O candidato José Serra age politicamente como pensa a elite paulistana, a mesma que lhe apóia e tem como principal "hobby" falar com desdém dos brasileiros de outras regiões do país.
Durante vários episódios durante seu governo Serra deixou claro que é dessa maneira que pensa e vê os brasileiros esquecendo que o Brasil é um dos poucos países no mundo tiveram a rica interação de diferentes "raças" e etnia.
No caso da baixa avaliação do ensino no estado de São Paulo, o então governador de São Paulo, José Serra deu entrevista ao jornalista Chico Pinheiro, na Globo de São Paulo.
O entrevistador perguntou como o governador Serra explicava as notas baixas das escolas públicas de São Paulo, estado que os tucanos controlam há 16 anos, a resposta de Serra foi taxativa: "a culpa é dos migrantes".
E continuou: "Diferentemente dos Estados do Sul que foram os primeiros colocados na avaliação, São Paulo tem muita migração. Muita gente que continua chegando... Este é um problema", afirmou Serra na ocasião.Durante os meses que São Paulo ficou debaixo das águas, Serra mandou outra estocada ao tentar achar a causa das enchentes, "O que causa alagamentos que faz transbordar os rios é a população da periferia que joga lixo nos rios".
Nas regiões que registraram grandes alagamentos moram muitas famílias de migrantes de vários estados brasileiros, principalmente os bairros das regiões leste e o extremo sul da cidade.
Serra não iria dizer que a causa das enchentes foi a suspensão da limpeza dos rios na sua gestão e nem que o fechamento de comportas pela Sabesp para evitar que regiões mais nobres fossem atingidas, principalmente onde vive quem mais lhe dá prestigio, a elite paulistana.
O reflexo desse pensamento conduziu Serra na formação de sua chapa para concorrer às eleições de outubro, a começar por Minas Gerias, onde não poupou esforços para evitar que Aécio Neves disputasse a indicação em convenção que indicaria o candidato tucano a presidente.
Causou um racha no partido mineiro na primeira demonstração de revolta da base tucana quando prefeitos de partidos aliados sinalizaram que apoiarão Dilma.
Depois Serra flertou com um possível nome das regiões norte e nordeste, falou-se até na possibilidade de ser uma mulher, e nada de definir. No fim nenhum representante do norte ou nordeste ganhou força na indicação na chapa demotucana.
O comando da campanha, leia o próprio Serra, mirou na região sul do país, única em que lidera as pesquisas, novamente outro desgaste, o senador pelo Paraná Álvaro Dias, foi candidato apenas por um dia. Tanto que Álvaro Dias não compareceu mais em nenhum evento com Serra.
Até que Serra depois de criar uma grande confusão com os mineiros, desprezar os nortistas e nordestinos, e arrumar confusão no sul do país, teve que aceitar um nome imposto pelo seu fiel aliado o DEM.
Índio da Costa tem como identidade o que mais Serra e seus companheiros valorizam não a força ou representatividade de uma região, e sim um nome que tem grande desenvoltura na elite do mercado financeiro carioca.
O desprezo pelos migrantes em São Paulo, as crises que criou em diversas regiões do país podem custar muito caro às pretensões de José Serra nas eleições de outubro.
Se José Serra perder talvez a elite paulistana lhe de conforto nessa hora e aprenda que o país não se resume na Avenida Paulista.
Se ganhar a primeira providência será mudar o slogan do governo, em vez da marca do governo Lula, "Brasil, um país de todos", Serra e a elite paulistana substitua por "Brasil, um país só das elites".
Celso Jardim
Um comentário:
Quanta imaginação!!
É até divertido ler essas idéias ridículas de vocês.
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