quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lula: empresários devem achar "ponto G da criatividade"

Laryssa Borges
Direto de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, em Brasília, que os micro e pequenos empresários brasileiros devem desenvolver relações comerciais também com outros países e ajudar o Brasil a diversificar seus parceiros. Lula disse que estes empresários devem "encontrar o ponto G da criatividade" e mirar a África como um novo mercado de oportunidades para os empreendedores brasileiros.

Condenando a "bobagem da submissão" brasileira a mercados europeus, Lula disse ser importante ainda deixar de "olhar apenas para o próprio umbigo". "Estamos todos nós precisando crescer um pouco mais. Não temos mais o direito de ficar olhando apenas para dentro do nosso próprio umbigo e achar que ao fazer coisas boas para nós está resolvido o problema", afirmou, destacando que uma das armas brasileiras de enfrentamento da crise, além do suporte das micro e pequenas empresas, foi a diversificação das exportações, com a busca de novos parceiros na África, por exemplo.

"O Brasil tem que adentrar o mundo misterioso da competitividade internacional. O Brasil tem que aproveitar esse momento de democratização da África e temos que imaginar que cabe ao chamado mundo em desenvolvimento e ao mundo desenvolvido ter uma consciência econômica que não se aprende na escola. Cabe ao mundo mais rico, para sustentar sua própria capacidade produtiva, transformar o mundo mais pobre em consumidores. É uma lógica simples. Se não, a coisa não está certo em economia", disse o presidente.

"(Às pequenas empresas) Não está proibido de participar desse mundo maravilhoso que é a competição no mercado internacional livre", afirmou Lula.

Crédito
Lula afirmou também que mesmo com a ampliação na concessão de crédito nos últimos sete anos - período que compreende seu governo até agora - não se pode "avacalhar" na oferta de financiamentos, sob pena de o Brasil passar por situação semelhante à crise dos subprime dos Estados Unidos.

"(Não pode) a gente avacalhar com o crédito, visto o que deu com o subprime americano. Foi o desleixo. O banco não pode emprestar o que não tem. Quem empresta o que não tem, quebra", disse.

No início de seu governo, relembrou o presidente, foi preciso realizar uma "revolução na mentalidade do povo e do governo", expandindo a ideia de que era necessário aumentar o volume de crédito disponível para que se formasse um mercado consumidor maior.

"Quando cheguei ao governo, o Brasil tinha nos 8,5 milhões de km quadrados de extensão, R$ 380 bilhões de crédito. Hoje só o Banco do Brasil tem R$ 380 bilhões. O Brasil inteiro está com R$ 1,4 trilhão de crédito. Como a gente podia se arvorar, sobretudo para aqueles que me chamavam de tudo quanto é nome, se a gente não tinha crédito para capital de giro, crédito para financiamento?", questionou Lula.

Um comentário:

ALEX disse...

A NOVA SUPERMÁQUINA DO INPE

Brasil compra novo supercomputador para prever o clima
14 de abril de 2010

Um dos 20 computadores mais rápidos do mundo acaba de ser adquirido pelo Brasil. A partir do fim do ano, a máquina de R$ 31,3 milhões começa a rodar no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos, adiantou o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende

O supercomputador, que receberá um nome em tupi, seguindo a tradição do Inpe, deve melhorar significativamente a previsão do tempo em um país onde meteorologia é cada vez mais uma questão de vida ou morte -vide a tragédia da última semana no Rio de Janeiro.

Mas também colocará o Brasil no seleto grupo de nações capazes de prever não apenas o tempo, com dois ou três dias de antecedência, mas também o clima, ao longo do século. Uma de suas funções primordiais será rodar modelos de circulação global como os usados pelo IPCC (o painel do clima das Nações Unidas), para avaliar as mudanças climáticas.

O sistema foi comprado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) da empresa Cray. Seu desempenho máximo é de 244 teraflops, ou trilhões de operações por segundo (medida padrão dessas máquinas). Só EUA, Rússia, China e Alemanha têm máquinas mais rápidas hoje. "É muito flop!", brinca Rezende.

Só o sistema de refrigeração da máquina custou R$ 2,9 milhões. Para alimentá-la, o Inpe precisará construir uma nova central elétrica, de 1.000 quilowatts. Hoje só há 280 quilowatts disponíveis no instituto.

Com o supercomputador que o Inpe tem hoje, é possível fazer previsões com dois a três dias de antecedência, de hora em hora, para áreas de 40 km por 40 km. Isso permite previsões razoáveis -o Inpe alertou, que cairia uma chuva de 70 milímetros no Rio, algo extremo para o mês de abril-, mas "míopes": não dá para saber, por exemplo, se em Niterói vai cair dez vezes mais água do que em uma área a 20 km dali.
Para fazer previsões mais apuradas, em áreas de 5 km por 5 km, o Inpe hoje gasta dois dias rodando o modelo no computador. "Você não prevê tão bem o desastre de verdade", diz Haroldo Velho, pesquisador do instituto. "Agora, vamos conseguir gerar 5 km em uma hora."

Fonte: http://www.osamigosdapresidentedilma.blogspot.com/