sexta-feira, 25 de junho de 2010

Será que agora vai?

Agora não vai ser um vice, pode ser uma vice. De acordo com a imprensa serrista, a pesquisa CNI/IBOPE/Rede Globo/Estadão - que está em toda a mídia hoje - acendeu a luz amarela de alerta na campanha do candidato da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS). Ele reuniu a cúpula, fez consultas e teria comunicado que decidiu priorizar a escolha do vice-presidente e quer anunciar o nome dentro de três ou quatro dias - portanto, até domingo próximo.
"Não vou falar de vice. Nenhuma palavra. Dá muita confusão", disse mau humorado o candidato durante caminhada de campanha pelas ruas de Guarulhos (Grande São Paulo). "Logo vai ter (um vice), em três ou quatro dias", completou. Mas, diante dos resultados da pesquisa, insiste a mídia, e sem descartar a análise dos candidatos homens - senadores Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Álvaro Dias (PSDB-PR) e deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) - decidiu concentrar-se na escolha de uma mulher.
As mais cotadas no momento da bolsa de apostas são Valéria Pires Franco (DEM-PA), ex-vice-governadora do Pará; senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) uma das vice-presidentes nacionais do PSDB; e a vereadora tucana do Rio, Patrícia Amorim, também presidente do Flamengo. O tucano já teve uma mulher candidata a vice, a deputada Rita Camata (PMDB-ES), naquela eleição presidencial de 2002 que disputou e perdeu para o presidente Lula.

A lista de Serra
A lista de vice-presidenciáveis de Serra, entre citados, cogitados ou ainda em cogitação tem 21 nomes, conforme relação publicada pelo site de Época. Tinha quando da publicação, mas depois chegou a 22 com a inclusão do ex-deputado Benito Gama (PTB-BA), nome sugerido pelo presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, quando anunciou que os petebistas, parte deles aliada a Serra, decidira entrar na batalha pela vaga em sua chapa.
Na caminhada pelas ruas de Guarulhos, Serra até teria o que comemorar. Afinal, estava ladeado pelo candidato a governador de São Paulo por seu partido, Geraldo Alckmin - que raramente faz campanha com ele e até é acusado de cruzar os braços para não ajudá-lo - e pelo candidato a senador Orestes Quércia, da coligação paulista PMDB-PSDB-DEM-PPS. Quércia foi a razão de ser, o pretexto para a criação do PSDB. Viviam todos no PMDB, mas 20 anos atrás, quando Quércia dominou o partido os tucanos sairam dizendo discordar de seus "métodos" de administrar e fazer política.
Mas a caminhada foi um fiasco, só problemas. Com o grande número de assessores, seguranças e jornalistas (mais de 60 no total) cercando-o, Serra se irritou e ameaçou parar a caminhada. "Não tá dando para andar", reclamou.E enfrentou dois momentos de tensão. Um homem aproximou-se e o chamou de "mentiroso". "Político só vem aqui em época de eleição", gritava. Uma mulher acompanhou um trecho do cortejo e disse ao candidato: "O senhor só fez mal aos professores. Professor não vota em Serra."

O vice que quase foi, ainda poderá ser.....

Pena que o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE) tenha se enfraquecido politicamente em sua pretensão de ser o candidao a vice-presidente na chapa de seu companheiro, José Serra (PSDB-PPS). É o que dizem, depois da denúncia publicada pela Folha de S.Paulo de que ele pratica nepotismo e contratou nove pessoas de uma mesma família amiga (oito "fantasmas", nem são conhecidos) pagas pelo Senado em seu escritório político do Recife.

Vejam, nove pessoas é apenas 1/4, até um pouco menos que 25% do total de 37 funcionários que Guerra lotou lá pagos pelo Senado. Segundo o jornal, dentre os 81 senadores do país o presidente nacional do PSDB é o que contratou maior número de servidores pagos pela Casa no escritório político de seu Estado de origem.

Ainda bem que Guerra continua citado e cotado para o posto, porque ele é o vice-presidente ideal para a chapa de seu correligionário presidenciável tucano. Juntaria a panela com o testo (tampa) como se diz popularmente, porque Serra também, em que pese a pose de vestal que adota, é um dos maiores contratadores de amigo desempregado na máquina publica de que se tem conhecimento.
Serra também contrata amigos desempregadosVide o encaixe que ele fez quando prefeito e governador de São Paulo de seus amigos, o presidente nacional do PPS, ex-deputado Roberto Freire, morador em Brasília, nos conselhos de administração da SPTrans e SPTuris (duas empresas mistas da Prefeitura paulistana) com remuneração de R$ 12 mil mensais; e do ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), residente em Cuiabá a 2 mil km de São Paulo, no conselho de administração da SABESP (estatal do governo paulista), com R$ 4 mil mensais. Isso, para ficar nos dois "empregados" mais conhecidos.
Se Guerra continua cotado, ainda bem, até porque há dúvidas se o que ele fez é mesmo nepotismo. O termo e prática são associados a quem contrata os próprios familiares na máquina pública e não a família dos maiores amigos. Ele contratou a família inteira, parece, de seu maior amigo - do "faz tudo" dele, conforme definiu - e não a própria. O abalo, porém, não chegou ao ponto de descartá-lo para a vaga, inclusive porque nesse pleito continua contando com o apoio do, vejam vocês, DEM...
E, também, porque a Folha de S.Paulo deveria considerar que, a despeito de já ter sido denunciado por viajar com uma filha para Nova York com despesas pagas pelo Senado, Sérgio Guerra com sua postura de Catão do Nordeste nunca praticaria nepotismo. Pelo menos, nepotismo puro...
http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=1&Itemid=2

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