Das 185 assinaturas de deputados que constam no requerimento para criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Campo protocolado nesta terça-feira (20), pela oposição, na Secretaria da Mesa do Congresso - 117 são de parlamentares que pertencem a partidos da oposição e 68 são de outros partidos, como o PMDB (22) e o PR (16), que integram a base de apoio ao governo, mas se enquadram no perfil de parlamentares da direita.
Até mesmo os dois deputados do PDT que assinaram o requerimento são deputados ligados à bancada ruralista. O pedido de CPI foi encabeçado pelo DEM. Os deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO), Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), líderes da bancada ruralista, protocolaram o pedido. Os deputados do DEM estão orientando as entidades ligadas ao agronegócio para monitorar cada deputado e senador que assinou o documento a verificarem se as assinaturas não serão retiradas.
Essa é a segunda vez que a oposição tenta criar a comissão para investigar o repasse de recursos de organizações não governamentais (ONG's) para o Movimento dos Trabalhadores Ruais Sem Terra (MST). Na primeira tentativa, há cerca de um mês, os governistas conseguiram impedir a criação da CPMI, fazendo com que parlamentares retirassem a assinatura do requerimento. Pelas normas do Congresso, é permitida a inclusão ou retirada de assinaturas em CPIs até a meia-noite do dia da leitura do requerimento de criação. Nesta quarta-feira (21), o pedido deve ser lido em sessão conjunta da Câmara e do Senado. A Secretaria da Mesa ainda não divulgou a lista dos 35 senadores que assinaram o requerimento. Para instalação da CPMI, são necessárias 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores.
Tentativa de criminalização - Para o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), uma CPI não é o melhor caminho para a solução dos conflitos no campo. "A ideia da oposição, especialmente do líder do Democratas, é reeditar esse velho conflito UDR-MST que é um conflito superado no Brasil", afirmou. Fontana defende que o Brasil "precisa de paz no campo, precisa de apoio à agricultura familiar, à agricultura empresarial, de mais políticas de financiamento, ampliar programas como o Mais Alimentos, que é um programa que está em pleno curso hoje, e não de briga política, usando o meio rural. Nós precisamos de tranquilidade e de apostar em políticas positivas e propositivas".
O deputado Fernando Ferro (PT-PE) vê como despropositada a criação de uma CPMI para investigar o MST. Ele vê na CPMI uma tentativa de criminalizar o MST e afirma que os ruralistas são os responsáveis pela estrutura latifundiária injusta predominante no País. Ferro defende uma CPMI que investigue a violência no campo.
"É muita mais uma reação dos ruralistas desta Casa ao MST, uma reação político-ideológica, por conta da possibilidade de o governo rever os índices de produtividade, e se aproveitaram de um incidente lamentável, provocada por alguns integrantes do movimento", acrescenta Ferro.
Abaixo, a lista com o número de assinaturas por partido:
DEM - 49; PSDB - 55; PPS - 13; PMDB - 22; PR - 16; PP -14; PDT - 2; PHS - 1; PRB -1; PSC - 4; PTB - 4; PTC - 1; PV - 2; PTdoB - 1
Da redação, Vermelho, com agências
Até mesmo os dois deputados do PDT que assinaram o requerimento são deputados ligados à bancada ruralista. O pedido de CPI foi encabeçado pelo DEM. Os deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO), Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), líderes da bancada ruralista, protocolaram o pedido. Os deputados do DEM estão orientando as entidades ligadas ao agronegócio para monitorar cada deputado e senador que assinou o documento a verificarem se as assinaturas não serão retiradas.
Essa é a segunda vez que a oposição tenta criar a comissão para investigar o repasse de recursos de organizações não governamentais (ONG's) para o Movimento dos Trabalhadores Ruais Sem Terra (MST). Na primeira tentativa, há cerca de um mês, os governistas conseguiram impedir a criação da CPMI, fazendo com que parlamentares retirassem a assinatura do requerimento. Pelas normas do Congresso, é permitida a inclusão ou retirada de assinaturas em CPIs até a meia-noite do dia da leitura do requerimento de criação. Nesta quarta-feira (21), o pedido deve ser lido em sessão conjunta da Câmara e do Senado. A Secretaria da Mesa ainda não divulgou a lista dos 35 senadores que assinaram o requerimento. Para instalação da CPMI, são necessárias 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores.
Tentativa de criminalização - Para o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), uma CPI não é o melhor caminho para a solução dos conflitos no campo. "A ideia da oposição, especialmente do líder do Democratas, é reeditar esse velho conflito UDR-MST que é um conflito superado no Brasil", afirmou. Fontana defende que o Brasil "precisa de paz no campo, precisa de apoio à agricultura familiar, à agricultura empresarial, de mais políticas de financiamento, ampliar programas como o Mais Alimentos, que é um programa que está em pleno curso hoje, e não de briga política, usando o meio rural. Nós precisamos de tranquilidade e de apostar em políticas positivas e propositivas".
O deputado Fernando Ferro (PT-PE) vê como despropositada a criação de uma CPMI para investigar o MST. Ele vê na CPMI uma tentativa de criminalizar o MST e afirma que os ruralistas são os responsáveis pela estrutura latifundiária injusta predominante no País. Ferro defende uma CPMI que investigue a violência no campo.
"É muita mais uma reação dos ruralistas desta Casa ao MST, uma reação político-ideológica, por conta da possibilidade de o governo rever os índices de produtividade, e se aproveitaram de um incidente lamentável, provocada por alguns integrantes do movimento", acrescenta Ferro.
Abaixo, a lista com o número de assinaturas por partido:
DEM - 49; PSDB - 55; PPS - 13; PMDB - 22; PR - 16; PP -14; PDT - 2; PHS - 1; PRB -1; PSC - 4; PTB - 4; PTC - 1; PV - 2; PTdoB - 1
Da redação, Vermelho, com agências
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