Na quinta-feira, 19/11/2009, o filme LULA - O Filho do Brasil foi apresentado, em terras pernambucanas, para um público de aproximadamente 2,5 mil pessoas. Segundo fontes fidedignas, a plateia que esteve presente era um misto de emoção, concentração e euforia do início ao fim da sessão. Eis que um personagem se mistura ao público para, com seu olhar maculado pela parcialidade, espalhar energia negativa no ambiente. Eis que entra em cena o jornalismo ordinário do Jornal do Commercio que, como coadjuvante, encarna o papel da desfaçatez expelida pela grande mídia corporativa. O(A) jornalista escalado(a) para cobrir o evento - não se sabe o nome da celebridade – começa a ver coisas e fatos que sua editoria o(a) obrigou a ver e a ouvir: “Preste bastante atenção! Você terá de ver LULA se contorcendo e ouvi-lo soltar um pum dentro do pau-de-arara; você ouvirá alguém da plateia dizer que Caetano Veloso tinha razão quando chamou LULA de analfabeto”, devem ter sido essas algumas das orientações da editoria para o(a) jornalista.
A partir dessa visão pré-definida, ele(a) passa a construir o texto que seria publicado no dia 20.11.2009, às 00h13.
Título da matéria: Filme sobre Lula agrada, mas não empolga
Algo que tem se tornado comum na cabeça de alguns jornalistas: o título não faz jus ao corpo do texto. A acefalia textual só não é total porque o(a) jornalista se lembra de que precisa justificar o tal título. E aí, depois de reproduzir comentários de Frei Chico (irmão de Lula) sobre o caráter não-eleitoreiro do filme e de descrever quem estava na plateia (tudo isso entremeado por dois vídeos), o(a) jornalista arremata com esse primor de parágrafo:
"A plateia mostrou uma maior aceitação do que na sessão de Brasília, onde um público morno deu o ar da graça. Por aqui, aplausos inclusive no meio do filme - no momento em que Lula criança defende a mãe dos abusos do pai alcóolatra. 'homem não bate em mulher' diz o pequeno. Há quem defenda que os aplausos se deram mais em respeito ao elenco e direção presentes do que ao conteúdo da obra."
O(a) jornalista escutou alguma alma penada lhe dizer que os aplausos não eram para o conteúdo do filme, mas para os atores e atrizes da película. A alma penada avisou, também, que este tipo de conteúdo não interessa à elite mesquinha desse país, por isso ele(a), o(a) jornalista, deveria publicar algo como: "Há quem defenda...". E, por fim, o ser do além lhe pedira para esquecer a emoção que tomou conta da sessão e fizesse o que ordenou a editoria.
Para ler a matéria completa, clique aqui Jornal do Commercio.
do Blog Terra Brasilis
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