Uma das gravações do escândalo do mensalão do DEM mostra que o governador José Roberto Arruda era tratado como o “big boss” (grande chefe) do suposto esquema de repasse de propina a deputados aliados. No vídeo em poder da PF, o então secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, e o chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, negociam como direcionar licitações. Tudo, segundo o próprio Maciel, a mando de Arruda. A gravação desmonta a defesa apresentada pelo governador, que alega ter deixado Durval num cargo sem poder e sem orçamento após ter recebido uma “herança maldita” do governo anterior.
No vídeo, Maciel diz que foi o próprio governador quem pediu que Durval participasse de uma tentativa de favorecimento ao Grupo Brasif numa licitação, e que decidisse como proceder em outro caso, no qual um deputado distrital planejava interferir numa concorrência pública. Durval pede a Maciel que converse com a Arruda sobre a divisão de R$ 200 mil pagos a título de “reconhecimento” por empresas. Maciel mostra familiaridade com o assunto e chega a questionar quanto sobraria para o governador.
Na reunião com Durval, ocorrida no Palácio do Buriti, sede do governo do DF, Maciel relata ter feito uma viagem com o “big boss” ao Rio em que teria prometido ajudar pessoas da Brasif identificadas como Santos e Jonas. O presidente do grupo se chama Jonas Barcellos.
— O Arruda foi procurado lá por um cidadão chamado Santos, que é sócio de outro chamado Jonas, que é da tal de Brasif Duty Free do Brasil, desse grupo. O Arruda o recebeu, eu me afastei. Em seguida, o Arruda me chamou e disse: “Zé, participa aqui”.
— conta Maciel. — O Arruda disse para ele que iria me incumbir de eu vir conversar com você, para ver se é possível acondicionar a lista e, se for possível, que esse pessoal assuma com você todos os compromissos que tiver que serem assumidos (sic).
Empresa nega envolvimento - Maciel não explica quais seriam esses compromissos e a única menção à licitação é de que seria para a compra de computadores. Os dois combinam que um assessor da confiança de Durval acompanharia a reunião com empresários da Brasif naquele dia, no palácio.
A assessoria da Brasif negou, em nota, que o grupo tenha qualquer contrato com o governo do DF. Antes de conversar sobre a Brasif, terceiro item na pauta de Maciel, ele e Durval discutiram uma licitação para a compra de câmeras para um novo sistema de segurança pública.
— Não aguento mais o Leonardo Prudente (presidente afastado da Câmara Distrital) no meu calcanhar. Eu vou fazer exatamente, foi o combinado com o governador, exatamente o que nós dois aqui acertarmos com relação às câmaras da segurança pública.
Que jeito eu vou fazer aquela coisa? (sic) Ele vai participar, não vai participar? — pergunta Maciel. Em outro momento, ao tratar sobre a arrecadação da propina, Durval puxa assunto: — Sempre quem conduz é o big boss lá — diz ele.
Durval passa a explicar que Arruda costumaria determinar como seria a distribuição do dinheiro. Durval afirma que chegou um novo lote de “reconhecimentos” de empresas como a Vertax e a Linknet, e diz que o governador precisava ser consultado sobre a divisão.
— Quanto que tem que dar isso aqui? — questiona Maciel.
— A priori deve dar 200 mil — responde Durval.
Maciel chega a perguntar se o dinheiro seria um adicional aos “1.5”, referência ao percentual de propina supostamente praticada no esquema.
— Então o que ficaria livre para ele dispor? — pergunta Maciel, referindose ao governador. — Um e duzentos.
Tá. Eu vou falar com ele.
Arruda nega envolvimento no caso.
No vídeo, Maciel diz que foi o próprio governador quem pediu que Durval participasse de uma tentativa de favorecimento ao Grupo Brasif numa licitação, e que decidisse como proceder em outro caso, no qual um deputado distrital planejava interferir numa concorrência pública. Durval pede a Maciel que converse com a Arruda sobre a divisão de R$ 200 mil pagos a título de “reconhecimento” por empresas. Maciel mostra familiaridade com o assunto e chega a questionar quanto sobraria para o governador.
Na reunião com Durval, ocorrida no Palácio do Buriti, sede do governo do DF, Maciel relata ter feito uma viagem com o “big boss” ao Rio em que teria prometido ajudar pessoas da Brasif identificadas como Santos e Jonas. O presidente do grupo se chama Jonas Barcellos.
— O Arruda foi procurado lá por um cidadão chamado Santos, que é sócio de outro chamado Jonas, que é da tal de Brasif Duty Free do Brasil, desse grupo. O Arruda o recebeu, eu me afastei. Em seguida, o Arruda me chamou e disse: “Zé, participa aqui”.
— conta Maciel. — O Arruda disse para ele que iria me incumbir de eu vir conversar com você, para ver se é possível acondicionar a lista e, se for possível, que esse pessoal assuma com você todos os compromissos que tiver que serem assumidos (sic).
Empresa nega envolvimento - Maciel não explica quais seriam esses compromissos e a única menção à licitação é de que seria para a compra de computadores. Os dois combinam que um assessor da confiança de Durval acompanharia a reunião com empresários da Brasif naquele dia, no palácio.
A assessoria da Brasif negou, em nota, que o grupo tenha qualquer contrato com o governo do DF. Antes de conversar sobre a Brasif, terceiro item na pauta de Maciel, ele e Durval discutiram uma licitação para a compra de câmeras para um novo sistema de segurança pública.
— Não aguento mais o Leonardo Prudente (presidente afastado da Câmara Distrital) no meu calcanhar. Eu vou fazer exatamente, foi o combinado com o governador, exatamente o que nós dois aqui acertarmos com relação às câmaras da segurança pública.
Que jeito eu vou fazer aquela coisa? (sic) Ele vai participar, não vai participar? — pergunta Maciel. Em outro momento, ao tratar sobre a arrecadação da propina, Durval puxa assunto: — Sempre quem conduz é o big boss lá — diz ele.
Durval passa a explicar que Arruda costumaria determinar como seria a distribuição do dinheiro. Durval afirma que chegou um novo lote de “reconhecimentos” de empresas como a Vertax e a Linknet, e diz que o governador precisava ser consultado sobre a divisão.
— Quanto que tem que dar isso aqui? — questiona Maciel.
— A priori deve dar 200 mil — responde Durval.
Maciel chega a perguntar se o dinheiro seria um adicional aos “1.5”, referência ao percentual de propina supostamente praticada no esquema.
— Então o que ficaria livre para ele dispor? — pergunta Maciel, referindose ao governador. — Um e duzentos.
Tá. Eu vou falar com ele.
Arruda nega envolvimento no caso.
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