Redação CartaCapital
que se depreende da leitura recente de jornais e sites, a principal estratégia de campanha da oposição é, por ora, esconder o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC não deve discursar no lançamento oficial da candidatura de José Serra à Presidência da República, marcado para depois da Páscoa em Brasília. Parece clara a pretensão do PSDB de evitar, logo de início, a transformação das eleições de outubro próximo em um plebiscito. A presença do sociólogo, que não faz muito tempo aceitou o desafio da comparação entre o seu governo e o de Lula, só reforçaria esse caráter, ardentemente desejado pelo PT. Quanto mais plebiscitária a disputa, maiores as chances de Dilma Rousseff.
Considerado por alguns um extraordinário estrategista político e o único líder a fazer oposição de fato, FHC não tem contribuído para levar água ao moinho de Serra. Ao contrário. Primeiro, foi exposto a uma comparação que lhe é francamente desfavorável (apesar da boa vontade da mídia em geral). Depois, tanto insistiu na tese da chapa puro-sangue do PSDB que sobrevalorizou a importância eleitoral do governador mineiro, Aécio Neves. Em um dado momento, o sim de Aécio ao posto de vice pareceu mais importante ao sucesso eleitoral dos tucanos do que a definição do próprio Serra de encabeçar a chapa.
Nos últimos tempos, FHC causou uma saia-justa ao se encontrar com Joaquim Roriz, ex-governador e candidato à sucessão de José Roberto Arruda no Distrito Federal. Apesar de o panetonegate concentrar-se, por enquanto, na turma do governador cassado, há vários indícios de que as práticas de corrupção tiveram início durante o último mandato de Roriz, entre 2002 e 2006. Não é absurdo imaginar, portanto, que a Polícia Federal venha a se debruçar sobre a gênese do escândalo que envergonha o Distrito Federal.
Cobrado por correligionários, Fernando Henrique Cardoso deu uma versão logo desmentida por Roriz. O ex-presidente disse ter sido procurado em casa pelo candidato. Em nota, Roriz afirmou o contrário: o encontro foi sugerido pelos tucanos e pelo próprio FHC, pois o ex-governador lidera as pesquisas eleitorais em Brasília e poderia oferecer um palanque forte a Serra.
Os tucanos parecem concordar com o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). Segundo Ciro, FHC é uma âncora e quem estiver a ele atrelado só tem um destino, o fundo.
que se depreende da leitura recente de jornais e sites, a principal estratégia de campanha da oposição é, por ora, esconder o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC não deve discursar no lançamento oficial da candidatura de José Serra à Presidência da República, marcado para depois da Páscoa em Brasília. Parece clara a pretensão do PSDB de evitar, logo de início, a transformação das eleições de outubro próximo em um plebiscito. A presença do sociólogo, que não faz muito tempo aceitou o desafio da comparação entre o seu governo e o de Lula, só reforçaria esse caráter, ardentemente desejado pelo PT. Quanto mais plebiscitária a disputa, maiores as chances de Dilma Rousseff.
Considerado por alguns um extraordinário estrategista político e o único líder a fazer oposição de fato, FHC não tem contribuído para levar água ao moinho de Serra. Ao contrário. Primeiro, foi exposto a uma comparação que lhe é francamente desfavorável (apesar da boa vontade da mídia em geral). Depois, tanto insistiu na tese da chapa puro-sangue do PSDB que sobrevalorizou a importância eleitoral do governador mineiro, Aécio Neves. Em um dado momento, o sim de Aécio ao posto de vice pareceu mais importante ao sucesso eleitoral dos tucanos do que a definição do próprio Serra de encabeçar a chapa.
Nos últimos tempos, FHC causou uma saia-justa ao se encontrar com Joaquim Roriz, ex-governador e candidato à sucessão de José Roberto Arruda no Distrito Federal. Apesar de o panetonegate concentrar-se, por enquanto, na turma do governador cassado, há vários indícios de que as práticas de corrupção tiveram início durante o último mandato de Roriz, entre 2002 e 2006. Não é absurdo imaginar, portanto, que a Polícia Federal venha a se debruçar sobre a gênese do escândalo que envergonha o Distrito Federal.
Cobrado por correligionários, Fernando Henrique Cardoso deu uma versão logo desmentida por Roriz. O ex-presidente disse ter sido procurado em casa pelo candidato. Em nota, Roriz afirmou o contrário: o encontro foi sugerido pelos tucanos e pelo próprio FHC, pois o ex-governador lidera as pesquisas eleitorais em Brasília e poderia oferecer um palanque forte a Serra.
Os tucanos parecem concordar com o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). Segundo Ciro, FHC é uma âncora e quem estiver a ele atrelado só tem um destino, o fundo.
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