“Se quiserem comparar, vamos comparar. Número por número, casa por casa, obra por obra, escola por escola, emprego por emprego.”
A frase acima é da ministra Dilma Rousseff. Foi dita em Governador Valadares (MG), no lançamento de ações vinculadas ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), ao Bolsa Família e ao "Minha Casa, Minha Vida". Mais do que uma resposta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que tentou defender seu governo no artigo intitulado "Sem medo do passado", a frase é um convite à comparação do que é o Governo Lula e do foram os anos FHC.
Em 2010, esse é um exercício que todos os brasileiros teremos que fazer: comparar os dois governos. Tentar lembrar, por exemplo, o que fez FHC diante das ações do Governo Lula na Educação: 596 mil bolsas do Pró-Uni, 12 novas universidades, 79 escolas técnicas, Enem, SiSU e piso salarial de R$ 950 para os professores. Pensando no melhor para o futuro do país, precisamos contrapor as duas formas de governar em todas as áreas: Economia, Infraestrutura, Saúde, Saneamento Básico, Planejamento, Comércio Exterior, Relações Internacionais, investimento nas cidades e nos Estados, melhoria do sistema judicial, fortalecimento dos bancos e empresas públicas, incentivos culturais, ampliação do salário mínimo e aumento do poder de compra, enfim, promover comparações profundas e extensas dos dois governos.
A razão dos melhores resultados colhidos no Governo Lula está nas diferentes visões de que o importante para o Brasil. FHC e os tucanos acham que um bom governo é feito com um Estado mínimo, que pouco atua junto às instituições econômicas e, consequentemente, traz poucas melhorias nas condições sociais. Trata-se de visão impregnada da idéia de que tudo o que vem de fora é melhor, por isso, deve ser copiado. Foi assim com as privatizações, que entregaram o controle de setores vitais para grupos estrangeiros privados. Não fosse a pressão popular e a Petrobras teria sido privatizada, deixando de ser um patrimônio do povo brasileiro. Os tucanos têm uma visão cujo resultado é governar para poucos. Talvez seja porque nasceram como partido de um movimento de elite, dentro do Congresso Nacional.
O PT, por sua vez, nasceu das camadas populares, dos movimentos sociais, junto às pessoas que sempre ficaram em segundo plano no Brasil. Por isso, ao assumir o governo, voltou seu olhar para elas. Com Lula e o PT, o Brasil passou a crescer com distribuição de renda. Basta verificar os indicadores de emprego, crescimento e renda. Foram criados 12 milhões de empregos com carteira assinada em sete anos —a previsão para 2010 é de novos 2 milhões. Crescemos por ano, em média, de 3,7% —em 2010, a estimativa é de 5% de crescimento. As políticas de aumento do salário mínimo e dos benefícios sociais fizeram 20 milhões saírem da linha da pobreza e outros 31 milhões ingressarem na classe média —de acordo com o IBGE, a renda do trabalhador é hoje 14,3% maior do que era em 2003.
O Estado no Governo Lula tem presença. Isso vem da concepção de que é da responsabilidade do Estado induzir o crescimento, desenvolver o país e promover distribuição de renda. É papel do Estado reduzir as desigualdades históricas e direcionar o Brasil para o rumo certo.
Por isso, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem sido tão importante no Governo Lula para garantir empresas nacionais fortes. Sabemos que se não for assim, o Brasil terá papel secundário no mundo, como sempre teve nos governos anteriores. O Governo Lula entende que o Brasil deve ter voz no mundo e tem trabalhado para isso. O respeito internacional conquistado mostra que o trabalho está sendo bem feito. Essa concepção diferente que o PT e Lula trouxeram para o governo fez o Brasil enfrentar a mais grave crise internacional desde 1929 conseguindo reduzir seus efeitos negativos. Com FHC e os tucanos, o país saía das crises endividado, porque dependia do FMI (Fundo Monetário Internacional) para enfrentar as turbulências. No Governo Lula, o Brasil foi exemplo para o mundo.
É esperado que FHC tente fazer a defesa do seu governo, pedindo a comparação. Mas por que será que os demais tucanos não fazem a mesma defesa?
O governador de São Paulo, José Serra, foi ministro do Planejamento, da Saúde e líder de FHC na Câmara e deve ser confirmado como adversário de Dilma nas próximas eleições. Serra representa os anos FHC, Dilma representa o Governo Lula. Por que Serra não defende a gestão da qual participou?
A resposta é simples: porque o Governo Lula foi melhor e deu ao Brasil uma posição de respeito e liderança internacional (de país grande, justo e importante). É lógico que há aspectos que devem ser aprimorados, porque mudar condições tão desiguais leva anos. Mas não dá para fingir que os oito anos de FHC foram melhores para o país do que os sete anos de Governo Lula. Não sou eu quem diz isso, é o povo e a admiração que o Brasil tem hoje no mundo, um país respeitado e consultado nas decisões internacionais. Os tucanos fogem da comparação e vão fugir durante toda a campanha de 2010. Porque comparar significa reconhecer que o Brasil está no caminho certo. Em outubro, esse rumo se chama Dilma. José Dirceu, 63, é advogado e ex-ministro da Casa Civil
A frase acima é da ministra Dilma Rousseff. Foi dita em Governador Valadares (MG), no lançamento de ações vinculadas ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), ao Bolsa Família e ao "Minha Casa, Minha Vida". Mais do que uma resposta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que tentou defender seu governo no artigo intitulado "Sem medo do passado", a frase é um convite à comparação do que é o Governo Lula e do foram os anos FHC.
Em 2010, esse é um exercício que todos os brasileiros teremos que fazer: comparar os dois governos. Tentar lembrar, por exemplo, o que fez FHC diante das ações do Governo Lula na Educação: 596 mil bolsas do Pró-Uni, 12 novas universidades, 79 escolas técnicas, Enem, SiSU e piso salarial de R$ 950 para os professores. Pensando no melhor para o futuro do país, precisamos contrapor as duas formas de governar em todas as áreas: Economia, Infraestrutura, Saúde, Saneamento Básico, Planejamento, Comércio Exterior, Relações Internacionais, investimento nas cidades e nos Estados, melhoria do sistema judicial, fortalecimento dos bancos e empresas públicas, incentivos culturais, ampliação do salário mínimo e aumento do poder de compra, enfim, promover comparações profundas e extensas dos dois governos.
A razão dos melhores resultados colhidos no Governo Lula está nas diferentes visões de que o importante para o Brasil. FHC e os tucanos acham que um bom governo é feito com um Estado mínimo, que pouco atua junto às instituições econômicas e, consequentemente, traz poucas melhorias nas condições sociais. Trata-se de visão impregnada da idéia de que tudo o que vem de fora é melhor, por isso, deve ser copiado. Foi assim com as privatizações, que entregaram o controle de setores vitais para grupos estrangeiros privados. Não fosse a pressão popular e a Petrobras teria sido privatizada, deixando de ser um patrimônio do povo brasileiro. Os tucanos têm uma visão cujo resultado é governar para poucos. Talvez seja porque nasceram como partido de um movimento de elite, dentro do Congresso Nacional.
O PT, por sua vez, nasceu das camadas populares, dos movimentos sociais, junto às pessoas que sempre ficaram em segundo plano no Brasil. Por isso, ao assumir o governo, voltou seu olhar para elas. Com Lula e o PT, o Brasil passou a crescer com distribuição de renda. Basta verificar os indicadores de emprego, crescimento e renda. Foram criados 12 milhões de empregos com carteira assinada em sete anos —a previsão para 2010 é de novos 2 milhões. Crescemos por ano, em média, de 3,7% —em 2010, a estimativa é de 5% de crescimento. As políticas de aumento do salário mínimo e dos benefícios sociais fizeram 20 milhões saírem da linha da pobreza e outros 31 milhões ingressarem na classe média —de acordo com o IBGE, a renda do trabalhador é hoje 14,3% maior do que era em 2003.
O Estado no Governo Lula tem presença. Isso vem da concepção de que é da responsabilidade do Estado induzir o crescimento, desenvolver o país e promover distribuição de renda. É papel do Estado reduzir as desigualdades históricas e direcionar o Brasil para o rumo certo.
Por isso, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem sido tão importante no Governo Lula para garantir empresas nacionais fortes. Sabemos que se não for assim, o Brasil terá papel secundário no mundo, como sempre teve nos governos anteriores. O Governo Lula entende que o Brasil deve ter voz no mundo e tem trabalhado para isso. O respeito internacional conquistado mostra que o trabalho está sendo bem feito. Essa concepção diferente que o PT e Lula trouxeram para o governo fez o Brasil enfrentar a mais grave crise internacional desde 1929 conseguindo reduzir seus efeitos negativos. Com FHC e os tucanos, o país saía das crises endividado, porque dependia do FMI (Fundo Monetário Internacional) para enfrentar as turbulências. No Governo Lula, o Brasil foi exemplo para o mundo.
É esperado que FHC tente fazer a defesa do seu governo, pedindo a comparação. Mas por que será que os demais tucanos não fazem a mesma defesa?
O governador de São Paulo, José Serra, foi ministro do Planejamento, da Saúde e líder de FHC na Câmara e deve ser confirmado como adversário de Dilma nas próximas eleições. Serra representa os anos FHC, Dilma representa o Governo Lula. Por que Serra não defende a gestão da qual participou?
A resposta é simples: porque o Governo Lula foi melhor e deu ao Brasil uma posição de respeito e liderança internacional (de país grande, justo e importante). É lógico que há aspectos que devem ser aprimorados, porque mudar condições tão desiguais leva anos. Mas não dá para fingir que os oito anos de FHC foram melhores para o país do que os sete anos de Governo Lula. Não sou eu quem diz isso, é o povo e a admiração que o Brasil tem hoje no mundo, um país respeitado e consultado nas decisões internacionais. Os tucanos fogem da comparação e vão fugir durante toda a campanha de 2010. Porque comparar significa reconhecer que o Brasil está no caminho certo. Em outubro, esse rumo se chama Dilma. José Dirceu, 63, é advogado e ex-ministro da Casa Civil
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