Embora sem citar petista, tucanos insistiram na ‘inexperiência’ da ex-ministra. Segundo organizadores, evento em SP para lançar a pré-candidatura do tucano ao governo do Estado reuniu cerca de 5.000 pessoas. Alckmin discursa em evento de lançamento de sua pré-candidatura ao governo do Estado; ato serviu como palanque a Serra
CATIA SEABRA - DA REPORTAGEM LOCAL
O lançamento da pré-candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo de São Paulo se transformou ontem em palanque para a campanha de José Serra (PSDB) à Presidência e ataques a sua adversária, a petista Dilma Rousseff. Ainda que sem citar o nome de Dilma, tucanos e aliados insistiram na ideia de inexperiência da ex-ministra. A começar pelo próprio Serra. Em seu discurso, o tucano afirmou que a administração não é um curso, em que se aprende ao longo do mandato. "O governo não é curso de graduação, de madureza, nem de pós-graduação [no qual] quem ganha vai aprendendo no governo o que fazer, enquanto a necessidade da população fica sem atenção", disse o pré-candidato, após repetir que sabe "o que fazer e como fazer".
Em campanha, Serra investirá no confronto de seu currículo com o de Dilma, numa tentativa de evitar que a disputa se concentre na comparação entre os governos Lula e FHC. O evento de ontem mostrou, porém, o quanto a tarefa é difícil. Minutos antes de Serra, foi a vez de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acusar a petista de falta de experiência. "Ou ganhamos ou sabe-se lá o que vamos ter, meu Deus. Sabe Deus, com a inexperiência, o que vem pela frente com esse passado tão cheio de compromisso com o que há de pior em matéria de falta de civilidade e decência", discursou FHC, concluindo: "Queremos o Brasil em mãos limpas". Tido como um dos pontos vulneráveis do PSDB, FHC defendeu seu legado e usou a primeira pessoa do plural para se referir a um eventual governo Serra. "A isso, vamos nos dedicar no governo", disse, após listar prioridades para o país.
Os ataques a Dilma não partiram apenas dos tucanos. O ex-governador Orestes Quércia (PMDB) ressaltou o fato de ela nunca ter enfrentado eleições. "Não se pode colocar na Presidência uma pessoa que não tem experiência", acrescentou. Diante de 5.000 militantes - segundo cálculos dos organizadores -, Serra voltou a acusar o PT de truculência. Embora a campanha nem sequer tenha começado, houve pedido explícito de voto. De Quércia, por exemplo, para ele e para o ex-secretário Aloysio Nunes Ferreira. Ambos vão concorrer ao Senado. Tucanos e democratas fizeram um esforço para transformar o evento numa demonstração de unidade. Dois anos depois de uma dura disputa pela prefeitura, Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) trocaram afagos.
União - "Nada define melhor o espírito que hoje nos reúne do que o nome deste evento: unidos por São Paulo", discursou Alckmin. Presente no discurso, a união não era tão nítida na plateia, sem parte expressiva da bancada do PMDB, partido que apoia Lula e deve fechar com Dilma no plano nacional. Causou apreensão nos tucanos o atraso do governador Alberto Goldman, além do visível desconforto de José Anibal, preterido para o Senado.
CATIA SEABRA - DA REPORTAGEM LOCAL
O lançamento da pré-candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo de São Paulo se transformou ontem em palanque para a campanha de José Serra (PSDB) à Presidência e ataques a sua adversária, a petista Dilma Rousseff. Ainda que sem citar o nome de Dilma, tucanos e aliados insistiram na ideia de inexperiência da ex-ministra. A começar pelo próprio Serra. Em seu discurso, o tucano afirmou que a administração não é um curso, em que se aprende ao longo do mandato. "O governo não é curso de graduação, de madureza, nem de pós-graduação [no qual] quem ganha vai aprendendo no governo o que fazer, enquanto a necessidade da população fica sem atenção", disse o pré-candidato, após repetir que sabe "o que fazer e como fazer".
Em campanha, Serra investirá no confronto de seu currículo com o de Dilma, numa tentativa de evitar que a disputa se concentre na comparação entre os governos Lula e FHC. O evento de ontem mostrou, porém, o quanto a tarefa é difícil. Minutos antes de Serra, foi a vez de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acusar a petista de falta de experiência. "Ou ganhamos ou sabe-se lá o que vamos ter, meu Deus. Sabe Deus, com a inexperiência, o que vem pela frente com esse passado tão cheio de compromisso com o que há de pior em matéria de falta de civilidade e decência", discursou FHC, concluindo: "Queremos o Brasil em mãos limpas". Tido como um dos pontos vulneráveis do PSDB, FHC defendeu seu legado e usou a primeira pessoa do plural para se referir a um eventual governo Serra. "A isso, vamos nos dedicar no governo", disse, após listar prioridades para o país.
Os ataques a Dilma não partiram apenas dos tucanos. O ex-governador Orestes Quércia (PMDB) ressaltou o fato de ela nunca ter enfrentado eleições. "Não se pode colocar na Presidência uma pessoa que não tem experiência", acrescentou. Diante de 5.000 militantes - segundo cálculos dos organizadores -, Serra voltou a acusar o PT de truculência. Embora a campanha nem sequer tenha começado, houve pedido explícito de voto. De Quércia, por exemplo, para ele e para o ex-secretário Aloysio Nunes Ferreira. Ambos vão concorrer ao Senado. Tucanos e democratas fizeram um esforço para transformar o evento numa demonstração de unidade. Dois anos depois de uma dura disputa pela prefeitura, Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) trocaram afagos.
União - "Nada define melhor o espírito que hoje nos reúne do que o nome deste evento: unidos por São Paulo", discursou Alckmin. Presente no discurso, a união não era tão nítida na plateia, sem parte expressiva da bancada do PMDB, partido que apoia Lula e deve fechar com Dilma no plano nacional. Causou apreensão nos tucanos o atraso do governador Alberto Goldman, além do visível desconforto de José Anibal, preterido para o Senado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário