Colaboração para a Folha - A chancelaria iraniana falou neste sábado em favor das chances de um acordo sobre a troca de combustível nuclear. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou neste sábado ao Irã para uma visita crucial para o país do Oriente Médio. A expectativa é grande já que Lula, extremamente otimista, acredita na possibilidade de convencer o Irã a aceitar o acordo proposto por potências do Ocidente sobre seu programa nuclear.
Proposta
Lula planeja pressionar os líderes iranianos a rever uma proposta sob a qual o Irã enviaria urânio baixamente enriquecido a outro país e, em retorno, receberia urânio altamente enriquecido -- um plano que fracassou em outubro do ano passado.
"Sobre as negociações, creio que as condições conduzem para o alcance de um acordo sério sobre a troca", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, à agência de notícias iraniana Irna.
Ele também afirmou que "o tempo para trocar o combustível nuclear do reator de Teerã é iminente", e que um acordo sério estava prestes a ser alcançado sobre "quando e em que quantidade" a troca seria feita, informa a TV iraniana Alalam, em seu site. O acordo foi interrompido em outubro, quando o Irã insistiu em realizar a troca em seu próprio território. O Brasil e a Turquia, ambos membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), ofereceram-se para mediar as negociações e tentar convencer o Irã a rever a oferta.
O Brasil já apresentou uma proposta segundo a qual o Irã trocaria urânio pouco enriquecido por combustível nuclear na Turquia, país que tem estreitos laços tanto com Ocidente como com o Oriente Médio. O Irã enviaria urânio ao exterior e o receberia de volta enriquecido a 20%, nível suficiente para fins pacíficos. Segundo a imprensa iraniana, Ahmadinejad disse que aceitou "em princípio" a proposta de Lula durante uma conversa telefônica com o líder venezuelano, Hugo Chávez.
Lula planeja pressionar os líderes iranianos a rever uma proposta sob a qual o Irã enviaria urânio baixamente enriquecido a outro país e, em retorno, receberia urânio altamente enriquecido -- um plano que fracassou em outubro do ano passado.
"Sobre as negociações, creio que as condições conduzem para o alcance de um acordo sério sobre a troca", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, à agência de notícias iraniana Irna.
Ele também afirmou que "o tempo para trocar o combustível nuclear do reator de Teerã é iminente", e que um acordo sério estava prestes a ser alcançado sobre "quando e em que quantidade" a troca seria feita, informa a TV iraniana Alalam, em seu site. O acordo foi interrompido em outubro, quando o Irã insistiu em realizar a troca em seu próprio território. O Brasil e a Turquia, ambos membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), ofereceram-se para mediar as negociações e tentar convencer o Irã a rever a oferta.
O Brasil já apresentou uma proposta segundo a qual o Irã trocaria urânio pouco enriquecido por combustível nuclear na Turquia, país que tem estreitos laços tanto com Ocidente como com o Oriente Médio. O Irã enviaria urânio ao exterior e o receberia de volta enriquecido a 20%, nível suficiente para fins pacíficos. Segundo a imprensa iraniana, Ahmadinejad disse que aceitou "em princípio" a proposta de Lula durante uma conversa telefônica com o líder venezuelano, Hugo Chávez.
Agenda
Lula chegou liderando uma delegação de 300 membros para uma visita de dois dias, e foi recebido no aeroporto de Mehrabad, em Teerã, pelo chefe da diplomacia iraniana, Manuchehr Mottaki. Agenda oficial de Lula no Irã prevê encontros com o Líder Supremo, Aiatolá Ali Khamenei (à esq.) e o presidente Mahmoud Ahmadinejad
É a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro ao Irã, em retribuição à visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil em novembro de 2009. A cerimônia de boas vindas no Palácio Presidencial iraniano está prevista para as 9h locais do domingo (1h30 em Brasília), e na sequência Lula deve ter um encontro a portas fechadas com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, por cerca de uma hora. A reunião depois será aberto a membros das delegações brasileira e iraniana.
O premiê turco não deve estar presente durante o encontro de Lula com Ahmadinejad. "Seria melhor se [Recep Tayyip] Erdogan estivesse fisicamente em Teerã, mas na era das comunicações, há outros meios de manter contato", disse Mehmanparast. Ao meio-dia (4h30 em Brasília), Lula deve se reunir com o presidente da república e o Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei. À tarde, Lula se encontra com o Presidente da Assembleia Consultiva Islâmica, Ali Larijani. Na noite de sábado, Lula participa de um jantar oferecido pelo presidente do Irã. No domingo, Lula participa da Cúpula do G15 e às 12h40 parte para Madri.
O premiê turco não deve estar presente durante o encontro de Lula com Ahmadinejad. "Seria melhor se [Recep Tayyip] Erdogan estivesse fisicamente em Teerã, mas na era das comunicações, há outros meios de manter contato", disse Mehmanparast. Ao meio-dia (4h30 em Brasília), Lula deve se reunir com o presidente da república e o Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei. À tarde, Lula se encontra com o Presidente da Assembleia Consultiva Islâmica, Ali Larijani. Na noite de sábado, Lula participa de um jantar oferecido pelo presidente do Irã. No domingo, Lula participa da Cúpula do G15 e às 12h40 parte para Madri.
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