segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lula anuncia fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba

REUTERS


RIO DE JANEIRO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que a fábrica de amônia que será construída pela Petrobras ficará na cidade de Uberaba, Minas Gerais, e que para viabilizá-la a Cemig vai construir gasodutos até o local.



A Petrobras já havia acenado com a possibiildade de fazer uma fábrica de amônia no país, seguindo as diretrizes do governo de reduzir a importação desse insumo, mas sua localização ainda não era conhecida oficialmente.


Em discurso na inauguração do Gasoduto Rio de Janeiro-Belo Horizonte II (Gasbel II), Lula ressaltou que nos oitos anos do governo anterior ao dele havia o entendimento de que a Petrobras não tinha gás natural suficiente para atender o país, o que foi modificado na sua gestão.


"Há oito anos estava determinado pelas pessoas que dirigiam esse país que a Petrobras não tinha gás", criticou o presidente ao anunciar a fábrica em Uberaba e o gasoduto que será feito pela Companhia Energética de Minas Gerais.


"Estamos entrando em uma outra revolução, porque diziam que o Brasil não poderia fazer fertilizantes...depois do Plangás a Petrobras pode fazer e vai fazer fábrica de amônia, de ureia..", afirmou Lula sobre o programa de expansão de gás da estatal.


Lula ressaltou que o Brasil atualmente importa 80 por cento dos fertilizantes que precisa e no caso da ureia, o percentual seria de 100 por cento. De acordo com o presidente, com a produção nacional de fertilizantes a tendência é de que a agricultura melhore de qualidade.


Com a inauguração do Gasbel II nesta segunda-feira, o volume de gás natural recebido pelo Estado de Minas Gerais aumenta de 3 para 8 milhões de metros cúbicos diários e a rede de gasodutos foi duplicada.


O objetivo, segundo o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, presente ao evento, é aumentar a competitividade da região, beneficiando os setores de mineração e siderurgia.


"Trazendo o Gasbel II até Belo Horizonte você está garantindo que a indústria vai ter competitividade com o resto do Brasil", disse o ministro em discurso.


(Por Denise Luna)

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