Um monólogo curto seguido de diálogo – o que realmente enriquece. Assim o jornalista e diretor de redação da revista Carta Capital, Mino Carta, definiu sua descontraída palestra, na qual falou sobre “O partido político da mídia”, a convite do ex-deputado federal federal, jornalista e professor Emiliano José.
Mino Carta pareceu animado e disposto a participar ativamente da formação de opinião no pleito eleitoral de 2010. E diz já ter candidata: “nós [da Carta Capital], provavelmente, apoiaremos a candidatura de Dilma Rousseff”, declarou. E fez a ressalva: “mas no momento certo”. Sua palestra, porém, mostrou como, para ele, o Instante I, a Hora H, o Dia D, já chegaram.
“Estamos em um ano eleitoral, e é nessa hora que a gente enxerga como está a nossa mídia. Por isso, o tema proposto para essa conversa é muito oportuno”. Durante o encontro, afirmou várias vezes que a grande mídia brasileira – a mesma que apoiou a ditadura militar de 1964, elegeu Collor em 1989, e FHC em 1994 e 1998 – está, em 2010, empenhada em eleger José Serra.
Aí alguém perguntou: E Dilma? A revista Carta Capital vai apoiar?
“Obviamente, a revista vai apoiar a candidatura Dilma, e não há de ser surpresa. Mas vai apoiar no momento certo. Algo que tenho a dizer nesse sentido: depois das duas eleições de Lula, conviria à grande mídia uma reflexão sobre o papel dela mesma e sobre o que significa o seu próprio fracasso em 2002 e 2006. A mídia deveria refletir sobre quem a lê. Acho que a Folha, por exemplo, é muito lida pelos freqüentadores de certos restaurantes e pelas dondocas que frequentam a Daslu. Aí você diz: ah, mas tem a televisão. Mas o que realmente alcança o povo brasileiro da televisão? A novela, o Faustão, Big Brother... Ou será que eles se deslumbram com o sorriso alvo do William Bonner e da mulherzinha dele, aquela Fátima? Não, eles não estão nem aí para o casal, nem para o Jornal Nacional. Estão para olhar futebol, é óbvio. Aliás, eu também olho...”
“Estamos em um ano eleitoral, e é nessa hora que a gente enxerga como está a nossa mídia. Por isso, o tema proposto para essa conversa é muito oportuno”. Durante o encontro, afirmou várias vezes que a grande mídia brasileira – a mesma que apoiou a ditadura militar de 1964, elegeu Collor em 1989, e FHC em 1994 e 1998 – está, em 2010, empenhada em eleger José Serra.
Aí alguém perguntou: E Dilma? A revista Carta Capital vai apoiar?
“Obviamente, a revista vai apoiar a candidatura Dilma, e não há de ser surpresa. Mas vai apoiar no momento certo. Algo que tenho a dizer nesse sentido: depois das duas eleições de Lula, conviria à grande mídia uma reflexão sobre o papel dela mesma e sobre o que significa o seu próprio fracasso em 2002 e 2006. A mídia deveria refletir sobre quem a lê. Acho que a Folha, por exemplo, é muito lida pelos freqüentadores de certos restaurantes e pelas dondocas que frequentam a Daslu. Aí você diz: ah, mas tem a televisão. Mas o que realmente alcança o povo brasileiro da televisão? A novela, o Faustão, Big Brother... Ou será que eles se deslumbram com o sorriso alvo do William Bonner e da mulherzinha dele, aquela Fátima? Não, eles não estão nem aí para o casal, nem para o Jornal Nacional. Estão para olhar futebol, é óbvio. Aliás, eu também olho...”
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