A mídia serrista está irritada com a "cautela" de Serra, que ainda não "decidiu" anunciar sua candidatura. O Estadão publicou (em 28/02) uma matéria com o título "PSDB quer mais José e menos Serra durante a campanha". A idéia brilhante dos tucanos é explorar a biografia do
Serra-José "menino pobre" nascido na Mooca, líder "histórico" e exilado político dos tempos da Ditadura (eles não contam que Serra fugiu voluntariamente para o Chile) como forma de contrapor "ao imaginário político explorado por Lula". A fórmula "mais José e menos Serra" tem como objetivo reforçar os traços de um candidato "mais próximo do brasileiro comum". Segundo a matéria, a campanha dará ênfase ao homem simples, filho de feirantes, que lutou para vencer na vida. Como concorrente do Planalto, a ministra Dilma Rousseff (PT), o "cidadão José" também fez oposição à ditadura, diz o jornal, “mas com uma diferença: nunca flertou com a luta armada” (leia-se nunca foi guerrilheiro) . Enfim, o que a matéria mostra é a estratégia de apresentar ao eleitor um "Zé" que vivia em uma casa de apenas um quarto, que dividiu com os pais até os 4 anos de idade. "Só aos 11 anos ele e os pais se mudaram", quando então "o menino ganhou um quarto só para ele" (pasme!).Este é o personagem que o PSDB quer tornar conhecido para os eleitores, uma vez que, segundo as principais lideranças tucanas, "a figura do Serra administrador público é sobejamente conhecida". Já a pessoa física do "Zé da Mooca" está longe de ser íntima do eleitorado. Em suma,segundo a matéria, "a meta dos estrategistas tucanos é eliminar os traços de arrogância que o administrador Serra impõe ao José em algumas intervenções públicas, deixar que as manias de homem comum prevaleçam - o palmeirense roxo
que detesta alho, cebola e pimentão e tem obsessão por gravatas". Bem, para quem quer vender a idéia, ou a narrativa, de um "menino pobre", de um "Zé" (da Mooca), filho de feirantes (mas que detesta cebola, alho e pimentão), no lugar de um Serra que tem obsessão por gravatas primeiro é preciso contar para o resto do Brasil onde é que fica a Mooca, porque o Brasil não é uma província do Estado de São Paulo. Em 2006, para conquistar votos no nordeste, os tucanos
trocaram o Alckmin da revista Caras (e da turma do Cansei) pelo “Geraldo” de Pindamonhangaba (quem não se lembra de Alckmin-Geraldo montado num jumento, fantasiado de vaqueiro?), em 2010 os tucanos querem trocar o Serra do Palácio Bandeirantes e da Folha de São Paulo pelo “Zé” da Mooca. É o vale tudo para conquistar votos no nordeste. É a velha arrogância paulista que fala mais alto, como se os nordestinos não passassem de bocós despolitizados. Pelo visto, a estratégia tucana está mais para Zé-Mané do que para Zé da Mooca. Pelo andar da carruagem, Dilma vence no primeiro turno. Maria Luiza Tonelli.
que detesta alho, cebola e pimentão e tem obsessão por gravatas". Bem, para quem quer vender a idéia, ou a narrativa, de um "menino pobre", de um "Zé" (da Mooca), filho de feirantes (mas que detesta cebola, alho e pimentão), no lugar de um Serra que tem obsessão por gravatas primeiro é preciso contar para o resto do Brasil onde é que fica a Mooca, porque o Brasil não é uma província do Estado de São Paulo. Em 2006, para conquistar votos no nordeste, os tucanos
trocaram o Alckmin da revista Caras (e da turma do Cansei) pelo “Geraldo” de Pindamonhangaba (quem não se lembra de Alckmin-Geraldo montado num jumento, fantasiado de vaqueiro?), em 2010 os tucanos querem trocar o Serra do Palácio Bandeirantes e da Folha de São Paulo pelo “Zé” da Mooca. É o vale tudo para conquistar votos no nordeste. É a velha arrogância paulista que fala mais alto, como se os nordestinos não passassem de bocós despolitizados. Pelo visto, a estratégia tucana está mais para Zé-Mané do que para Zé da Mooca. Pelo andar da carruagem, Dilma vence no primeiro turno. Maria Luiza Tonelli.
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