A Cinelândia já foi palco das manifestações políticas mais importantes do país. Mas em vez de um protesto, um comício levou os cariocas debaixo de chuva às ruas do centro do Rio de Janeiro. Sob uma fina chuva, 15 mil pessoas percorreram o trajeto da Candelária rumo a Cinelândia, pouco mais de um quilômetro. No meio da multidão, Luciano Menezes achava que ia parar de chover. “A chuva não atrapalhou a festa. Ela até parou, porque o Lula vem aqui, a Dilma vem aqui e nós vamos ganhar essa eleição”. Mas, às 19h, um temporal desabou sobre o Rio de Janeiro. Nem assim, o carioca desanimou. Lucia Aleixo avisou. “Com chuva, com sol, com sereno, nós estamos na rua.”
Numa esquina, sozinho, Marcelo Oliveira agitava uma bandeira. Era só o começo. “O grosso ainda vem aí. Está esquentando. É só o cartão de visita.” No palanque montado na Cinelândia, estavam o presidente Lula, a candidata Dilma Rousseff, e o governador Sérgio Cabral, que tenta a reeleição. No seu discurso, Lula disse que não perderia aquela festa por nada. Era a primeira vez que subia no palanque de sua candidata Dilma Rousseff. “Não há chuva que me tirasse de estar aqui nesta praça hoje”, afirmou o presidente. Dilma lembrou a manifestação pelas eleições diretas em abril de 1984. E emendou: “Nós todos aqui estamos muito molhados, mas de alma lavada". O carioca resistiu até o fim da festa. Isabel Ramos já havia alertado. “Não atrapalha não, porque o carioca tem garra.” Ninguém discorda.
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