quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Governador fez doações para outras campanhas


Trunfo foi usado para pressionar o DEM
De Gerson Camarotti e Adriana Vasconcelos:

O Globo
Apesar das negativas oficiais, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, pressionou integrantes da Executiva Nacional do DEM, para evitar a expulsão sumária, com um trunfo nas mãos: o fato de ter ajudado financeiramente várias campanhas do partido nas eleições municipais de 2008. Segundo integrantes da cúpula do DEM ouvidos pelo GLOBO, Arruda ainda estaria ajudando a saldar dívida de campanha de vários democratas.

Parte dos recursos destinados por Arruda teria sido por meio de doações oficiais feitas por empresas. Mas, na tentativa de intimidar os dirigentes e líderes do DEM que pregavam a expulsão sumária do governador, os emissários de Arruda lembraram que ele também teria ajudado o partido com caixa dois. Para explicar a posição dúbia do partido, um dirigente do DEM resumiu: "Quem está contra o Arruda é porque não recebeu dinheiro dele".

Ao GLOBO, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), confirmou ajuda financeira de Arruda a candidatos do partido nas últimas eleições, mas negou caixa dois.

— Arruda ajudou na campanha do partido. Ele arrumou empresas para que fizessem doações (durante a campanha). Mas foi tudo dentro da lei. Não houve caixa dois. O resto é tudo fofoca, intriga, besteira. O Arruda não ameaçou ninguém. E esses emissários atrapalham mais do que ajudam. Eles prejudicam o Arruda. — disse Rodrigo Maia.

O presidente nacional do DEM é apontando por integrantes do próprio partido como um dos dirigentes da legenda mais próximos de Arruda. O governador ajudou a dar respaldo interno ao presidente do DEM na sua disputa contra o ex-presidente da legenda Jorge Bornhausen.

A princípio, Arruda avalizou a ação de Maia de incentivar a candidatura presidencial do governador Aécio Neves (PSDB-MG) contra o governador de São Paulo, José Serra (PSDB-SP).


Esse é o medo do demos, que venha a tona o caixa dois de Kassab em SP, quem sabe para o Serra. Não adianta esconder, o mensalão não é só de Brasília ele é nacional.

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