segunda-feira, 8 de março de 2010

Sem regresso

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), cobrou da cúpula do DEM o documento interno no qual uma ala legenda faz uma avaliação pessimista de suas possibilidades eleitorais e defende a candidatura de Aécio Neves. Rodrigo Maia, presidente da legenda, reiterou o apoio do partido ao governador paulista, embora tenha sinalizado para Aécio que a troca de guarda não seria um problema. Serra não jogará a toalha. A não ser que ocorra um dilúvio em São Paulo, será candidato a presidente da República, mesmo sem Aécio na vice.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o grande ausente nas comemorações dos 100 anos de Tancredo Neves, defende o nome do senador Tasso Jereissatti para vice. O ex-governador do Ceará, grande colégio eleitoral do Nordeste, daria outro sotaque à chapa tucana e evitaria uma catástrofe eleitoral na região. O problema é que o DEM quer a vice e oferece os nomes do senador José Agripino (RN) e de Kátia Abreu (CE).
A relação com o DEM, depois do agastamento com Aécio, é o maior problema de Serra. A legenda está desmotivada com a candidatura e enfraquecida por causa da crise que levou o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, à prisão e o vice, Paulo Octávio, à renúncia. Ambos deixaram a legenda. O prefeito Gilberto Kassab, em São Paulo, amarga o desgaste provocado pelas enchentes. Em alguns estados, democratas e tucanos não se entendem. É o caso de Goiás, onde o senador Demostenes Torres (DEM) e o deputado Ronaldo Caiado (DEM) articulam uma chapa contra o senador Marconi Perilo (PSDB), que tenta voltar ao governo do estado e é o favorito na disputa.
Correio Braziliense

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