O assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, defendeu nesta segunda-feira (24) a participação do Brasil na busca por uma solução negociada para o programa nuclear iraniano. Na semana passada, o Irã aceitou, após negociações com o governo brasileiro e da Turquia, um acordo que prevê a troca, em território turco, de urânio enriquecido por combustível nuclear.
No entanto, potências internacionais, principalmente os Estados Unidos, questionaram a eficácia do acordo e afirmaram que manteriam discussões sobre a aplicação de sanções ao país de Mahmoud Ahmadinejad. Questionado se o papel do Brasil nas negociações com o Irã prejudicaria as relações com o governo norte-americano, Marco Aurélio Garcia disse que países que “expressam seus pontos de vista” são respeitados, ao contrário dos que “ficam de cócoras”.
“Acho que os países são respeitados quando eles expressam seus pontos de vista. País dócil, países que ficam de cócoras, governos que ficam de cócoras não são respeitados. Se transformam em moças de recado”, afirmou. “O Brasil não é moça de recado, o Brasil respeita os Estados Unidos, sabe o papel que os Estados Unidos têm no mundo, mas o Brasil tem suas opiniões”, disse Marco Aurélio.
O assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ainda que se o acordo não for levado em consideração e o Conselho de Segurança das Nações Unidas optar por adotar sanções contra o Irã haverá uma “passo atrás” na busca pela paz. “Se neste momento temos a possibilidade de resolver [o impasse] por um canal diplomático, será ótimo, até porque o canal das sanções é visto que não resolve. A prova disso é que há quase 50 anos os Estados Unidos impuseram sanções a Cuba e nenhum dos objetivos perseguidos pelos EUA em relação a Cuba foi atingido”, disse.
Segundo Garcia, se o acordo com os iranianos não for cumprido será por decisão das potencias internacionais.“Se esse acordo foi frustrado não foi frustrado nem pelo Brasil, nem pela Turquia, nem pelo Irã. Se houver frustração desse acordo, que eu espero que não exista, espero que haja sensatez de todas as partes, não terá sido responsabilidade nossa”. No entanto, ele disse entender uma eventual decisão do Irã de descumprir o tratado feito com Brasil e Turquia se a ONU resolver aprovar uma nova rodada de sanções ao país islâmico. “Se o acordo não for aceito e se aplicar as sanções, acho normal [que o acordo não seja cumprido pelo Irã]”.
Amorim - O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, também defendeu a postura do Brasil de negociar com o Irã. Segundo o ministro, o governo brasileiro não assumiu o papel de interlocutor sem respaldo internacional. “Eu sempre disse que nos não íamos entrar neste tipo de questão, ao contrário do que muitos pensam, levianamente, mas sempre procuramos ter em conta as opiniões dadas e as preocupações de vários países e eu diria, sobretudo dos Estados Unidos”, disse. De acordo com Amorim, os EUA pediram a participação do Brasil no impasse com o governo iraniano. “Tenho dito sobretudo dos Estados Unidos porque o presidente [Barack] Obama foi o primeiro que pediu ao presidente Lula para se interessar por esta questão”, ressaltou. Fonte: G1
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“Acho que os países são respeitados quando eles expressam seus pontos de vista. País dócil, países que ficam de cócoras, governos que ficam de cócoras não são respeitados. Se transformam em moças de recado”, afirmou. “O Brasil não é moça de recado, o Brasil respeita os Estados Unidos, sabe o papel que os Estados Unidos têm no mundo, mas o Brasil tem suas opiniões”, disse Marco Aurélio.
O assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ainda que se o acordo não for levado em consideração e o Conselho de Segurança das Nações Unidas optar por adotar sanções contra o Irã haverá uma “passo atrás” na busca pela paz. “Se neste momento temos a possibilidade de resolver [o impasse] por um canal diplomático, será ótimo, até porque o canal das sanções é visto que não resolve. A prova disso é que há quase 50 anos os Estados Unidos impuseram sanções a Cuba e nenhum dos objetivos perseguidos pelos EUA em relação a Cuba foi atingido”, disse.
Segundo Garcia, se o acordo com os iranianos não for cumprido será por decisão das potencias internacionais.“Se esse acordo foi frustrado não foi frustrado nem pelo Brasil, nem pela Turquia, nem pelo Irã. Se houver frustração desse acordo, que eu espero que não exista, espero que haja sensatez de todas as partes, não terá sido responsabilidade nossa”. No entanto, ele disse entender uma eventual decisão do Irã de descumprir o tratado feito com Brasil e Turquia se a ONU resolver aprovar uma nova rodada de sanções ao país islâmico. “Se o acordo não for aceito e se aplicar as sanções, acho normal [que o acordo não seja cumprido pelo Irã]”.
Amorim - O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, também defendeu a postura do Brasil de negociar com o Irã. Segundo o ministro, o governo brasileiro não assumiu o papel de interlocutor sem respaldo internacional. “Eu sempre disse que nos não íamos entrar neste tipo de questão, ao contrário do que muitos pensam, levianamente, mas sempre procuramos ter em conta as opiniões dadas e as preocupações de vários países e eu diria, sobretudo dos Estados Unidos”, disse. De acordo com Amorim, os EUA pediram a participação do Brasil no impasse com o governo iraniano. “Tenho dito sobretudo dos Estados Unidos porque o presidente [Barack] Obama foi o primeiro que pediu ao presidente Lula para se interessar por esta questão”, ressaltou. Fonte: G1
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