A campanha oficial começou esta semana. Mas foi precedida de tanto tiroteio, denúncias, factóides, exposição dos pré-candidatos, críticas recíprocas que, para muitos especialistas – como Ricardo Guedes, do Instituto Sensus – é como se entrasse agora no segundo turno. Em termos práticos, como não haverá mudanças substantivas no ambiente de campanha, dificilmente a campanha oficial conseguirá trazer fatos novos para as eleições.
Tem mais. Em todo período pré-eleitoral, a candidata Dilma Rousseff foi submetida a uma campanha impiedosa, taxada de terrorista, poste, despreparada, boneco de ventríloquo e outras gentilezas maiores ou menores. Ao mesmo tempo, o candidato José Serra era desenhado como o político experiente, estrategista, seguro de si, calculista.
À medida que a campanha avança, o efeito desse jogo inicial se inverte. Qualquer desempenho público de Dilma – nos debates ou entrevistas -, nem precisará sair do mediano para receber uma avaliação bastante positiva. Afinal, se se anunciava um poste, qualquer desempenho melhor do que poste será bem avaliado.
Tanto nas entrevistas do Roda Viva quanto na CBN, além disso, a candidata se saiu bastante bem.
Do lado de Serra, ocorre o inverso. Cada indecisão, cada visão atrapalhada sobre estratégias de campanha, será potencializada – muito mais do que em Dilma – porque a opinião pública midiática passou meses recebendo informações sobre um suposto super-homem da política. Entra-se na campanha, portanto, assim como alguns campeonatos de futebol, com um dos times (Dilma) precisando apenas contar em não errar muito; e o outro (Serra) tendo que acertar todas e ainda contar com erros do adversário. Por isso mesmo, a grande armadilha para a campanha de Dilma não serão os inimigos externos, mas as disputas internas. A perspectiva de vitória próxima já deflagrou uma discussão interna acesa entre PMDB, PT e membros da equipe de governo, visando começar desde já a ocupação de espaço no próximo governo.
De concreto tem-se uma certeza: o presidente do Banco Central Henrique Meirelles não permanece. Indicado por Lula para ajudar a coordenar a campanha, o ex-Ministro Antonio Pallocci provavelmente terá lugar em um provável futuro governo Dilma, mas como articulador junto ao setor privado – dificilmente como Ministro da Fazenda. Ainda há certa desorganização na campanha, principalmente na definição do programa de governo. O assessor especial da presidência Marco Aurélio Garcia e o presidente da APEX (Agência de Promoção das Exportações), Alessandro Teixeira, estão incumbidos de coordenar o programa de governo a ser apresentado na campanha. Não haverá detalhamento, mas a ênfase em algumas idéias-chave. Em relação à desoneração fiscal, por exemplo, a idéia será a candidata prometer racionalização de carga tributária desde que dentro de um acordo com os estados. Caso contrário, se a União desonerar de um lado, corre-se o risco de estados se apropriarem do outro, através do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias).
Tem mais. Em todo período pré-eleitoral, a candidata Dilma Rousseff foi submetida a uma campanha impiedosa, taxada de terrorista, poste, despreparada, boneco de ventríloquo e outras gentilezas maiores ou menores. Ao mesmo tempo, o candidato José Serra era desenhado como o político experiente, estrategista, seguro de si, calculista.
À medida que a campanha avança, o efeito desse jogo inicial se inverte. Qualquer desempenho público de Dilma – nos debates ou entrevistas -, nem precisará sair do mediano para receber uma avaliação bastante positiva. Afinal, se se anunciava um poste, qualquer desempenho melhor do que poste será bem avaliado.
Tanto nas entrevistas do Roda Viva quanto na CBN, além disso, a candidata se saiu bastante bem.
Do lado de Serra, ocorre o inverso. Cada indecisão, cada visão atrapalhada sobre estratégias de campanha, será potencializada – muito mais do que em Dilma – porque a opinião pública midiática passou meses recebendo informações sobre um suposto super-homem da política. Entra-se na campanha, portanto, assim como alguns campeonatos de futebol, com um dos times (Dilma) precisando apenas contar em não errar muito; e o outro (Serra) tendo que acertar todas e ainda contar com erros do adversário. Por isso mesmo, a grande armadilha para a campanha de Dilma não serão os inimigos externos, mas as disputas internas. A perspectiva de vitória próxima já deflagrou uma discussão interna acesa entre PMDB, PT e membros da equipe de governo, visando começar desde já a ocupação de espaço no próximo governo.
De concreto tem-se uma certeza: o presidente do Banco Central Henrique Meirelles não permanece. Indicado por Lula para ajudar a coordenar a campanha, o ex-Ministro Antonio Pallocci provavelmente terá lugar em um provável futuro governo Dilma, mas como articulador junto ao setor privado – dificilmente como Ministro da Fazenda. Ainda há certa desorganização na campanha, principalmente na definição do programa de governo. O assessor especial da presidência Marco Aurélio Garcia e o presidente da APEX (Agência de Promoção das Exportações), Alessandro Teixeira, estão incumbidos de coordenar o programa de governo a ser apresentado na campanha. Não haverá detalhamento, mas a ênfase em algumas idéias-chave. Em relação à desoneração fiscal, por exemplo, a idéia será a candidata prometer racionalização de carga tributária desde que dentro de um acordo com os estados. Caso contrário, se a União desonerar de um lado, corre-se o risco de estados se apropriarem do outro, através do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias).
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