quarta-feira, 10 de março de 2010

Dilma diz que inaugura obras completas e não maquetes


Agencia Estado


ARAÇATUBA, SP - A ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, alfinetou hoje o governador de São Paulo e seu provável adversário na corrida eleitoral, José Serra (PSDB), por ter inaugurado ontem uma maquete de uma ponte que ligará as cidades de Santos e Guarujá. "Nós não inauguramos maquetes, mas obras completas", provocou a ministra, que participou hoje da assinatura do edital para concorrência da Transpetro para a construção de 20 comboios para escoamento de etanol pela hidrovia Tietê-Paraná.

Indagada pelos jornalistas se não fazia o mesmo que Serra, ao inaugurar uma obra que ainda não existe, Dilma retrucou: "Nós não estamos inaugurando uma barcaça, estamos só assinando uma licitação. Se alguém quiser ver uma das que fizemos, eu convido a irem ao Estaleiro Atlântico Sul", disse Dilma, em referência à companhia que teve um navio inaugurado pelo presidente Lula em setembro de 2009 em Pernambuco.

A ministra citou entre as obras feitas durante o governo Lula a extensão da ferrovia Transnordestina, que liga o Porto de Suape, no Recife, ao Porto de Pecém, em Fortaleza. Dilma parafraseou ainda o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "O Brasil tem hoje um movimento de obras como nunca teve nos últimos 25 anos. Não vou falar aqui como nunca antes na história deste País", afirmou.

Em visita à Feira de Negócios do Setor de Energia (Feicana), Dilma elogiou o setor e prometeu que os grupos privados nacionais terão o apoio do governo para competirem com a recente onda de crescimento do capital externo nas usinas e destilarias.

"Achamos importante que o capital externo queira se associar aos grupos nacionais, mas também queremos fortalecer os grupos locais para dar-lhes condições de competição com mais crédito e mais acesso à tecnologia", acrescentou. Dilma previu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve repetir em 2010 o valor de recursos destinados ao setor sucroalcooleiro, que em 2008 e 2009 chegou a R$ 6,5 bilhões por ano.

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