos de modernização das instalações nos próximos anos. Segundo Alexandre, a estimativa do mercado é que o setor hoteleiro se valorize entre 15% e 20%, com a confirmação dos Jogos Olímpicos no Rio.
Autor de um estudo sobre o impacto olímpico em outros países, o professor Roberto Brito de Carvalho, das faculdades de economia e turismo da PUC de Campinas (SP), diz que os efeitos do evento costumam ser observados não apenas durante os preparativos, mas também nos anos posteriores. “O efeito multiplicador no Rio desses investimentos pode se dar de uma forma até mais permanente do que em outras cidades porque, antes das Olimpíadas, haverá aqui outros eventos. Isso evitará, por exemplo, aumento de índices de desemprego na construção civil de forma repentina com o fim dos projetos. Afinal, são investimentos ao longo do tempo para os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Copa do Mundo de 2014 e, quem sabe, as Olimpíadas”, diz Brito. Mais turistas e novas tecnologias
Segundo o estudo, a realização dos Jogos Olímpicos gera uma publicidade espontânea com a divulgação do evento que aumenta o fluxo de turismo, não necessariamente no mesmo ano do evento. A Austrália, por exemplo, em 2000, quando foram realizadas as Olimpíadas de Sydney, registrou um crescimento de 11,95% na média de turistas.
Na Espanha, o pico chegou a 21,69% em 1994, dois anos após os Jogos de Barcelona. O professor Marcelo Proni, do Instituto de Economia da Unicamp, um dos autores de um outro estudo sobre os efeitos das olimpíadas, divulgado no ano passado pelo Ipea, cita ainda outros impactos. Os Jogos de Pequim (2008) colaboraram para o crescimento da infraestrutura chinesa em tecnologia da informação, sistema bancário e setor de serviços.
Em Sydney, foram implantadas técnicas de reaproveitamento de água, energia e lixo. “Podemos acelerar o processo de recuperação da nossa cidade. Essa recuperação já vem ocorrendo, mas, com as Olimpíadas, esperamos mais investimentos para o Rio”, diz o prefeito Eduardo Paes.
Vermelho (http://www.vermelho.org.br/)
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