‘Podia ter deixado o cotó para eu poder coçar o nariz’, afirmou.
Presidente entregou ambulâncias em cidade do interior de São Paulo.
Maria Angélica Oliveira Do G1, em Tatuí (SP)
Foto: Ricardo Stuckert/PRPresidente entregou ambulâncias em cidade do interior de São Paulo.
Maria Angélica Oliveira Do G1, em Tatuí (SP)
O presidente Luiz Inácio Lula Silva lembrou nesta quinta-feira (25), durante cerimônia de entrega de 650 ambulâncias em Tatuí (SP), o dia em que teve o dedo amputado e brincou com o fato. “Eu era um peão. Cheguei ao hospital com o macacão fedendo a graxa às 3h da manhã. O médico olhou para minha cara e disse: ‘Pra que esse peãozinho quer esse dedo? Vou logo tirar’. E tirou o cotozinho. Podia ter deixado o cotó para eu poder coçar o nariz”, afirmou, arrancando risos da plateia.
O presidente disse que, se o acidente tivesse acontecido hoje, não teria perdido o dedo. “Até faria um implante. Colocaria um dedo maior do que esse”, brincou.
Eu era um peão. Cheguei ao hospital com o macacão fedendo a graxa às 3h da manhã. O médico olhou para minha cara e disse: ‘Pra que esse peãozinho quer esse dedo? Vou logo tirar’. E tirou o cotozinho. Podia ter deixado o cotó para eu poder coçar o nariz"
Lula disse que se considera um portador de deficiência e contou que, apesar de lidar bem com o assunto, teve, por muito tempo, vergonha da mão. Ele disse que, quando entrava em um ônibus, por exemplo, colocava a mão no bolso ou enrolada numa toalha para que ninguém visse.
“Tinha dificuldade quando ia lavar o rosto. Eu colocava a mão assim [como se unisse as duas mãos próximas ao rosto] e, antes da água chegar ao rosto, ela caía”, afirmou.
Estavam presentes na cerimônia a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), além de outros representantes do governo.
Durante a cerimônia, Dilma disse, ao lado de Serra, que "a esperança mais uma vez vem vencendo o medo". A expressão "a esperança venceu o medo" foi criada e utilizada durante a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, quando ele derrotou José Serra e foi eleito para o Palácio do Planalto.
Dilma e Serra devem se enfrentar na disputa pela Presidência da República nas eleições de outubro deste ano.
Mais tarde, em Osasco, Lula evitou citar o nome da ministra durante discurso de entrega de obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O presidente lembrou que já havia sido multado e repreendeu em tom bem humorado os gritos da plateia. "Se eu for multado, vou trazer a conta para vocês", disse.
A referência de Lula foi à multa aplicada pelo ministro auxiliar Joelson Dias, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ele ter dito durante inauguração de obras no Rio de Janeiro, em maio do ano passado, que esperava que “a profecia que diz que a voz do povo é a voz de Deus esteja correta neste momento”, ao ouvir a plateia gritar “Dilma presidente”.
Um comentário:
Não tem como ninguém conseguir um carisma igual ao do LULA, pois o LULA não só fala o que o povo quer ouvir como ele tem experiência iguais ás que o povo passa por elas todo dia, e é isto que faz com que o povo sinta que o presidente é um dos nossos.
É esse carisma que vai ajudar a eleger a Dilma além da boa situação econômica e social do pais.
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