A atriz Norma Bengell, 74, disse, em entrevista à Folha, que a pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff não precisa pedir desculpa pelo uso de uma foto sua no blog da petista, com quem afirmou simpatizar e que definiu como "uma mulher que sofreu muito".
O site oficial da petista --Dilmanaweb.com.br-- usou imagem da atriz em passeata contra a ditadura militar em sequência de fotos pessoais da Dilma, o que permitiria a interpretação de que se tratava da ministra em passeata.
"Eu não vi, não. Uma amiga viu e me contou. Acho normal. Não tem nada que pedir desculpas. Fiz parte das passeatas contra a ditadura. Aliás, eu gosto da Dilma. Acho que ela é maravilhosa, uma mulher que sofreu muito. Tomara que ganhe", declarou Bengell.Questionada se faria campanha para a ex-ministra, Bengell foi reticente. "Não estou fazendo campanha. Ainda não. Já fiz do Lula, mas quando ele não era famoso. Ele ia à casa da Lucélia [Santos], e a gente ficava conversando. Agora eu não tenho uma decisão formada. Só simpatizo com a Dilma."
Em nota, o blog Dilmanaweb informou "lamentar profundamente a interpretação equivocada" da foto. "Jamais houve a intenção de confundir a sua imagem com a de Dilma, o que seria estapafúrdio, ainda mais se tratando de uma figura pública. O que se busca, ali, é ressaltar um momento da vida do país do qual Dilma participou ativamente."
A foto usada pelo blog foi tirada em 26 de junho de 1968, na chamada Passeata dos Cem Mil, no centro do Rio, em protesto contra violência policial em ato organizado por lideranças estudantis dias antes. O movimento contou com a participação de artistas e intelectuais, ganhando dimensão mais ampla, com os manifestantes reivindicando o restabelecimento das liberdades democráticas, a suspensão da censura e a concessão de mais verbas para a educação.
Na foto original, Bengell aparece com as atrizes Tônia Carrero, Eva Wilma, Odette Lara e Ruth Escobar. Atrás delas, um manifestante segura um cartaz com os dizeres "Contra a censura, pela cultura". À época da passeata, Dilma morava em Belo Horizonte e militava em organização que pregava a luta armada contra a ditadura militar. Ela havia começado, no ano anterior, o curso de ciências econômicas na Universidade Federal de Minas Gerais e tinha aderido ao Colina (Comando de Libertação Nacional), organização que pregava a instalação de um "governo popular revolucionário". Em dezembro de 1968, o governo militar editou o Ato Institucional nº 5, radicalizando a repressão. Em janeiro de 1970, Dilma foi presa e torturada. Só foi libertada no final de 1972.
O site oficial da petista --Dilmanaweb.com.br-- usou imagem da atriz em passeata contra a ditadura militar em sequência de fotos pessoais da Dilma, o que permitiria a interpretação de que se tratava da ministra em passeata.
"Eu não vi, não. Uma amiga viu e me contou. Acho normal. Não tem nada que pedir desculpas. Fiz parte das passeatas contra a ditadura. Aliás, eu gosto da Dilma. Acho que ela é maravilhosa, uma mulher que sofreu muito. Tomara que ganhe", declarou Bengell.Questionada se faria campanha para a ex-ministra, Bengell foi reticente. "Não estou fazendo campanha. Ainda não. Já fiz do Lula, mas quando ele não era famoso. Ele ia à casa da Lucélia [Santos], e a gente ficava conversando. Agora eu não tenho uma decisão formada. Só simpatizo com a Dilma."
Em nota, o blog Dilmanaweb informou "lamentar profundamente a interpretação equivocada" da foto. "Jamais houve a intenção de confundir a sua imagem com a de Dilma, o que seria estapafúrdio, ainda mais se tratando de uma figura pública. O que se busca, ali, é ressaltar um momento da vida do país do qual Dilma participou ativamente."
A foto usada pelo blog foi tirada em 26 de junho de 1968, na chamada Passeata dos Cem Mil, no centro do Rio, em protesto contra violência policial em ato organizado por lideranças estudantis dias antes. O movimento contou com a participação de artistas e intelectuais, ganhando dimensão mais ampla, com os manifestantes reivindicando o restabelecimento das liberdades democráticas, a suspensão da censura e a concessão de mais verbas para a educação.
Na foto original, Bengell aparece com as atrizes Tônia Carrero, Eva Wilma, Odette Lara e Ruth Escobar. Atrás delas, um manifestante segura um cartaz com os dizeres "Contra a censura, pela cultura". À época da passeata, Dilma morava em Belo Horizonte e militava em organização que pregava a luta armada contra a ditadura militar. Ela havia começado, no ano anterior, o curso de ciências econômicas na Universidade Federal de Minas Gerais e tinha aderido ao Colina (Comando de Libertação Nacional), organização que pregava a instalação de um "governo popular revolucionário". Em dezembro de 1968, o governo militar editou o Ato Institucional nº 5, radicalizando a repressão. Em janeiro de 1970, Dilma foi presa e torturada. Só foi libertada no final de 1972.
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