domingo, 18 de abril de 2010

Só 28% ligam Serra ao PSDB, e 47% associam Dilma ao PT, aponta Datafolha

No Blog Terra Brasilis





Por Fernando Rodrigues da Folha de São Paulo

Apesar de as duas últimas pesquisas Datafolha terem mostrado estabilidade nos posicionamentos de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na corrida presidencial, vários resultados cruzados indicam haver ainda grande potencial para mudanças no desempenho de ambos os candidatos.

No final de março, Serra estava com 36% e Dilma com 27%. Agora, três semanas depois, os percentuais são 38% e 28%, segundo o levantamento dos dias 15 e 16. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Mas continuam a ocorrer alterações na percepção dos eleitores sobre quem são os candidatos. O Datafolha sempre pergunta quem o eleitor acredita ser o nome apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja aprovação está em 73%.

A curva dos que apontam Dilma como a candidata de Lula é ascendente. Em dezembro, 52% dos entrevistados a identificavam com o presidente. Em março, esse percentual pulou para 58% e, agora, para 61%.

Um dado curioso é que apenas 47% sabem dizer corretamente que o partido de Dilma Rousseff é o PT. Ou seja, as pessoas estão mais informadas sobre o apoio de Lula do que a respeito da filiação partidária da ex-ministra da Casa Civil.

Ainda assim, o reconhecimento partidário de Dilma é o maior entre os pré-candidatos. Só 28% respondem que José Serra é do PSDB -e 5% acham que o tucano é o candidato apoiado por Lula. No caso de Ciro Gomes, 7% o identificam com o PSB, e 20% sabem que Marina Silva se filiou ao PV.

"Há alguns indicadores na pesquisa que mostram que o voto dado a Dilma parece ser, no momento, mais convicto do que os declarados aos outros candidatos", diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.

Além da identificação partidária há também o cruzamento entre a intenção de voto espontânea (quando o entrevistado diz sua preferência sem ver os nomes dos candidatos) e a estimulada (quando é apresentada uma lista de nomes).

Pode parecer estranho, mas muitos eleitores declaram um voto na pesquisa espontânea, que é apresentada antes, e depois mudam de opinião ao serem confrontados com a lista de candidatos no questionário. "Isso ocorre porque ainda estamos no início do processo eleitoral. Muitos não refletiram a respeito", explica Paulino.

Quando o eleitor fala de maneira espontânea que vai votar em alguém e ratifica esse voto na pesquisa estimulada, trata-se de um apoio convicto. No caso de Dilma Rousseff, 43% dos seus eleitores na pesquisa estimulada já haviam votado nela na pergunta espontânea.

Já no caso de Serra, só 31% dos seus eleitores estimulados haviam declarado voto nele antes de ver o questionário.

Do Blog do Jamildo

2 comentários:

Geraldo Mendes disse...

Coerência minha gente. Se esssa pesquisa está fraudada na intenção de voto, então está para tudo o mais. Menos de 20% ligam Serra ao PSDB e mais de 50% associam Dilma ao PT.

Anônimo disse...

Não devemos dar demasiada atenção ao que diz o data-serra