Por Brizola Neto, no seu Blog
É estarrecedora a entrevista do jornalista Augusto Nunes, da Veja (clique aqui e acesse sua coluna), ao Viomundo, blog de Luís Carlos Azenha (clique aqui e acesse a entrevista completa). Nunes foi acusado por um comentarista de inverter os termos de um comentário. O comentário era ofensivo a Nunes, foi publicado com ofensas ao “Blog da Dilma”.
Era assim:
A manipulação foi incrivelmente confirmada pelo próprio Augusto Nunes, veja:
- O que o cara espera, que eu vá publicar insultos a mim?
– Imaginei que simplesmente suprimisse esses comentários.
– É o que eu faço. Mas o cara insiste. Manda dez vezes. Para não perder mais tempo, eu encerro o assunto. Assim pára. Ele está à vontade para mandar o original para onde quiser, para ver se alguém publica. São sempre impublicáveis em qualquer jornal de família.
– Mas o sentido do saiu publicado é totalmente oposto do que ele teria enviado…
– É só para ele parar. Eu nunca edito nada publicável. Mas o sujeito começa a fazer provocação, encher o saco, aí ele é tratado como merece.
– Mas é ruim editar, não é Augusto?
– É péssimo publicar o que ele quer que eu publique.
– Você poderia simplesmente vetar, não acha?
– Mas ele fica te escrevendo dez vezes, te chamando, com por perdão da palavra, de filho da puta, escroto, sacana, o que acha que eu devo fazer?
– O prazer dele é que eu leia. Eu jogo segundo as armas dos caras. Eles escolhem. Se querem partir para a sacanagem, é comigo mesmo.
– Mas ficou tão invertido o sentido… É como se ele estivesse fazendo uma crítica ao blog da Dilma.
– Exatamente. Aí, ele parou. Ele pode mandar para onde ele quiser. Quero ver se ele manda a íntegra do que mandou para cá. É linguagem de esgoto. De cortiço. Aí, aqui, não sai, não.
Os alguns dos poucos comentaristas deste modesto blog já disseram poucas e boas de mim. Ou não respondo, ou esclareço. Cortei, até hoje, apenas quatro comentários, dos quase quatro mil publicados. E sempre comuniquei isso no próprio blog. Dois, por fazerem apologia da pedofilia. Dois, porque um era uma ofensa grosseira e de natureza sexual contra outro comentarista e outro a resposta. Creio que ambos viram que tinham exagerado.
Quando a gente escolhe dizer o que quer dizer, está sujeito a ouvir o que não quer. É da essência deste meio e todos sabem que comentários ofensivos podem ser cortados. Eu próprio já critiquei, aqui, o tal “Blog da Dilma”, que não é da Dilma, por poder dar a impressão de que é ela que fala através dele, e não é.
Mas isso de modificar e inverter um comentário e assina-lo com o nome do autor e idéias opostas ao que escreveu, francamente… Falar em ética depois de fazer isso é o fim da picada.
Palavra do Daniel Pearl: Quero agradecer de público ao companheiro Fábio Rodrigues que nos enviou o alerta.
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