Acompanhando os textos de vários colegas da imprensa notei que nessa história do Dossiê "Cain e Abel" dos tucanos é que alguns não optaram pela suíte, a retomada da informação, do caso desde o início da disputa da convenção tucana que escolheria o candidato do PSDB a presidente, e que não foi realizada por manobras de José Serra.
Pois bem, no dia 01/11 do ano passado Kfouri noticiou em seu blog o incidente, com um texto intitulado “Covardia de Aécio Neves”, em que afirma que o político empurrou e deu um tapa em sua namorada, a estilista Letícia Weber, numa festa no Rio de Janeiro, no dia 25/10.
Todo mundo sabe que o jornalista esportivo Kfouri, é um tucano-serrista, e nesse caso a publicação do fato já foi encarada como uma tentativa de denegrir a imagem de Aécio Neves perante a opinião pública.
Muita gente não entendeu porque uma coluna que só traz matéria de esporte, de repente vem com informações da agitação das festas da socialite e que se encaixariam mais em colunas do tipo da Barbara Gancia, que escreve de tudo e não diz nada que interesse.
O estão governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), se defendeu da notícia de suposta agressão a sua namorada, publicada no blog de Juca Kfouri. Segundo o o ex-pré-candidato à Presidência da República, o jornalista cometeu uma “calúnia vergonhosa” ao divulgar a informação.
Após a notícia, a assessoria de imprensa de Aécio desmentiu a agressão. Kfouri manteve seu texto inalterado, mas inseriu uma observação sobre a nota da assessoria. E continuou a escrever sobre as bolas foras e as que vão para dentro também.
Em entrevista coletiva, na terça-feira (03/11), o tucano negou o incidente. “Isso é uma aleivosia tão grande. Eu me sinto, claro, pessoalmente ofendido por isso, mas prefiro até nem comentar para não validar algo tão distante da minha prática cotidiana.
Sempre fiz política e vou continuar fazendo no patamar muito superior a esse. Eu posso dizer é que é uma calúnia vergonhosa”, rebateu Aécio.
Antes de Kfouri, Joyce Pascowitch havia publicado uma nota sobre o caso, mas sem citar o nome do governador, que foi identificado apenas como um convidado da festa. Tanto Kfouri, e também Pascowitch são da Folha de S.Paulo, e como todos sabem é uma extensão do comitê de campanha de Serra e apoiada pela defensora do PIG, Maria Judith Brito.
Kfouri se defendeu e disse que esperava esse tipo de reação do governador. “Não esperava que ele não desmentisse, diante da cortina de fumaça que ele faz na imprensa mineira”. Sobre a notícia de agressão, o jornalista mantém sua palavra. “Apurei com uma testemunha que viu a cena e ainda confirmei com outras três pessoas que sabem da história”, garantiu.
Quando começou a disputa dentro do PSDB, pela indicação do candidato às eleições presidenciais, correram rumores de que Serra havia preparado um dossiê sobre a vida pessoal de seu concorrente a convenção, Aécio Neves. Muitos redatores tucanos falam nas entrelinhas e fazem muita "poeira" das noitadas de Aécio.
A banda mineira do PSDB resolveu se precaver. E recorreu ao Estado de Minas para que juntasse munição de sua assessoria contra Serra. O jornal incumbiu, então, seu jornalista Amaury Ribeiro Jr de levantar dados sobre Serra. Durante quase um ano Amaury se dedicou ao trabalho, inclusive com viagens à Europa, atrás de pistas.
Amaury é repórter experiente, farejador, que já passou pelos principais órgãos de imprensa do país. Passou pelo O Globo, pela IstoÉ, tem acesso ao mundo da polícia e é bem visto pelos colegas em Brasília.
Nesse ínterim, cessou a guerra interna no PSDB e Amaury saiu do Estado de Minas e ficou com um vasto material na mão. Passou a trabalhar, então, em um livro, que já tem 14 capítulos, segundo informações que passou a amigos em Brasília.
Veja que publicou uma curiosa matéria em que dava supostos detalhes de supostas conversas sobre supostos dossiês, mas nada falava sobre o suposto conteúdo do suposto dossiê.
Até aí, é a Veja, a serviço do tucanato. A Veja é o catálogo de vendas da fábrica PSDB, divulga os que produzem dossiês. Mas os fatos continuaram estranhos.Há tempos a revista também caiu em descrédito tal que sequer suas capas são repercutidas pelos irmãos da velha mídia.
Desta vez, no entanto, entrou O Globo, inclusive expondo a filha de Serra como suposto alvo do suposto dossiê. Depois, o próprio Serra endossando as suposições, em um gesto que, no início, poucos entenderam.
A troco de quê deixaria de lado o Serra paz e amor para endossar algo de baixa credibilidade, em uma demonstração de desespero que tiraria totalmente o foco da campanha? Apesar da torcida dos DEMO para atacar o governo Lula.
Havia peças faltando nesse quebra-cabeças. Mas os bares de Brasília já conheciam os detalhes, que acabaram suprimidos nesse festival de matérias e editoriais indignados sobre o suposto dossiê.
A revista Forum traz a matéria com os ex-tesoureiro Ricardo Sérgio de Oliveira, da campanha de FHC e também de Serra, e para aumentar a confusão no ninho tucano, aparece a ligação que muitos consideram até normal da também suposta sociedade das Verônicas, Serra e Dantas. E outros envolvimentos de parentes do ex-governador.
Pelo barulho do ninho tucano desde o ano passado que mais está parecendo um viveiro de papagaios, todos falando e ninguém entendendo nada, e desse jeito parece que vai sobrar penas para todos os lados.
Dizem também que dois bicudos não se beijam, só para contrariar Aécio ganhou um beijo de Serra na festa que deveria ser o da convenção, mas os tucanos vão mudar esse ditado, além de se beijarem, fazem um barulho danado ao elaborarem dossiês tentando derrubar o semelhante do poleiro. Celso Jardim
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