DA ENVIADA A BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A militância petista encampou a candidatura da ministra Dilma Rousseff, a despeito de ela ter sido construída e planejada diretamente pelo presidente Lula, sem interferências da base petista.
"Ficou bonito, não ficou?", dizia um militante presente no congresso petista, mostrando aos correligionários a foto dele ao lado de Dilma, estampada numa camiseta de malha.
Importante aliado da ministra, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) explica a simbiose do PT com Dilma, que só se filiou em 2001: "O PT assumiu a Dilma como Dilma, porque não tem que ficar comparando-a com o Lula". "Está absolutamente assumida a candidatura da Dilma pelo PT e o PT se sente parte desta decisão", explica o ministro.
Ricardo Berzoini (SP), que entrega a presidência do PT hoje a José Eduardo Dutra (SE), diz ser um "fenômeno" a adesão integral da militância petista. "Hoje o PT está totalmente unido em torno da Dilma, que foi reconhecida como a melhor candidata por representar a coordenação geral do governo Lula", afirmou.
Dilma será aclamada pré-candidata do PT à Presidência amanhã, no encerramento do congresso. Pretende, em seu discurso, aproximar-se ainda mais da militância e pedir engajamento na campanha. Tentará explorar ao máximo sua proximidade com Lula e o governo para justificar a escolha como representante legítima de um projeto.
O Congresso Nacional do PT foi meticulosamente organizado para enterrar as crises políticas que mancharam a sigla no passado e colocaram em risco a reeleição de Lula.
Em contraste com o 13º Encontro Nacional da sigla de abril de 2006 (quando os mensaleiros ou se ausentaram ou circulavam acanhados entre a militância), a reunião dos petistas de 2010 exibe uma militância "orgulhosa de ser PT".
Em meio a instalações com estrelas vermelhas, o centro de convenções foi transformado num lugar para petistas resgatarem a autoestima. Numa área recreativa organizada pelas mulheres petistas, a ex-governadora Benedita da Silva (RJ) bordava, num retalho de pano em formato de estrela, uma bonequinha. "Eu queria fazer uma Dilma, mas está difícil."
Contestação
Apesar das festividades em torno de Dilma, um tradicional aliado do PT, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), comunicou que não apoiará nenhum candidato a presidente no primeiro turno das eleições. Por conta disso, não foi convidado a falar no congresso do partido.
Para amanhã, antes do discurso no qual Lula apresentará Dilma como candidata do PT, o congresso reservou uma hora para os movimentos sociais se manifestarem. Cinco entidades foram convidadas: CUT, UNE, Coordenação de Movimentos Sociais, Central de Movimentos Populares e Contag.
A decisão do MST possui duas motivações: o distanciamento dos sem-terra com Dilma e a oportunidade de, no primeiro turno, discutir suas ideias com diferentes partidos. (MALU DELGADO e EDUARDO SCOLESE)
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A militância petista encampou a candidatura da ministra Dilma Rousseff, a despeito de ela ter sido construída e planejada diretamente pelo presidente Lula, sem interferências da base petista.
"Ficou bonito, não ficou?", dizia um militante presente no congresso petista, mostrando aos correligionários a foto dele ao lado de Dilma, estampada numa camiseta de malha.
Importante aliado da ministra, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) explica a simbiose do PT com Dilma, que só se filiou em 2001: "O PT assumiu a Dilma como Dilma, porque não tem que ficar comparando-a com o Lula". "Está absolutamente assumida a candidatura da Dilma pelo PT e o PT se sente parte desta decisão", explica o ministro.
Ricardo Berzoini (SP), que entrega a presidência do PT hoje a José Eduardo Dutra (SE), diz ser um "fenômeno" a adesão integral da militância petista. "Hoje o PT está totalmente unido em torno da Dilma, que foi reconhecida como a melhor candidata por representar a coordenação geral do governo Lula", afirmou.
Dilma será aclamada pré-candidata do PT à Presidência amanhã, no encerramento do congresso. Pretende, em seu discurso, aproximar-se ainda mais da militância e pedir engajamento na campanha. Tentará explorar ao máximo sua proximidade com Lula e o governo para justificar a escolha como representante legítima de um projeto.
O Congresso Nacional do PT foi meticulosamente organizado para enterrar as crises políticas que mancharam a sigla no passado e colocaram em risco a reeleição de Lula.
Em contraste com o 13º Encontro Nacional da sigla de abril de 2006 (quando os mensaleiros ou se ausentaram ou circulavam acanhados entre a militância), a reunião dos petistas de 2010 exibe uma militância "orgulhosa de ser PT".
Em meio a instalações com estrelas vermelhas, o centro de convenções foi transformado num lugar para petistas resgatarem a autoestima. Numa área recreativa organizada pelas mulheres petistas, a ex-governadora Benedita da Silva (RJ) bordava, num retalho de pano em formato de estrela, uma bonequinha. "Eu queria fazer uma Dilma, mas está difícil."
Contestação
Apesar das festividades em torno de Dilma, um tradicional aliado do PT, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), comunicou que não apoiará nenhum candidato a presidente no primeiro turno das eleições. Por conta disso, não foi convidado a falar no congresso do partido.
Para amanhã, antes do discurso no qual Lula apresentará Dilma como candidata do PT, o congresso reservou uma hora para os movimentos sociais se manifestarem. Cinco entidades foram convidadas: CUT, UNE, Coordenação de Movimentos Sociais, Central de Movimentos Populares e Contag.
A decisão do MST possui duas motivações: o distanciamento dos sem-terra com Dilma e a oportunidade de, no primeiro turno, discutir suas ideias com diferentes partidos. (MALU DELGADO e EDUARDO SCOLESE)
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