Vermelho: Em artigo publicado em seu blog, Eduardo Guimarães se mostra preocupado com os
"despolitizados". Confira:Fico me perguntando se é normal que a política seja feita como se faz nas Américas. Da Patagônia ao Alasca – com exceção, talvez, do Canadá –, é tudo na base da demonização mútua entre os postulantes.
Um lado diz que o outro representa a derrocada da nação. Tenta-se assustar o eleitorado com a possibilidade de vitória do adversário. Não há respeito entre os políticos e as mídias tratam de pôr lenha na fogueira.
O que resulta disso é esse debate raso que vemos, que faz tudo menos esclarecer o eleitorado.
A incivilidade do debate político que é travado nesta parte do mundo, é desoladora. Tenta-se induzir o cidadão a votar movido por sentimentos, jamais pela razão. E são sempre sentimentos negativos.
Isso sem falar no ridículo das análises da grande mídia. No sábado, logo que saiu a pesquisa Datafolha, li um comentarista, no site do Estadão, que escreveu um texto imenso para “provar” que Dilma e Serra não tinham aparecido empatados no limite da margem de erro.
A imprensa que temos não ajuda em absolutamente nada, pois. Só noticia picuinhas e acusações que, de cada dez, onze não dão em nada. Aliás, o caso Arruda foi o único, em muito tempo, que fugiu à regra.
E é a mesma coisa na Argentina, no México ou nos Estados Unidos. Tudo movido por uma união continental de empresários de mídia que enfiaram na cabeça que podem escolher um lado na política e elegê-lo.
Não que já não tenha sido assim. Era, mas não é mais – e faz tempo.
Há momentos em que, ao me ver em meio a tudo isso, sinto-me meio ridículo. Aliás, essa maioria supostamente despolitizada olha para os que gastam tempo com essas arengas como se estivesse olhando para ETs. E não dá a menor bola.
Se existe uma pregação que convence cada vez menos gente, é a pregação política. Sobretudo a pregação política disfarçada de jornalismo.
E, querem saber?, acho que esses “despolitizados” entendem muito mais de política do que qualquer um de nós, os supostamente “politizados”. Eles já aprenderam a não dar bola à política e a votarem com base no que estão vendo.
Claro que, às vezes, não olham direito e votam errado. Mas, pelo menos, erram sozinhos.
"despolitizados". Confira:Fico me perguntando se é normal que a política seja feita como se faz nas Américas. Da Patagônia ao Alasca – com exceção, talvez, do Canadá –, é tudo na base da demonização mútua entre os postulantes.
Um lado diz que o outro representa a derrocada da nação. Tenta-se assustar o eleitorado com a possibilidade de vitória do adversário. Não há respeito entre os políticos e as mídias tratam de pôr lenha na fogueira.
O que resulta disso é esse debate raso que vemos, que faz tudo menos esclarecer o eleitorado.
A incivilidade do debate político que é travado nesta parte do mundo, é desoladora. Tenta-se induzir o cidadão a votar movido por sentimentos, jamais pela razão. E são sempre sentimentos negativos.
Isso sem falar no ridículo das análises da grande mídia. No sábado, logo que saiu a pesquisa Datafolha, li um comentarista, no site do Estadão, que escreveu um texto imenso para “provar” que Dilma e Serra não tinham aparecido empatados no limite da margem de erro.
A imprensa que temos não ajuda em absolutamente nada, pois. Só noticia picuinhas e acusações que, de cada dez, onze não dão em nada. Aliás, o caso Arruda foi o único, em muito tempo, que fugiu à regra.
E é a mesma coisa na Argentina, no México ou nos Estados Unidos. Tudo movido por uma união continental de empresários de mídia que enfiaram na cabeça que podem escolher um lado na política e elegê-lo.
Não que já não tenha sido assim. Era, mas não é mais – e faz tempo.
Há momentos em que, ao me ver em meio a tudo isso, sinto-me meio ridículo. Aliás, essa maioria supostamente despolitizada olha para os que gastam tempo com essas arengas como se estivesse olhando para ETs. E não dá a menor bola.
Se existe uma pregação que convence cada vez menos gente, é a pregação política. Sobretudo a pregação política disfarçada de jornalismo.
E, querem saber?, acho que esses “despolitizados” entendem muito mais de política do que qualquer um de nós, os supostamente “politizados”. Eles já aprenderam a não dar bola à política e a votarem com base no que estão vendo.
Claro que, às vezes, não olham direito e votam errado. Mas, pelo menos, erram sozinhos.
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