sábado, 17 de abril de 2010

Dilma acena com incentivo a empresários

Petista fala em incluir móveis no Minha Casa, Minha Vida e é aplaudida no RS

Durante almoço com cerca de 350 executivos gaúchos, ex-ministra defendeu que o Brasil seja mais ativo na defesa da indústria local

Porthus Junior/Ag.RBS/Folhapress
A pré-candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, visita a empresa Marcopolo, em Caxias do Sul

GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAXIAS DO SUL (RS)

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse ontem que é possível incluir móveis e eletrodomésticos da linha branca numa futura versão do programa Minha Casa, Minha Vida. A proposta foi apresentada em almoço com cerca de 350 empresários em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha -onde fica um dos principais polos moveleiros do país.
Ao gosto da plateia, Dilma disse que a experiência do programa habitacional poderia ser replicada com os fabricantes de móveis. Foi aplaudida. "Tem que fazer engenharia financeira para incluir os móveis", disse Dilma: "A gente fica achando que tudo é difícil, se não pega o assunto e discute com o setor".
A desoneração do setor moveleiro foi uma das medidas anticíclicas do governo federal para atenuar os efeitos da crise financeira internacional. No mês passado, a equipe econômica anunciou a simplificação e redução do IPI para móveis.
Em outro ponto do discurso, a petista defendeu que o Brasil seja "mais ativo" na defesa de empresas brasileiras contra a concorrência estrangeira. Dilma disse que irá implementar uma política comercial externa focada no combate ao dumping praticado por outros países.

Corpo a corpo
Após o encontro com os empresários, ela visitou a linha de produção de ônibus escolares da Marcopolo. No corpo a corpo, ela abraçou operários e posou para fotos ao volante de um ônibus que a empresa exportará para a África do Sul. Antes de retornar a Porto Alegre, ela visitou ainda um projeto mantido por freiras católicas que oferece arte, leitura e esporte no contraturno escolar, e posou para fotos com crianças.
Indagada por repórteres, a candidata também negou que os conflitos agrários tenham aumentado sob o governo Lula. Neste mês, o MST deflagrou nova edição do "abril vermelho": "Nós construímos as condições para encaminhar a paz no campo". Agora, nós sabemos que os movimentos sociais funcionam pela cabeça deles".

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