Segundo levantamento do diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz, das 54 vagas do Senado em jogo este ano, 14 ou 15 serão de senadores que conseguirão a reeleição. Nas demais cadeiras, a vantagem é de integrantes da base aliada do governo. O PSDB pode cair de 14 senadores para um patamar entre 9 e 10 e o DEM, que conta com bancada idêntica à dos tucanos, para algo entre 8 ou 9. "A oposição é naturalmente prejudicada em uma disputa como essa, pela perda de interlocução que teve com o poder central há oito anos e que só será sentida agora", comentou Queiroz.
Entre os partidos situacionistas, o PMDB não tende a ter um crescimento expressivo, já que renova 14 de suas atuais 17 cadeiras e tem boa parte de sua bancada formada por suplentes. Abrindo mão da disputa por diversos governos estaduais, por orientação do próprio presidente, o PT criou espaços para avançar no Senado. É precisamente o que ocorre em Estados do Nordeste, como Pernambuco e Ceará, ou do Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Nos Estados nordestinos, caso PT e PSB se coliguem na eleição presidencial, os petistas não devem apresentar candidato próprio ao governo estadual. Cria-se a possibilidade de eleição respectivamente do ex-prefeito do Recife João Paulo Lima e Silva, e do atual ministro da Previdência Social, José Pimentel. O primeiro ainda disputa a vaga com o ex-ministro da Saúde Humberto Costa.
No Paraná, a aliança com o atual senador Osmar Dias (PDT) abre espaço para Gleisi Hoffmann (PT), mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, tentar o Senado. No Rio de Janeiro, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), e a também petista Benedita da Silva, disputam com chances uma cadeira ao Senado na chapa que apoiará a reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB). No Espírito Santo, o PT deve apoiar a candidatura do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) e o prefeito de Vitória, o petista João Coser, é o mais provável candidato a substituir o governador Paulo Hartung (PMDB) na disputa por uma cadeira ao Senado.
Pelas contas do Diap, o PT sairia dos seus atuais 11 senadores (dois deles suplentes) para um patamar entre 13 e 15 parlamentares. Já o PMDB, atualmente com 17 integrantes do Senado, não tende a crescer. O levantamento mostra entre 14 e 16 cadeiras para o partido. Queiroz não arrisca prognósticos sobre a segunda vaga ao Senado em diversos Estados, mas a chance do partido reduzir a bancada é mínima. Em pelo menos três Estados sem previsão do levantamento há fortes candidatos pemedebistas: No Mato Grosso do Sul, o deputado federal Waldemir Moka; em Tocantins, o ex-governador Marcelo Miranda e no Sergipe, o deputado federal Jackson Barreto. Em Goiás, o diretor do Diap acredita na possível candidatura ao Senado do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Também é cotada para a vaga, caso Meirelles não entre na disputa, a deputada federal Íris Araújo (PMDB).
Para Queiroz, os atuais comandantes da bancada pemedebista tendem a reeleger-se. Renan Calheiros ampliou suas possibilidades em Alagoas ao conseguir deslocar para a disputa pelo governo estadual o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). Ainda em Alagoas, a ex-senadora Heloísa Helena tem boas chances de retornar ao Senado, mantendo a única vaga ocupada pelo PSOL, que hoje está com José Nery (PA). Romero Jucá não tem competidores fortes em Roraima. Já Valdir Raupp deverá ser o segundo mais votado em Rondônia. O presidente da Casa, senador José Sarney (AP), conta com mais quatro anos de mandato.
Panorama adverso para a oposição
O panorama é adverso para a oposição. Na avaliação de Queiroz, dos principais senadores oposicionistas que buscam um novo mandato, apenas três - Heráclito Fortes (DEM-PI), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) - estão em situação relativamente confortável. Já Arthur Virgilio (PSDB-AM), Sergio Guerra (PSDB-PE), José Agripino Maia (DEM-RN) e Marco Maciel (DEM-PE) enfrentam ao mesmo tempo os governos federal e estadual e contam com adversários fortes. O líder tucano Arthur Virgílio pode perder a vaga para a deputada comunista Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM), que disputará uma vaga ao Senado com boas chances de sucesso. Em Pernambuco, PSDB e DEM podem perder suas cadeiras no Senado para partidos de esquerda como PT e PSB. E no Rio Grande do Norte uma das vagas deve ficar com Vilma de Faria (PSB), deixando Garibaldi Alves (PMDB) e Agripino Maia brigando pela segunda vaga.
Pelo levantamento do Diap, o PSDB pode cair de 14 senadores para um patamar entre 9 e 10 e o DEM, que conta com bancada idêntica à dos tucanos, para algo entre 8 ou 9. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), tende a tornar-se o parlamentar mais votado no campo oposicionista, se concretizar a sua candidatura ao Senado. Mas terá que se esforçar para garantir a maior votação em Minas, caso o vice-presidente José Alencar (PRB) seja candidato.
No levantamento feito por Queiroz, não há apostas sobre a segunda vaga na Bahia, no Maranhão, em Sergipe, Paraíba, Acre e Roraima. De acordo com o diretor, os dois primeiros estados (BA e MA) reúnem duas características que tornam o quadro obscuro: há a presença de suplentes, ACM Júnior (DEM-BA) e Mauro Fecury (PMDB-MA) que, em tese, teriam dificuldade para renovar o mandato, e não há polarização na disputa estadual, o que retarda as composições para o Senado. Na Bahia, PMDB e PT tendem a apresentar candidaturas separadas para o governo. No Maranhão, a divisão é entre a governadora Roseana Sarney (PMDB) e o deputado federal Flavio Dino (PCdoB).
Já no Acre, apesar do levantamento apontar apenas o nome de Jorge Viana (PT) como um dos favoritos, os comunistas também têm boas chances de emplacar seu candidato, Edvaldo Magalhães, presidente da Assembléia Legislativa do Estado, que deve disputar uma das cadeiras ao Senado.
Uma das disputas mais acirradas deve ocorrer em São Paulo. O Diap apontou os nomes de Marta Suplicy (PT) e Orestes Quércia (PMDB) como favoritos para ocupar as vagas hoje ocupadas por Aloizio Mercadante (PT) --que deve concorrer ao governo estadual-- e Romeu Tuma (PTB). Mas além do próprio Tuma poder vir a se candidatar à reeleição --ele ainda não decidiu--, a disputa terá outros nomes muito fortes como Netinho de Paula (PCdoB) e Gabriel Chalita (PSB).
Até outubro, muita coisa pode acontecer e embaralhar bastante o quadro sucessório no Senado, mas o centro da aposta do Diap, de que a oposição de direita, sobretudo DEM e PSDB, devem ser os maiores derrotados parece ter subsídio factual suficiente para se confirmar. Da redação, com informações do jornal Valor Econômico
Acesse o BLOG DA DILMA NO NING: http://blogdadilma.ning.com/
No Paraná, a aliança com o atual senador Osmar Dias (PDT) abre espaço para Gleisi Hoffmann (PT), mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, tentar o Senado. No Rio de Janeiro, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), e a também petista Benedita da Silva, disputam com chances uma cadeira ao Senado na chapa que apoiará a reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB). No Espírito Santo, o PT deve apoiar a candidatura do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) e o prefeito de Vitória, o petista João Coser, é o mais provável candidato a substituir o governador Paulo Hartung (PMDB) na disputa por uma cadeira ao Senado.
Pelas contas do Diap, o PT sairia dos seus atuais 11 senadores (dois deles suplentes) para um patamar entre 13 e 15 parlamentares. Já o PMDB, atualmente com 17 integrantes do Senado, não tende a crescer. O levantamento mostra entre 14 e 16 cadeiras para o partido. Queiroz não arrisca prognósticos sobre a segunda vaga ao Senado em diversos Estados, mas a chance do partido reduzir a bancada é mínima. Em pelo menos três Estados sem previsão do levantamento há fortes candidatos pemedebistas: No Mato Grosso do Sul, o deputado federal Waldemir Moka; em Tocantins, o ex-governador Marcelo Miranda e no Sergipe, o deputado federal Jackson Barreto. Em Goiás, o diretor do Diap acredita na possível candidatura ao Senado do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Também é cotada para a vaga, caso Meirelles não entre na disputa, a deputada federal Íris Araújo (PMDB).
Para Queiroz, os atuais comandantes da bancada pemedebista tendem a reeleger-se. Renan Calheiros ampliou suas possibilidades em Alagoas ao conseguir deslocar para a disputa pelo governo estadual o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). Ainda em Alagoas, a ex-senadora Heloísa Helena tem boas chances de retornar ao Senado, mantendo a única vaga ocupada pelo PSOL, que hoje está com José Nery (PA). Romero Jucá não tem competidores fortes em Roraima. Já Valdir Raupp deverá ser o segundo mais votado em Rondônia. O presidente da Casa, senador José Sarney (AP), conta com mais quatro anos de mandato.
Panorama adverso para a oposição
O panorama é adverso para a oposição. Na avaliação de Queiroz, dos principais senadores oposicionistas que buscam um novo mandato, apenas três - Heráclito Fortes (DEM-PI), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) - estão em situação relativamente confortável. Já Arthur Virgilio (PSDB-AM), Sergio Guerra (PSDB-PE), José Agripino Maia (DEM-RN) e Marco Maciel (DEM-PE) enfrentam ao mesmo tempo os governos federal e estadual e contam com adversários fortes. O líder tucano Arthur Virgílio pode perder a vaga para a deputada comunista Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM), que disputará uma vaga ao Senado com boas chances de sucesso. Em Pernambuco, PSDB e DEM podem perder suas cadeiras no Senado para partidos de esquerda como PT e PSB. E no Rio Grande do Norte uma das vagas deve ficar com Vilma de Faria (PSB), deixando Garibaldi Alves (PMDB) e Agripino Maia brigando pela segunda vaga.
Pelo levantamento do Diap, o PSDB pode cair de 14 senadores para um patamar entre 9 e 10 e o DEM, que conta com bancada idêntica à dos tucanos, para algo entre 8 ou 9. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), tende a tornar-se o parlamentar mais votado no campo oposicionista, se concretizar a sua candidatura ao Senado. Mas terá que se esforçar para garantir a maior votação em Minas, caso o vice-presidente José Alencar (PRB) seja candidato.
No levantamento feito por Queiroz, não há apostas sobre a segunda vaga na Bahia, no Maranhão, em Sergipe, Paraíba, Acre e Roraima. De acordo com o diretor, os dois primeiros estados (BA e MA) reúnem duas características que tornam o quadro obscuro: há a presença de suplentes, ACM Júnior (DEM-BA) e Mauro Fecury (PMDB-MA) que, em tese, teriam dificuldade para renovar o mandato, e não há polarização na disputa estadual, o que retarda as composições para o Senado. Na Bahia, PMDB e PT tendem a apresentar candidaturas separadas para o governo. No Maranhão, a divisão é entre a governadora Roseana Sarney (PMDB) e o deputado federal Flavio Dino (PCdoB).
Já no Acre, apesar do levantamento apontar apenas o nome de Jorge Viana (PT) como um dos favoritos, os comunistas também têm boas chances de emplacar seu candidato, Edvaldo Magalhães, presidente da Assembléia Legislativa do Estado, que deve disputar uma das cadeiras ao Senado.
Uma das disputas mais acirradas deve ocorrer em São Paulo. O Diap apontou os nomes de Marta Suplicy (PT) e Orestes Quércia (PMDB) como favoritos para ocupar as vagas hoje ocupadas por Aloizio Mercadante (PT) --que deve concorrer ao governo estadual-- e Romeu Tuma (PTB). Mas além do próprio Tuma poder vir a se candidatar à reeleição --ele ainda não decidiu--, a disputa terá outros nomes muito fortes como Netinho de Paula (PCdoB) e Gabriel Chalita (PSB).
Até outubro, muita coisa pode acontecer e embaralhar bastante o quadro sucessório no Senado, mas o centro da aposta do Diap, de que a oposição de direita, sobretudo DEM e PSDB, devem ser os maiores derrotados parece ter subsídio factual suficiente para se confirmar. Da redação, com informações do jornal Valor Econômico
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