Nivaldo Santana - PCdoB: Até agora o tucanato ainda não definiu quem vai disputar a eleição para o Palácio dos Bandeirantes. Para honrar a tradição, devem ficar um bom tempo em cima do muro. O nome mais forte, para desgosto de Serra, é o de Geraldo Alckmin, mas podem surgir surpresas.
As últimas pesquisas entusiasmaram os “alkimistas”, como são chamados os correligionários do ex-governador, mas há muitas cascas de banana no poleiro dos tucanos.
O principal problema deles é a definição da candidatura presidencial. Ao jogar para março a decisão, José Serra transmite a sensação de que vai avaliar bem se vale a pena largar o governo e a disputa pela reeleição e se aventurar num salto no escuro que é a disputa presidencial.
A desistência (por ora) de Aécio Neves pressiona Serra para a disputa nacional, mas a tendência de uma reversão do quadro não está descartada. O crescimento consistente de Dilma pode jogar água no chope do carrancudo governador paulista e fazê-lo dar marcha-à-ré em suas quimeras presidenciais.
Ao lado da prolongada indefinição de Serra, um fator conspira contra o PSDB. O prefeito Kassab, mais fiel ao governador do que muitos tucanos, enfrenta um inferno astral à frente da administração municipal.
Crescimento violento do IPTU, enchentes, aumento das passagens de ônibus, sujeira se espalhando por toda a cidade, política de assistência social deteriorada, tudo se movimenta contra o DEM e seu prefeito. De quebra, o panetonegate de Brasília estilhaça também as vidraças pseudo-moralistas dos neo-lacerdistas do ex-pefelê.
Por tudo isso, vale a lembrança: tudo o que é sólido se desmacha no ar. A exuberância das pesquisas favoráveis para os tucanos podem se esfumar ao longo da campanha.
Pelo lado da oposição ao PSDB/DEM, o cenário também está nublado. Não existe candidatura natural, as hipóteses de candidaturas são bem diversificadas e as últimas pesquisas não são animadoras.
O caminho menos difícil é o de se buscar uma ampla unidade partidária, definir um programa alternativo para o estado, consensuar critérios viáveis eleitoralmente para a escolha da candidatura e se ancorar no prestígio do presidente Lula, alto também em São Paulo, para derrubar as fortalezas tucanas.
Parece ocorrer um fenômeno de continuísmo nas eleições para os estados, em todo o país. Os ventos favoráveis da economia e os programas sociais do governo federal parecem levar o eleitorado a apostar na tese do time que está ganhando não se mexe, seja qual for a eleição.
A inteligência política, aqui em São Paulo, está à prova. Separar o joio do trigo e fazer um imenso esforço para colocar São Paulo no mesmo rumo progressista nacional são as tarefas essenciais.
Acabar com esse longo inverno de hegemonia tucana é a parte que nos cabe nesse latifúndio. A tradição democrática e de luta do povo de São Paulo está chamada ao posto de combate.
O principal problema deles é a definição da candidatura presidencial. Ao jogar para março a decisão, José Serra transmite a sensação de que vai avaliar bem se vale a pena largar o governo e a disputa pela reeleição e se aventurar num salto no escuro que é a disputa presidencial.
A desistência (por ora) de Aécio Neves pressiona Serra para a disputa nacional, mas a tendência de uma reversão do quadro não está descartada. O crescimento consistente de Dilma pode jogar água no chope do carrancudo governador paulista e fazê-lo dar marcha-à-ré em suas quimeras presidenciais.
Ao lado da prolongada indefinição de Serra, um fator conspira contra o PSDB. O prefeito Kassab, mais fiel ao governador do que muitos tucanos, enfrenta um inferno astral à frente da administração municipal.
Crescimento violento do IPTU, enchentes, aumento das passagens de ônibus, sujeira se espalhando por toda a cidade, política de assistência social deteriorada, tudo se movimenta contra o DEM e seu prefeito. De quebra, o panetonegate de Brasília estilhaça também as vidraças pseudo-moralistas dos neo-lacerdistas do ex-pefelê.
Por tudo isso, vale a lembrança: tudo o que é sólido se desmacha no ar. A exuberância das pesquisas favoráveis para os tucanos podem se esfumar ao longo da campanha.
Pelo lado da oposição ao PSDB/DEM, o cenário também está nublado. Não existe candidatura natural, as hipóteses de candidaturas são bem diversificadas e as últimas pesquisas não são animadoras.
O caminho menos difícil é o de se buscar uma ampla unidade partidária, definir um programa alternativo para o estado, consensuar critérios viáveis eleitoralmente para a escolha da candidatura e se ancorar no prestígio do presidente Lula, alto também em São Paulo, para derrubar as fortalezas tucanas.
Parece ocorrer um fenômeno de continuísmo nas eleições para os estados, em todo o país. Os ventos favoráveis da economia e os programas sociais do governo federal parecem levar o eleitorado a apostar na tese do time que está ganhando não se mexe, seja qual for a eleição.
A inteligência política, aqui em São Paulo, está à prova. Separar o joio do trigo e fazer um imenso esforço para colocar São Paulo no mesmo rumo progressista nacional são as tarefas essenciais.
Acabar com esse longo inverno de hegemonia tucana é a parte que nos cabe nesse latifúndio. A tradição democrática e de luta do povo de São Paulo está chamada ao posto de combate.
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