Aliado do PSDB não se dispõe a ceder a vaga para Tasso
Inviabilizado o 'Plano Aécio', DEM ameaça 'chutar o balde' se PSDB lhe negar a vice
Às voltas com o inferno astral das pesquisas, o PSDB está prestes a empurrar para dentro da não declarada candidatura de José Serra uma encrenca nova.
Arma-se uma confusão em torno da escolha do candidato à vice-presidência na chapa oposicionista. No centro da polêmica, está o tucano Tasso Jereissati (CE).
Na fase em que a “cabeça” da chapa ainda era disputada entre Aécio Neves e José Serra, ficara entendido que caberia ao DEM indicar o vice.
Sentindo-se preterido, Aécio abdicou da disputa em dezembro. Voltou suas baterias para Minas Gerais, de cujas urnas planeja extrair uma cadeira no Senado.
A partir daí, tucanos e ‘demos’ firmaram um pacto não escrito: moveriam as montanhas de Minas para fazer de Aécio o vice de Serra.
Aécio deu de ombros para a pressão. Nem o último Datafolha, que acomodou Dilma Rousseff nos calcanhares de Serra, o fez mudar de idéia.
“Sou mestiço”, disse Aécio nesta segunda (1º), ao reafirmar sua resistência à idealizada chapa “puro-sangue”.
Súbito, o tucanato passou a perscrutar alternativas a Aécio. Para desassossego do DEM, foi ao noticiário o nome do grã-tucano Tasso Jereissati.
Uma tentativa de evitar que o “sangue” da chapa tucana seja contaminado pelo panetone-vírus, um micróbio que levou à cova a seccional do DEM em Brasília.
Ao farejar o cheiro de queimado, a tribo ‘demo’ levou as mãos ao tacape. Avisa, por ora a portas fechadas, que não aceitará a manobra.
Frustrando-se o plano Aécio, o DEM vai exigir o retorno ao acerto original: considera que a posição de vice é sua. E não admite que ninguém tasque.
O blog ouviu, na noite passada, dois políticos da direção nacional do DEM. Ambos disseram que, sem Aécio, ou mistura-se o sangue ou haverá problemas.
Um dos líderes ouvidos pelo repórter pronunciou duas frases singelas:
1. “O tempo de TV do DEM é idêntico ao do PSDB”.
2. “Quem manda na convenção do DEM somos nós, não o PSDB”.
Dito de outro modo: Serra dispõe, hoje, de menos tempo de televisão que Dilma Rousseff, rodeada por uma megacoligação...
...Se for adiante a idéia de trocar Aécio por Tasso, o DEM ameaça tomar outro rumo na convenção do partido, marcada para junho.
Assim, ou PSDB engole as passas do panetone brasiliense ou se arrisca a comparecer à campanha aliado apenas ao PPS e a outras legendas cujo apoio ainda negocia.
Entre elas o mensaleiro PTB de Roberto Jefferson e o PSC de Joaquim Roriz, uma espécie de precursor dos malfeitos que desaguaram em José Roberto Arruda, engolfando-o.
“Problemas todos os partidos têm”, disse um dos líderes do DEM ao repórter. “Nós soubemos lidar com os nossos...”
“...E não vamos admitir ser tratados como aliados de segunda classe. Não somos”.
De resto, a direção do DEM considera um “grave erro” a abertura da caça ao “alazão” alternativo antes de explicar, tintim por tintim, os porquês da recusa de Aécio.
O diabo é que o próprio Aécio, na manifestação feita nesta segunda-feira, levou água para o moinho de Tasso Jereissati –“um bom nome”, ele disse.
De resto, o governador tucano de Minas já elaborou os argumentos que levará à mesa de um jantar que terá com José Serra, nesta quarta (4).
Dirá que serve mais e melhor à causa da oposição se conservar o foco em Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país.
Alega que o eleitorado do Estado apreciaria ter um mineiro em quem votar para presidente. A vice, ao contrário, pode soar como prêmio de consolação.
Algo que, no dizer de Aécio, frustraria seus eleitores. E, no limite, tiraria votos da chapa tucana em vez de agregar-lhe força.
Daí sua decisão de concentrar-se na campanha de seu candidato ao governo mineiro, Antonio Anastasia, e na sua própria campanha –ao Senado, não a vice.
Ou seja, a menos que o PSDB consiga produzir o milagre do convencimento, Serra terá de comparecer aos palanques de 2010 ao lado de um vice ‘demo’.
Inviabilizado o 'Plano Aécio', DEM ameaça 'chutar o balde' se PSDB lhe negar a vice
Às voltas com o inferno astral das pesquisas, o PSDB está prestes a empurrar para dentro da não declarada candidatura de José Serra uma encrenca nova.
Arma-se uma confusão em torno da escolha do candidato à vice-presidência na chapa oposicionista. No centro da polêmica, está o tucano Tasso Jereissati (CE).
Na fase em que a “cabeça” da chapa ainda era disputada entre Aécio Neves e José Serra, ficara entendido que caberia ao DEM indicar o vice.
Sentindo-se preterido, Aécio abdicou da disputa em dezembro. Voltou suas baterias para Minas Gerais, de cujas urnas planeja extrair uma cadeira no Senado.
A partir daí, tucanos e ‘demos’ firmaram um pacto não escrito: moveriam as montanhas de Minas para fazer de Aécio o vice de Serra.
Aécio deu de ombros para a pressão. Nem o último Datafolha, que acomodou Dilma Rousseff nos calcanhares de Serra, o fez mudar de idéia.
“Sou mestiço”, disse Aécio nesta segunda (1º), ao reafirmar sua resistência à idealizada chapa “puro-sangue”.
Súbito, o tucanato passou a perscrutar alternativas a Aécio. Para desassossego do DEM, foi ao noticiário o nome do grã-tucano Tasso Jereissati.
Uma tentativa de evitar que o “sangue” da chapa tucana seja contaminado pelo panetone-vírus, um micróbio que levou à cova a seccional do DEM em Brasília.
Ao farejar o cheiro de queimado, a tribo ‘demo’ levou as mãos ao tacape. Avisa, por ora a portas fechadas, que não aceitará a manobra.
Frustrando-se o plano Aécio, o DEM vai exigir o retorno ao acerto original: considera que a posição de vice é sua. E não admite que ninguém tasque.
O blog ouviu, na noite passada, dois políticos da direção nacional do DEM. Ambos disseram que, sem Aécio, ou mistura-se o sangue ou haverá problemas.
Um dos líderes ouvidos pelo repórter pronunciou duas frases singelas:
1. “O tempo de TV do DEM é idêntico ao do PSDB”.
2. “Quem manda na convenção do DEM somos nós, não o PSDB”.
Dito de outro modo: Serra dispõe, hoje, de menos tempo de televisão que Dilma Rousseff, rodeada por uma megacoligação...
...Se for adiante a idéia de trocar Aécio por Tasso, o DEM ameaça tomar outro rumo na convenção do partido, marcada para junho.
Assim, ou PSDB engole as passas do panetone brasiliense ou se arrisca a comparecer à campanha aliado apenas ao PPS e a outras legendas cujo apoio ainda negocia.
Entre elas o mensaleiro PTB de Roberto Jefferson e o PSC de Joaquim Roriz, uma espécie de precursor dos malfeitos que desaguaram em José Roberto Arruda, engolfando-o.
“Problemas todos os partidos têm”, disse um dos líderes do DEM ao repórter. “Nós soubemos lidar com os nossos...”
“...E não vamos admitir ser tratados como aliados de segunda classe. Não somos”.
De resto, a direção do DEM considera um “grave erro” a abertura da caça ao “alazão” alternativo antes de explicar, tintim por tintim, os porquês da recusa de Aécio.
O diabo é que o próprio Aécio, na manifestação feita nesta segunda-feira, levou água para o moinho de Tasso Jereissati –“um bom nome”, ele disse.
De resto, o governador tucano de Minas já elaborou os argumentos que levará à mesa de um jantar que terá com José Serra, nesta quarta (4).
Dirá que serve mais e melhor à causa da oposição se conservar o foco em Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país.
Alega que o eleitorado do Estado apreciaria ter um mineiro em quem votar para presidente. A vice, ao contrário, pode soar como prêmio de consolação.
Algo que, no dizer de Aécio, frustraria seus eleitores. E, no limite, tiraria votos da chapa tucana em vez de agregar-lhe força.
Daí sua decisão de concentrar-se na campanha de seu candidato ao governo mineiro, Antonio Anastasia, e na sua própria campanha –ao Senado, não a vice.
Ou seja, a menos que o PSDB consiga produzir o milagre do convencimento, Serra terá de comparecer aos palanques de 2010 ao lado de um vice ‘demo’.
Blog do Josias de Souza
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