quarta-feira, 21 de julho de 2010

Os negócios bilionários da telefonia

O prof. Luiz Carlos Bresser Pereira diz, em artigo publicado hoje, que o Brasil cometeu uma grande tolice: privatizou a telefonia fixa e móvel. A telefonia é um setor altamente rentável, com lucros fantásticos, bilionários, capitalismo sem risco.
De quebra, é um mercado em gigantesca expansão. Exemplo: há cinco bilhões de celulares no mundo e mais de 180 milhões só no Brasil. É mole? No caso do nosso país, há duas agravantes: o valor das contas telefônicas é uma das mais altas do mundo e o serviço ao consumidor é péssimo.
A telefonia fixa é monopólio natural. Não tem concorrência (ninguém vai ter dois ou mais cabos telefônicos para escolher a empresa prestadora de serviços). Privatizar para quê? É entreguismo puro, roubo contra os interesses nacionais.
Bresser admite algum tipo de privatização na telefonia móvel, por ser um segmento em que há concorrência. Ele lembra, no entanto, que a telefonia móvel gera lucros fantásticos, sem riscos. Para ele, a privatização, neste caso, só poderia ser feita para grupos nacionais.
A briga de portugueses e espanhois para dominar o mercado de telefonia no Brasil deveria, esta sim, servir para colocar no anedotário do país a burrice (para não dizer entreguismo puro!) dos tucanos. Eles é que fazem piada por adquirerem, na bacia das almas, negócio tão vantajoso.
Quem faz todas essas duras críticas não é nenhum estatista radical. É nada mais nada menos do que o prof. Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro do governo FHC. Ele, pelo menos, teve a coragem de fazer auto-crítica! Nivaldo Santana.

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