Últimas seis pesquisas do Datafolha mostram relação direta entre o grau de informação sobre a opção do presidente e a performance da petista
Daniel Bramatti - O Estado de S.Paulo
As duas subidas de Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais desde o fim do ano passado coincidiram com um aumento significativo no porcentual de eleitores informados sobre o fato de que ela é a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A série das últimas seis pesquisas do instituto Datafolha mostra uma relação direta entre o grau de informação sobre a opção de Lula na campanha e a performance de Dilma. Colocadas em um gráfico, as duas variáveis têm linhas de evolução praticamente idênticas (veja quadro nesta página).
Desde dezembro, o índice de intenção de voto na petista equivale a cerca da metade do porcentual do eleitorado bem informado sobre a posição de Lula na campanha.
A intenção de voto na candidata do PT subiu de 26% para 31% entre dezembro de 2009 e fevereiro deste ano. No mesmo período, o grau de percepção de que Dilma é a escolhida por Lula subiu de 52% para 59%.
Logo a seguir, houve um período de estagnação. Foram dois meses em que o eleitorado bem informado sobre a opção de voto do presidente empacou na faixa dos 60%. Da mesma forma, a preferência por Dilma se manteve na faixa dos 30%.
Mudança. A candidata petista só ganhou impulso novamente em maio, quando subiu sete pontos porcentuais e, com 37%, empatou com o adversário José Serra, candidato do PSDB. Na época, a parcela dos que sabiam quem Lula apoiava aumentou de 61% para 71%.
De lá para cá, o eleitorado bem informado passou para 75% em junho e voltou para 70% em julho, enquanto a intenção de voto na ex-ministra da Casa Civil oscilou para 38% e depois para 36%.
Os dois movimentos de subida de Dilma foram captados pelas pesquisas logo após momentos de grande exposição da candidata ao lado do presidente.
Em fevereiro, o PT investiu cerca de R$ 6,5 milhões em um megaevento para lançar a pré-candidatura de Dilma, em Brasília. O palco petista foi armado para que Lula apresentasse a então ministra como a pessoa responsável por dar continuidade a seu governo.
Em maio, Dilma cresceu ao aparecer com Lula em outro "palco" preparado pelo PT: o programa partidário de 10 minutos exibido em rede nacional de rádio e televisão. Na peça de propaganda, Lula atribuiu a Dilma o crédito por vitrines de sua gestão e chegou a compará-la ao líder sul-africano Nelson Mandela.
Cabo eleitoral. Segundo a última pesquisa Datafolha, Lula exerce influência sobre quase dois terços do eleitorado - 42% dizem que votarão "com certeza" no candidato apoiado pelo presidente e 23% afirmam que "talvez" o façam.
Na parcela dos 42% de lulistas convictos ainda há certo grau de desinformação. Nada menos do que um quinto dos eleitores de Serra afirmam que pretendem votar "com certeza" na pessoa apoiada por Lula.
l Dados técnicos
A última pesquisa Datafolha, registrada no TSE sob o número 20.140/2010, foi feita entre 20 e 23 de julho. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais.
Daniel Bramatti - O Estado de S.Paulo
As duas subidas de Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais desde o fim do ano passado coincidiram com um aumento significativo no porcentual de eleitores informados sobre o fato de que ela é a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A série das últimas seis pesquisas do instituto Datafolha mostra uma relação direta entre o grau de informação sobre a opção de Lula na campanha e a performance de Dilma. Colocadas em um gráfico, as duas variáveis têm linhas de evolução praticamente idênticas (veja quadro nesta página).
Desde dezembro, o índice de intenção de voto na petista equivale a cerca da metade do porcentual do eleitorado bem informado sobre a posição de Lula na campanha.
A intenção de voto na candidata do PT subiu de 26% para 31% entre dezembro de 2009 e fevereiro deste ano. No mesmo período, o grau de percepção de que Dilma é a escolhida por Lula subiu de 52% para 59%.
Logo a seguir, houve um período de estagnação. Foram dois meses em que o eleitorado bem informado sobre a opção de voto do presidente empacou na faixa dos 60%. Da mesma forma, a preferência por Dilma se manteve na faixa dos 30%.
Mudança. A candidata petista só ganhou impulso novamente em maio, quando subiu sete pontos porcentuais e, com 37%, empatou com o adversário José Serra, candidato do PSDB. Na época, a parcela dos que sabiam quem Lula apoiava aumentou de 61% para 71%.
De lá para cá, o eleitorado bem informado passou para 75% em junho e voltou para 70% em julho, enquanto a intenção de voto na ex-ministra da Casa Civil oscilou para 38% e depois para 36%.
Os dois movimentos de subida de Dilma foram captados pelas pesquisas logo após momentos de grande exposição da candidata ao lado do presidente.
Em fevereiro, o PT investiu cerca de R$ 6,5 milhões em um megaevento para lançar a pré-candidatura de Dilma, em Brasília. O palco petista foi armado para que Lula apresentasse a então ministra como a pessoa responsável por dar continuidade a seu governo.
Em maio, Dilma cresceu ao aparecer com Lula em outro "palco" preparado pelo PT: o programa partidário de 10 minutos exibido em rede nacional de rádio e televisão. Na peça de propaganda, Lula atribuiu a Dilma o crédito por vitrines de sua gestão e chegou a compará-la ao líder sul-africano Nelson Mandela.
Cabo eleitoral. Segundo a última pesquisa Datafolha, Lula exerce influência sobre quase dois terços do eleitorado - 42% dizem que votarão "com certeza" no candidato apoiado pelo presidente e 23% afirmam que "talvez" o façam.
Na parcela dos 42% de lulistas convictos ainda há certo grau de desinformação. Nada menos do que um quinto dos eleitores de Serra afirmam que pretendem votar "com certeza" na pessoa apoiada por Lula.
l Dados técnicos
A última pesquisa Datafolha, registrada no TSE sob o número 20.140/2010, foi feita entre 20 e 23 de julho. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais.
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