O governador Roberto Requião e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, visitaram na noite desta quarta-feira (30) o Instituto de Bioengenharia do Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, onde é fabricado o primeiro cateter totalmente implantável do País. O dispositivo é indicado para diversos tratamentos, principalmente o de quimioterapia, que combate o câncer.
A ministra Dilma foi recebida pelo Coral da Rede Feminina de Combate ao Câncer e homenageada por uma criança que utiliza o cateter em seu tratamento. “Já é difícil para um adulto encarar o câncer e, quando vemos uma menina dizer que está ali inteira e muito feliz, é muito comovente, muito forte para mim”, afirmou.
“O povo brasileiro é muito generoso, respeitoso e carinhoso. Recebi muitos sinais de solidariedade. Essa cerimônia me emocionou bastante porque algumas coisas que foram ditas aqui são muito verdadeiras, tocam quem passou por isso”, disse Dilma referindo-se ao câncer enfrentado por ela. “Entro neste hospital e o que eu sinto é um local de cura, onde se usa a ciência, o humanismo e o afeto. Só assim combatemos o câncer”, destacou.
PROPOSTA
– Dilma Roussef conheceu o processo de fabricação do cateter do Hospital Erasto Gaertner. Hoje, o dispositivo é fornecido apenas a hospitais oncológicos e deve ser comprado pelos pacientes. Durante o encontro, os diretores do Hospital reforçaram o pedido, já protocolado no Ministério da Saúde há um ano, para a criação de um código específico do cateter na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) que permita a sua distribuição para outros hospitais e para o SUS.
“Julgo que há grande possibilidade (de o projeto ser viabilizado) porque o cateter é muito competitivo. Tem qualidade similar ao outros (importados), preço muitas vezes menor, além de ser nacional. Vai beneficiar tanto o emprego brasileiro quanto o conhecimento e, quando se une os dois, significa darmos um salto. Há que se ter uma política para que o cateter seja introduzido”, afirmou Dilma.
O projeto prevê que o Ministério da Saúde compre os dispositivos para repassar aos pacientes do SUS. Porém, é preciso que seja vendido a preço de custo, a exemplo do que já é feito hoje pelo Hospital Erasto Gaertner – desde 2008, o cateter foi disponibilizado a hospitais oncológicos a preço de custo aos pacientes. Está disponível no mercado pelo valor de R$ 204 – muito abaixo dos seus similares importados, que variam de R$ 750 a R$ 2.250.
Além do preço, o dispositivo representa melhoria na qualidade de vida do paciente, já que ele é implantado (em um vaso periférico próximo ao coração) no começo do tratamento e retirado apenas no fim. Dessa forma, o paciente não precisa sofrer a dor da punção e evitam-se complicações como fibrose e trombose, decorrentes de lesões na pele ocasionadas pelas constantes infusões de medicamentos.
“Financiamos uma inovação tecnológica que tem alcance social extraordinário. Tínhamos cateteres importados dos Estados Unidos ou da União Européia, com alto valor de custo, sendo, portanto, inacessíveis aos pacientes do SUS. Com este projeto fizemos um acordo para que vendessem a preço de custo”, afirmou a secretária da Ciência e Tecnologia, Lygia Pupatto.
A secretária destacou ainda que o projeto visa a utilização do cateter em outros procedimentos, como infusão de nutrição parenteral, transfusões sanguíneas, nutrição parenteral e coleta de amostras de sangue. “Queremos que haja a disponibilização do cateter para hospitais que não tratem apenas do câncer, como os hospitais universitários”, salientou.
O projeto está em avaliação orçamentária, conforme informou o superintendente do Hospital, Flávio Tomasich. Caso seja viabilizado, a produção deverá aumentar. “Nos últimos anos, tivemos investimentos da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para reestruturar o parque de máquinas do Instituto de Bioengenharia do Hospital, que também faz outros produtos. Temos capacidade para triplicar o número de cateteres produzidos, que hoje é de 3,5 mil por ano”, informou.
O cateter é um reservatório composto por uma pequena câmara em material biocompatível – titânio, inox ou plástico (biosulfona) – e um septo em silicone localizado no centro da câmara. Ao reservatório está conectado um tubo em silicone. O projeto foi desenvolvido com recursos do Governo do Paraná no valor de R$ 500 mil. De acordo com Lygia Pupatto, o investimento faz parte dos projetos estratégicos do Fundo de Ciência e Tecnologia do Paraná, que procura oferecer projetos tecnológicos que melhorem a qualidade de vida da população.
A ministra Dilma foi recebida pelo Coral da Rede Feminina de Combate ao Câncer e homenageada por uma criança que utiliza o cateter em seu tratamento. “Já é difícil para um adulto encarar o câncer e, quando vemos uma menina dizer que está ali inteira e muito feliz, é muito comovente, muito forte para mim”, afirmou.
“O povo brasileiro é muito generoso, respeitoso e carinhoso. Recebi muitos sinais de solidariedade. Essa cerimônia me emocionou bastante porque algumas coisas que foram ditas aqui são muito verdadeiras, tocam quem passou por isso”, disse Dilma referindo-se ao câncer enfrentado por ela. “Entro neste hospital e o que eu sinto é um local de cura, onde se usa a ciência, o humanismo e o afeto. Só assim combatemos o câncer”, destacou.
PROPOSTA
– Dilma Roussef conheceu o processo de fabricação do cateter do Hospital Erasto Gaertner. Hoje, o dispositivo é fornecido apenas a hospitais oncológicos e deve ser comprado pelos pacientes. Durante o encontro, os diretores do Hospital reforçaram o pedido, já protocolado no Ministério da Saúde há um ano, para a criação de um código específico do cateter na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) que permita a sua distribuição para outros hospitais e para o SUS.
“Julgo que há grande possibilidade (de o projeto ser viabilizado) porque o cateter é muito competitivo. Tem qualidade similar ao outros (importados), preço muitas vezes menor, além de ser nacional. Vai beneficiar tanto o emprego brasileiro quanto o conhecimento e, quando se une os dois, significa darmos um salto. Há que se ter uma política para que o cateter seja introduzido”, afirmou Dilma.
O projeto prevê que o Ministério da Saúde compre os dispositivos para repassar aos pacientes do SUS. Porém, é preciso que seja vendido a preço de custo, a exemplo do que já é feito hoje pelo Hospital Erasto Gaertner – desde 2008, o cateter foi disponibilizado a hospitais oncológicos a preço de custo aos pacientes. Está disponível no mercado pelo valor de R$ 204 – muito abaixo dos seus similares importados, que variam de R$ 750 a R$ 2.250.
Além do preço, o dispositivo representa melhoria na qualidade de vida do paciente, já que ele é implantado (em um vaso periférico próximo ao coração) no começo do tratamento e retirado apenas no fim. Dessa forma, o paciente não precisa sofrer a dor da punção e evitam-se complicações como fibrose e trombose, decorrentes de lesões na pele ocasionadas pelas constantes infusões de medicamentos.
“Financiamos uma inovação tecnológica que tem alcance social extraordinário. Tínhamos cateteres importados dos Estados Unidos ou da União Européia, com alto valor de custo, sendo, portanto, inacessíveis aos pacientes do SUS. Com este projeto fizemos um acordo para que vendessem a preço de custo”, afirmou a secretária da Ciência e Tecnologia, Lygia Pupatto.
A secretária destacou ainda que o projeto visa a utilização do cateter em outros procedimentos, como infusão de nutrição parenteral, transfusões sanguíneas, nutrição parenteral e coleta de amostras de sangue. “Queremos que haja a disponibilização do cateter para hospitais que não tratem apenas do câncer, como os hospitais universitários”, salientou.
O projeto está em avaliação orçamentária, conforme informou o superintendente do Hospital, Flávio Tomasich. Caso seja viabilizado, a produção deverá aumentar. “Nos últimos anos, tivemos investimentos da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para reestruturar o parque de máquinas do Instituto de Bioengenharia do Hospital, que também faz outros produtos. Temos capacidade para triplicar o número de cateteres produzidos, que hoje é de 3,5 mil por ano”, informou.
O cateter é um reservatório composto por uma pequena câmara em material biocompatível – titânio, inox ou plástico (biosulfona) – e um septo em silicone localizado no centro da câmara. Ao reservatório está conectado um tubo em silicone. O projeto foi desenvolvido com recursos do Governo do Paraná no valor de R$ 500 mil. De acordo com Lygia Pupatto, o investimento faz parte dos projetos estratégicos do Fundo de Ciência e Tecnologia do Paraná, que procura oferecer projetos tecnológicos que melhorem a qualidade de vida da população.
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