quarta-feira, 17 de março de 2010

Pesquisa é retrato do momento', diz Dilma em Minas

Pesquisa é retrato do momento', diz Dilma em Minas. 'A eleição é em outubro, e ninguém sobe de salto alto', afirmou. Pesquisa mostra Serra com 35% das intenções, contra 30% da ministra.
Da Agência Estado - Foto: Célio Messias/AE
Célio Messias/AE
No Triângulo Mineiro, Dilma inaugura duplicação de estrada (Foto: Célio Messias/AE)
A diminuição para cinco pontos porcentuais - 35% a 30%, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (17) - nas intenções de votos, para o seu principal rival, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), foi recebida com serenidade pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República, em Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro. "Vou repetir o que repito a horas: a pesquisa é retrato do momento", disse Dilma. "Estamos em março, a eleição é em outubro, e ninguém sobe de salto alto", emendou ela, enfatizando que terá que se dedicar na campanha. "(Estamos) avaliando que é só o momento, e que a eleição ainda tem muito caminho pra gente andar."
O curto comentário sobre a divulgação da pesquisa encerrou a rápida entrevista coletiva em Monte Alegre de Minas, onde Dilma discursou por cerca de 30 minutos para pelo menos 2 mil pessoas, num palanque montado no pátio do posto de combustíveis Trevão de Monte Alegre. A ministra, que inaugurou obras e assinou convênios com prefeituras de dezenas de cidades mineiras, também não deixou claro se irá ou não participar de eventos ou inaugurações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após deixar o cargo na Casa Civil. A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou cartilha, ontem, indicando que Dilma só não poderá participar de eventos a partir da oficialização de sua candidatura.
"Nós achamos que a relação, a partir da minha saída, é mais o presidente indo nas minhas atividades, nas atividades de campanha como militante que ele é", argumentou Dilma. "Não estamos dando muito destaque e ênfase a isso." Para a ministra, a cartilha da AGU indica que estaria sob o "ponto de vista legal", mas deixou a entender que terá muito trabalho durante a pré-campanha à Presidência. Não garantiu que não participará de qualquer inauguração oficial do governo, mas também não desconsiderou essa hipótese. "Não te digo isso (não participar de inaugurações oficiais), porque posso participar, mas não é essa a atividade central", enfatizou Dilma.
Sobre a disputa estadual em Minas Gerais, se sua candidatura pelo PT terá um ou dois palanques, a ministra afirmou que é favorável à união, não citando nomes ou preferências. "Somos a favor da unidade e acho que essa questão da unidade não é uma coisa que se impõe, se constrói", disse ela. Dilma se disse favorável à união dos palanques em Minas, mas ainda destacou que "não controlamos a realidade completamente". Ela não quis fazer qualquer prognóstico sobre o assunto. "(Vamos) olhar na hora, não se antecipa à pior situação..., temos que ser otimistas", finalizou a ministra.

JK - A ministra da Casa Civil recebeu, ao chegar ao seu compromisso político, uma cópia da carta que o então presidente Juscelino Kubitschek, também mineiro, escreveu à população de Monte Alegre de Minas em 1958. Ela leu um trecho da carta e elogiou JK, citando-o como "grande presidente desenvolvimentista, responsável, visão ampla de País". O discurso de Dilma foi a dez metros do trevo, que tinha intenso tráfego de caminhões, ligando várias cidades. O trecho inaugurado, de cerca de 60 quilômetros, foi da BR-153, que liga Itumbiara (GO) a Prata (MG).
A visita também marcou o início da duplicação de aproximadamente 80 quilômetros da BR-365, entre Monte Alegre de Minas e Uberlândia, entre outras. Também foram assinados 253 convênios em 75 municípios do Triângulo Mineiro e lançamentos de cerca de duas mil moradias do programa Minha Casa, Minha Vida na região. Depois, Dilma seguiu para cumprir agenda em Uberaba (MG).

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