terça-feira, 22 de junho de 2010

Sabatina UOL: Serra em casa abusa do trololês



O jornal Folha de S.Paulo trás uma matéria sobre a participação do candidato José Serra na sabatina realizada no estúdio UOLFolha, ou seja em casa, que nem eles aguentam o trololês (idioma do trololó) como demonstra o jornalista Fernando Canzian, a seguir:

Candidato abusa do "eu sou; eu fiz" para se mostrar mais preparado
"Eu criei". "Eu tive a iniciativa". "Eu fui até decisivo para a escolha do nome", disse José Serra sobre os programas Bolsa Alimentação e Bolsa Escola na sabatina Folha/UOL de ontem.
"Eu praticamente implantei no Brasil", afirmou, agora sobre o Saúde da Família.
"Fui eu quem introduziu. Quem inventou no Brasil a vacinação contra a gripe fui [eu]. Quem introduziu fui eu", disse mais à frente.
Depois: "Eu propus isso em 2007: vamos tirar esse imposto [sobre o saneamento]". Mais: "Quando eu era ministro, eu fiz aprovar uma emenda constitucional", disse, a respeito da manutenção de recursos para a saúde.
"Quando o governo decidiu prorrogar a CPMF [o imposto do cheque] fui eu, na ocasião, que propus que seria um extra para a saúde".
Depois: "Eu, quando estava no governo Fernando Henrique, ajudei... e participei, aliás, ativamente, dos dois [Proer]. E ajudei na recuperação tanto do Banco do Brasil quanto da Caixa".
Outra: "Se tem um cidadão no Brasil, um único, que contribuiu para consolidar o BNDES, fui eu. Foi da minha iniciativa criar o Fundo de Amparo ao Trabalhador. Outro fundo, do desenvolvimento do Nordeste, Norte e Centro-Oeste, também foi iniciativa minha. Aí de maneira mais coletiva, mas fui eu o principal".
"Como ministro, em 1995, fiz o regime automotriz, que salvou a indústria automobilística no Brasil."
E por aí foi Serra: "Quando eu fui preso no Chile, o motivo verdadeiro foi que eu tinha participado como um dos principais atores do movimento de combate à tortura no Brasil. Fui uma das figuras principais nisso".
"Fiz campanha na Constituinte e fui talvez o principal opositor dessa ideia [de adotar a pena de morte]."
Por fim: "Fui eu quem fiz, junto com o [prefeito Gilberto] Kassab, a proposta de ser o Morumbi [o estádio de abertura da Copa]".
Com essas e outras, Serra quis marcar a diferença entre sua biografia de homem público e a da adversária do PT, Dilma Rousseff. "À população cabe julgar as biografias. O povão e os jornalistas."
Sem atacar Dilma diretamente, apesar de cobrar um pedido de desculpas dela por conta do surgimento de um dossiê contra sua campanha, Serra teve o cuidado de poupar Lula na sabatina.
Disse, inclusive, que Lula é "muito experiente". Que o petista tentou ser governador, foi deputado federal e que concorreu, até se sair vitorioso, quatro vezes à Presidência da Republica -onde detém hoje uma popularidade recorde.
A única estocada no presidente saiu após provocação dos entrevistadores. Pediram a Serra que explicasse a recente comparação que fez entre Lula e o monarca francês Luís 14 (1638-1715), a quem é atribuída a famosa frase "L'État c'est moi".
"É essa coisa de "eu sou o Estado". Eu sou tudo", esclareceu o candidato.
Serra demonstrou realmente que está sem discurso como descreveram analistas da própria Folha de S.Paulo, em vídeo publicado na UOL, a maioria da população já sabe que tudo que Serra fala que fez, não foi bem assin que aconteceu.
Serra ao lado de FHC quase afundaram a indústria automobilistíca, sempre chamou de bolsa esmola o Bolsa Família que agora se proclama com um dos criadores, quebraram três vezes o país, sobre os bancos públicos, Caixa Federal e Banco do Brasil tentou privatizá-los, os programas de saúde pirateou de outros, virou combatente da ditadura, da tortura nos anos de chumbo e agora está ao lado de quem sempre a defendeu e financiou os torturadores.
Falar em trololês é também tentar explicar o que não fez.

Celso Jardim

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