Do Blog do Anselmo Raposo
Por Virna Texeira
Relembrar os acontecimentos que se passaram nestes 30 anos de lutas e conquistas do PT deve ser um exercício para além do simples gosto por retóricas e frases de efeito. Historiar nosso partido representa muito mais do que isso, significa a capacidade única de a militância petista conseguir refletir criticamente sobre seus desacertos e a partir disso trilhar caminhos que possam ter como norte a resolução dos problemas que verdadeiramente afligem a classe trabalhadora e o povo brasileiro.
Após este último Congresso do PT, o quarto em sua trajetória, consagramos, com o sempre vivo e entusiástico espírito militante de petistas de todo o Brasil, a vontade de continuar mudando o país através da implementação de políticas públicas democráticas, que buscam reduzir desigualdades e inverter lógicas tradicionais de dominação. Mantivemos a convicção na nossa estratégia de poder, que, ao adotar como tática central a eleição da companheira Dilma Roussef para presidente, vislumbra também o alcance de outras variantes sociais, fundamentais para consolidação de um projeto de hegemonia que se pretende duradouro e progressivamente transformador.
O destaque que o IV Congresso do PT e a Direção Nacional têm dado à necessidade de construirmos palanques estaduais unitários para a eleição presidencial de Dilma Roussef ultrapassa uma simples interpretação, que parece ser recorrente entre alguns militantes maranhenses, de mera acomodação de aliados e meio ágil de obtenção de resultados favoráveis. Equivocam-se redondamente os companheiros e deslizam na óbvia casca de banana do reducionismo político e panfletário. Dialogar inicialmente com o diferente nestas eleições de 2010, com os partidos diferentes que não sejam os declarados adversários, sinaliza também o desejo de estabelecer relações institucionais que se concretizarão no período pós-eleitoral, no qual ocorrerá a retomada das discussões que permitam um pacto sustentável de governabilidade e execução de uma pauta mais ampla de gestão pública no Brasil.
Se antes o tema PMDB soaria como um enorme e incômodo tabu nos debates políticos travados pela militância petista maranhense, que sempre o personalizou e ignorou a possibilidade de repensá-lo enquanto representação institucional e popular, neste momento, diante de uma favorável conjuntura nacional, o PT do Maranhão precisa agregá-lo em sua agenda política e reconhecer o maior partido da base do governo como o nosso aliado tanto no plano nacional quanto estadual.
Como comprovam as pesquisas de opinião de voto, a candidatura ao governo do Maranhão que demonstra possibilidades reais de vitória, sem entrar no campo das especulações e da elaboração de cenários políticos subjetivos, é apresentada pelo PMDB, que busca a reeleição da atual governadora Roseana Sarney. Neste contexto específico, sobre o qual nossas análises devem se deter, há uma declarada intenção do PMDB maranhense de discutir a relação político-institucional com o PT, compreendendo a necessidade de compor um governo estadual que garanta, no futuro próximo com a eleição de Dilma, maior visibilidade social junto ao Governo Federal, o que conseqüentemente se traduzirá no desenvolvimento econômico do Maranhão e na melhoria das condições de vida de sua população. A parceria do PT com o PMDB na aliança nacional das eleições de 2010, se também reproduzida aqui na candidatura ao governo do estado, permitirá uma nova engenharia na administração das políticas públicas, que serão irremediavelmente influenciadas pelo modo petista de governar.
Na construção dessa aliança, para que dela resulte concretamente conquistas e avanços, é preciso que nos apropriemos da maturidade política que nosso partido e governo adquiriu ao longo de nossa história, dialogando com serenidade e de forma transparente aquilo que realmente interessa ao nosso projeto coletivo. Nosso objetivo, seguramente, é ampliar nossas bancadas de deputados estaduais e federais, eleger um senador e delimitar nossa atuação, organicamente, no governo do estado, algo que advirá do mandato de vice-governador. Estas propostas, aparentemente ambiciosas, são factuais e podem se tornar realidade desde que encaremos esse debate com personalidade e com a convicção de que estaremos contribuindo efetivamente para o êxito de nossa tática nacional.
Nestes 30 anos representamos com dignidade, sem dúvida, o não menos importante papel secundário da esquerda maranhense. Conseguimos manter a margem pouco flutuante dos 10% do eleitorado maranhense. E o fizemos por circunstâncias históricas e regionais, que muito provavelmente não foram fruto de uma escolha deliberada, até porque não somos unicamente partido de quadros, somos um partido sobretudo de massas. Mas temos muito potencial para continuarmos desempenhando o mesmo papel e permanecer no mesmo lugar dessa fila que insiste em nos deixar por último. Não são novos nomes apresentados em uma eleição que serão capazes de revolucionar práticas políticas e sociais de um dia para noite.
Precisamos construir um projeto político para o Maranhão desde já, com nossa marca, com nossas digitais, que seja maior que um sujeito individual, que seja contagiante e consiga unir todos aqueles que em nome de um ideal coletivo sintam-se parte e todo desse desenfreado processo de mudança que o nosso partido vem alavancando com pluralidade e democracia em todo país. Virna Teixeira – Dirigente Estadual do PT – MA e militante do Campo Construindo Um Novo Brasil
Por Virna Texeira
Relembrar os acontecimentos que se passaram nestes 30 anos de lutas e conquistas do PT deve ser um exercício para além do simples gosto por retóricas e frases de efeito. Historiar nosso partido representa muito mais do que isso, significa a capacidade única de a militância petista conseguir refletir criticamente sobre seus desacertos e a partir disso trilhar caminhos que possam ter como norte a resolução dos problemas que verdadeiramente afligem a classe trabalhadora e o povo brasileiro.
Após este último Congresso do PT, o quarto em sua trajetória, consagramos, com o sempre vivo e entusiástico espírito militante de petistas de todo o Brasil, a vontade de continuar mudando o país através da implementação de políticas públicas democráticas, que buscam reduzir desigualdades e inverter lógicas tradicionais de dominação. Mantivemos a convicção na nossa estratégia de poder, que, ao adotar como tática central a eleição da companheira Dilma Roussef para presidente, vislumbra também o alcance de outras variantes sociais, fundamentais para consolidação de um projeto de hegemonia que se pretende duradouro e progressivamente transformador.
O destaque que o IV Congresso do PT e a Direção Nacional têm dado à necessidade de construirmos palanques estaduais unitários para a eleição presidencial de Dilma Roussef ultrapassa uma simples interpretação, que parece ser recorrente entre alguns militantes maranhenses, de mera acomodação de aliados e meio ágil de obtenção de resultados favoráveis. Equivocam-se redondamente os companheiros e deslizam na óbvia casca de banana do reducionismo político e panfletário. Dialogar inicialmente com o diferente nestas eleições de 2010, com os partidos diferentes que não sejam os declarados adversários, sinaliza também o desejo de estabelecer relações institucionais que se concretizarão no período pós-eleitoral, no qual ocorrerá a retomada das discussões que permitam um pacto sustentável de governabilidade e execução de uma pauta mais ampla de gestão pública no Brasil.
Se antes o tema PMDB soaria como um enorme e incômodo tabu nos debates políticos travados pela militância petista maranhense, que sempre o personalizou e ignorou a possibilidade de repensá-lo enquanto representação institucional e popular, neste momento, diante de uma favorável conjuntura nacional, o PT do Maranhão precisa agregá-lo em sua agenda política e reconhecer o maior partido da base do governo como o nosso aliado tanto no plano nacional quanto estadual.
Como comprovam as pesquisas de opinião de voto, a candidatura ao governo do Maranhão que demonstra possibilidades reais de vitória, sem entrar no campo das especulações e da elaboração de cenários políticos subjetivos, é apresentada pelo PMDB, que busca a reeleição da atual governadora Roseana Sarney. Neste contexto específico, sobre o qual nossas análises devem se deter, há uma declarada intenção do PMDB maranhense de discutir a relação político-institucional com o PT, compreendendo a necessidade de compor um governo estadual que garanta, no futuro próximo com a eleição de Dilma, maior visibilidade social junto ao Governo Federal, o que conseqüentemente se traduzirá no desenvolvimento econômico do Maranhão e na melhoria das condições de vida de sua população. A parceria do PT com o PMDB na aliança nacional das eleições de 2010, se também reproduzida aqui na candidatura ao governo do estado, permitirá uma nova engenharia na administração das políticas públicas, que serão irremediavelmente influenciadas pelo modo petista de governar.
Na construção dessa aliança, para que dela resulte concretamente conquistas e avanços, é preciso que nos apropriemos da maturidade política que nosso partido e governo adquiriu ao longo de nossa história, dialogando com serenidade e de forma transparente aquilo que realmente interessa ao nosso projeto coletivo. Nosso objetivo, seguramente, é ampliar nossas bancadas de deputados estaduais e federais, eleger um senador e delimitar nossa atuação, organicamente, no governo do estado, algo que advirá do mandato de vice-governador. Estas propostas, aparentemente ambiciosas, são factuais e podem se tornar realidade desde que encaremos esse debate com personalidade e com a convicção de que estaremos contribuindo efetivamente para o êxito de nossa tática nacional.
Nestes 30 anos representamos com dignidade, sem dúvida, o não menos importante papel secundário da esquerda maranhense. Conseguimos manter a margem pouco flutuante dos 10% do eleitorado maranhense. E o fizemos por circunstâncias históricas e regionais, que muito provavelmente não foram fruto de uma escolha deliberada, até porque não somos unicamente partido de quadros, somos um partido sobretudo de massas. Mas temos muito potencial para continuarmos desempenhando o mesmo papel e permanecer no mesmo lugar dessa fila que insiste em nos deixar por último. Não são novos nomes apresentados em uma eleição que serão capazes de revolucionar práticas políticas e sociais de um dia para noite.
Precisamos construir um projeto político para o Maranhão desde já, com nossa marca, com nossas digitais, que seja maior que um sujeito individual, que seja contagiante e consiga unir todos aqueles que em nome de um ideal coletivo sintam-se parte e todo desse desenfreado processo de mudança que o nosso partido vem alavancando com pluralidade e democracia em todo país. Virna Teixeira – Dirigente Estadual do PT – MA e militante do Campo Construindo Um Novo Brasil
2 comentários:
JornalPequeno de São Luís/MA
Aí tem o meu apoio, jamais o PT vai se aliar à coronezinha, a menima-má, Roseana Sarney.
Petistas aclamam Flávio Dino como pré-candidato ao governo
14 de março de 2010 às 11:45
Cerca de 300 militantes e dirigentes do Partido dos Trabalhadores realizaram ontem um ato público em São Luís para manifestar apoio à pré-candidatura do deputado Flávio Dino ao governo do Maranhão numa coligação que reúna, além do próprio PT, o PSB e o PCdoB.
O ato foi coordenado pelo deputado federal Domingos Dutra; pelo vice-presidente do partido, Augusto Lobato; e pelo secretário de Organização, Bira do Pindaré. Flávio Dino e a vice-presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, compareceram ao evento acompanhados de outros dirigentes locais do partido.
Na fala de abertura, Dutra classificou o ato de uma “reunião em nome da esperança” e foi enfático na defesa de uma coligação do seu partido com o que ele designou de “campo democrático e popular”. Bira do Pindaré criticou os que apresentaram uma proposta de aliança sem citar o nome do candidato. “Nós apresentamos uma proposta com nome e sobrenome do candidato, que é o companheiro Flávio Dino. E a outra proposta não teve nem nome nem tampouco sobrenome”, criticou fazendo referência ao fato da ala liderada por Washington Luiz ter omitido o nome de Roseana Sarney da tese.
A vice-presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, reafirmou que a candidatura de Flávio Dino é uma prioridade do partido nas próximas eleições, lamentou o atraso econômico e social a que o Maranhão está submetido e pregou a renovação. “O Maranhão precisa do novo, da mudança, para acompanhar os passos largos que o Brasil está dando com o presidente Lula”.
Flávio Dino falou por quase meia hora defendendo a necessidade de mudanças profundas na política maranhense. Arrancou aplausos entusiasmados dos petistas em vários momentos. Num deles ao sugerir a realização de um debate entre ele e Roseana Sarney durante o Encontro do partido. Noutro, quando garantiu: “compareço a esta reunião com o sentimento de que não posso dar um passo atrás. Vamos disputar e vencer”.
Intercalados por gritos de guerra defendendo a “unidade popular”, 25 militantes e dirigentes partidários falaram em defesa da candidatura de Flávio Dino e da ministra Dilma Roussef à presidência. A tônica comum a todos os discursos foi a condenação ao grupo Sarney, acusado de ser o principal responsável pelo atraso no Maranhão.
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