Uma das frases que mais me impressionou em relação à bondade de Deus para com os homens foi numa passagem de um filme do diretor iraniano Abbas Kiarostami, quando um camponês dizia que “nem a melhor mãe do mundo seria capaz de abastecer uma geladeira com tanta fartura e variedade como Deus o fez na Terra”. Esta frase, de cunho religioso e reflexivo, perdurou durante anos em minha vida.
A imagem da generosidade feminina, do cuidar, do alimentar, do suprir, nos remete a uma maior reflexão sobre o real significado do papel da mulher em nossa sociedade. A magnanimidade da natureza em sustentar os seres vivos parece enfim encontrar sua maior expressão naquela que gera, que luta para alimentar os filhos, que chora, que amamenta e que, acima de tudo, possui um dos maiores dons divinos: o de perdoar. Por muito tempo o papel da mulher se restringiu apenas a cuidar dos filhos, mas, ao longo dos anos, ela passou a suprir a ausência do marido, exercitando, assim – e isso em todas as classes sociais -, uma dupla condição: a de ser mãe e pai ao mesmo tempo.
Certamente, não é de estranhar que em determinadas áreas a participação da mulher ainda é pouca. As novas condições socioeconômicas conquistadas por ela são absorvidas pela essencial e prioritária necessidade do sustento familiar e do bem-estar do núcleo em que vive. Contudo, um novo perfil de mulher está surgindo no âmbito macrossocial: a da mulher participativa, indignada com as questões sociais, questões essas que, de forma indireta, englobam seu cotidiano e a impedem de obter melhor qualidade de vida. Essa nova mulher é politizada, consciente, e faz uso dessa consciência com todos os instrumentos de que dispõe e conceitos adquiridos de sua condição inata de cuidar, assistir e lutar por seus tutelados.
A participação da mulher no cenário político brasileiro é essencial, virtuoso e, acima de tudo, no momento atual, imprescindível, pois só ela, diante de toda divergência administrativa e do pouco-caso dos políticos do nosso país, pode tornar o Congresso Nacional mais cuidador e mais responsável. Afinal, se imitando Deus a mulher brasileira luta com seu trabalho para colocar o máximo de alimento nas geladeiras mais carentes da periferia, todos hão de concordar que esse instinto é o único que pode nos devolver a dignidade esquecida pela maioria dos homens do Congresso, que sempre pensaram em si mesmos e nos seus interesses, jamais se sensibilizando com o que quer que seja ou até sem nunca terem assistido aos filmes de Abbas Kiarostami.
Fernando Rizzolo é advogado, pós-graduado em Direito Processual, mestrando em Direito Constitucional, Prof. do Curso de Pós Graduação em Direito da Universidade Paulista (UNIP). Participa como coordenador da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, é membro efetivo da Comissão de Direito Humanos da OAB/SP, foi articulista colaborador da Agência Estado, e editor do Blog do Rizzolo - www.blogdorizzolo.com.br
Certamente, não é de estranhar que em determinadas áreas a participação da mulher ainda é pouca. As novas condições socioeconômicas conquistadas por ela são absorvidas pela essencial e prioritária necessidade do sustento familiar e do bem-estar do núcleo em que vive. Contudo, um novo perfil de mulher está surgindo no âmbito macrossocial: a da mulher participativa, indignada com as questões sociais, questões essas que, de forma indireta, englobam seu cotidiano e a impedem de obter melhor qualidade de vida. Essa nova mulher é politizada, consciente, e faz uso dessa consciência com todos os instrumentos de que dispõe e conceitos adquiridos de sua condição inata de cuidar, assistir e lutar por seus tutelados.
A participação da mulher no cenário político brasileiro é essencial, virtuoso e, acima de tudo, no momento atual, imprescindível, pois só ela, diante de toda divergência administrativa e do pouco-caso dos políticos do nosso país, pode tornar o Congresso Nacional mais cuidador e mais responsável. Afinal, se imitando Deus a mulher brasileira luta com seu trabalho para colocar o máximo de alimento nas geladeiras mais carentes da periferia, todos hão de concordar que esse instinto é o único que pode nos devolver a dignidade esquecida pela maioria dos homens do Congresso, que sempre pensaram em si mesmos e nos seus interesses, jamais se sensibilizando com o que quer que seja ou até sem nunca terem assistido aos filmes de Abbas Kiarostami.
Fernando Rizzolo é advogado, pós-graduado em Direito Processual, mestrando em Direito Constitucional, Prof. do Curso de Pós Graduação em Direito da Universidade Paulista (UNIP). Participa como coordenador da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, é membro efetivo da Comissão de Direito Humanos da OAB/SP, foi articulista colaborador da Agência Estado, e editor do Blog do Rizzolo - www.blogdorizzolo.com.br
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