segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dilma fala à CBN, dribla provocações e mostra contundência


Dois dias depois de aparecer, pela primeira vez, na liderança de uma pesquisa sobre a corrida presidencial de 2010, a ex-ministra Dilma Rousseff demonstrou firmeza e desenvoltura ao ser entrevistada, na manhã desta segunda-feira (17), pela rádio CBN, das Organizações Globo. Foi um dos melhores desempenhos de Dilma na mídia desde o anúncio, em fevereiro, de sua pré-candidatura à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por André Cintra Mediada pelo jornalista Heródoto Barbeiro, a entrevista começou em meio à repercussão do acordo nuclear firmado entre Brasil, Irã e Turquia na noite de domingo (16). Apesar da descrença da comunidade internacional, Lula, tachado como “ingênuo” pelo jornal The New York Times, liderou um dos mais exemplares êxitos na história da diplomacia brasileira. Na opinião de Dilma, o Brasil “marcou um gol no Oriente Médio”. Segundo ela, foi a vitória de uma “política externa de diálogo”, “pró-paz”, “que tenta construir um mundo melhor”. A pré-candidata disse que o acordo valorizou a disposição do governo Lula de “instaurar um outro clima de negociação” e credenciou ainda mais o presidente brasileiro como “líder internacional”. Questionada sobre os impactos do acordo numa eventual indicação de Lula para secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Dilma disse tratar-se do “tipo de pergunta que tem de ser feita para ele” — mas ponderou que o presidente “tem vínculos fortes com o Brasil”. Por outro lado, ressaltou que a diplomacia brasileira, sob o atual governo, deixou “marcas fortíssimas nos negócios internacionais”. Dilma destacou o empenho bem-sucedido de Lula na construção do G20, no combate à megacrise financeira, na Conferência Internacional do Clima em Copenhagen e no estreitamento de laços diplomáticos na América Latina e na África. Reafirmou também a corajosa postura do Brasil em relação a Honduras, declarando que, por “questões de princípios”, Lula acertou ao não reconhecer o atual governo hondurenho, eleito depois de um golpe de Estado contra o presidente Manuel Zelaya. Leia na íntegra acessando o portal Vermelho: http://www.vermelho.org.br/

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