O vice que não conta - assim o candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS) considera seu vice. Quem não consegue escolher vices como escolherá os ministros? Dou esse título a esse comentário porque as próprias declarações de José Serra (PSDB-DEM-PPS) o justificam.
Vejam, sobre a substituição do vice, senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pelo deputado Índio da costa (DEM-RJ) Serra saiu textualmente com esse primor de declaração: "Tínhamos uma proposta de alguém muito preparado, qualificado, que envolvia uma combinação política em um Estado. Era alguém que dentro da lógica política apresentava um componente interessante naquela formação."
Como vemos, Índio da Costa não é preparado e nem qualificado - pelo menos é o que diz Serra, seu companheiro de chapa (veja nota abaixo). Fora que Álvaro Dias foi escolhido candidato, como admite explicitamente o presidenciável tucano, apenas para reforçar o palanque de Serra no Paraná.
Operação -ou jogada - que, e resto, não deu certo já que o PT e o PMDB fecharam uma aliança com o PDT do senador Osmar Dias (PDT-PR) e este saiu candidato a governador. Até porque a posição da direção nacional do PDT e o próprio Osmar Dias eram favoráveis a essa aliança.
Serra tenta justificar porque se dobrou ao DEM
Outra declaração de Serra é sintomática e reveladora: "Não ficou seqüela (da derrubada de Álvaro Dias). A gente tem que olhar para frente. Às vezes, num processo democrático, (parte-se para) o tipo de negociação que a gente faz. Não há outra moeda a não ser a negociação. Essa é a nossa moeda de troca". Acredite, essa é também do candidato tucano explicando a troca.
Sabedor da trapalhada e do desastre político para a imagem de sua coligação e para seu discurso sobre alianças e fisiologismo, com essa singela, mas reveladora frase Serra procura primeiro justificar a vergonhosa imposição que foi a indicação tucana de Álvaro Dias sem nenhuma consulta prévia ao DEM; depois, justificar admitindo porque cedeu e se dobrou integralmente à imposição do DEM, seu principal aliado mais à direita. Aliás, só tem de aliados o DEM, o PPS e uma parte do PTB.
Ao falar em moeda de troca Serra diz tudo. Ele se trai. No caso improvável de um governo dele, o presidenciável tucano sabe muito bem que tendo como aliado o DEM, esse ex-PFL (e ex-PDS, ex-ARENA, ex-UDN...) se comportará da mesma forma que se comportava quando liderado pelo falecido senador Antônio Carlos Magalhães, o ACM (PFL-BA) no governo FHC/Serra. O Brasil ainda não esqueceu as imagens do coronel baiano atravessando a Praça dos Três Poderes para impor ao governo tucano a sua vontade.
Vejam, sobre a substituição do vice, senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pelo deputado Índio da costa (DEM-RJ) Serra saiu textualmente com esse primor de declaração: "Tínhamos uma proposta de alguém muito preparado, qualificado, que envolvia uma combinação política em um Estado. Era alguém que dentro da lógica política apresentava um componente interessante naquela formação."
Como vemos, Índio da Costa não é preparado e nem qualificado - pelo menos é o que diz Serra, seu companheiro de chapa (veja nota abaixo). Fora que Álvaro Dias foi escolhido candidato, como admite explicitamente o presidenciável tucano, apenas para reforçar o palanque de Serra no Paraná.
Operação -ou jogada - que, e resto, não deu certo já que o PT e o PMDB fecharam uma aliança com o PDT do senador Osmar Dias (PDT-PR) e este saiu candidato a governador. Até porque a posição da direção nacional do PDT e o próprio Osmar Dias eram favoráveis a essa aliança.
Serra tenta justificar porque se dobrou ao DEM
Outra declaração de Serra é sintomática e reveladora: "Não ficou seqüela (da derrubada de Álvaro Dias). A gente tem que olhar para frente. Às vezes, num processo democrático, (parte-se para) o tipo de negociação que a gente faz. Não há outra moeda a não ser a negociação. Essa é a nossa moeda de troca". Acredite, essa é também do candidato tucano explicando a troca.
Sabedor da trapalhada e do desastre político para a imagem de sua coligação e para seu discurso sobre alianças e fisiologismo, com essa singela, mas reveladora frase Serra procura primeiro justificar a vergonhosa imposição que foi a indicação tucana de Álvaro Dias sem nenhuma consulta prévia ao DEM; depois, justificar admitindo porque cedeu e se dobrou integralmente à imposição do DEM, seu principal aliado mais à direita. Aliás, só tem de aliados o DEM, o PPS e uma parte do PTB.
Ao falar em moeda de troca Serra diz tudo. Ele se trai. No caso improvável de um governo dele, o presidenciável tucano sabe muito bem que tendo como aliado o DEM, esse ex-PFL (e ex-PDS, ex-ARENA, ex-UDN...) se comportará da mesma forma que se comportava quando liderado pelo falecido senador Antônio Carlos Magalhães, o ACM (PFL-BA) no governo FHC/Serra. O Brasil ainda não esqueceu as imagens do coronel baiano atravessando a Praça dos Três Poderes para impor ao governo tucano a sua vontade.
Nem Serra conhecia Índio da Costa No anúncio da escolha de seu novo vice, o candidato da oposição ao Planalto, José Serra escondeu e falou que conhecia Índio da Costa de "encontros" no Rio. Sabe-se, agora, que ele encontrou antes uma só vez com o deputado do DEM carioca (leia o post acima).
Mesmo assim, foi obrigado a engolí-lo como vice imposto pela família Maia - o filho, presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ) e o pai, César Maia, ex-prefeito carioca (ex-PMDB, ex-PFL, ex-PTB, ex-PFL de novo e agora no DEM).Índio da Costa, aliás, tem a mesma trajetória de passagem por vários partidos da família que lhe é patrona política.
Assim Serra terminou com um vice que não tem nem experiência e nem capacidade para exercer a vice-presidência - "não tenho a menor idéia de nada", admitiu o próprio Índio. Imaginem a presidência da República! Um final melancólico e que retrata a absoluta falta de projeto político tucano e do conglomerado PSDB-DEM-PPS.
Que não é e não pode ser considerado nem uma aliança ou coligação, mas um arranjo eleitoral dos piores, seja pela decadência do PFL-DEM, seja pela debilidade eleitoral do PPS. Sem falar que a maioria dos parlamentares, prefeitos e vereadores do PTB - que passou a ser citado por Serra como integrante de sua coligação - apoia Dilma Rousseff. Enfim, só faltava esse vice para revelar ao país a absoluta falência do aliança tucana.
http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=1&Itemid=2
Mesmo assim, foi obrigado a engolí-lo como vice imposto pela família Maia - o filho, presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ) e o pai, César Maia, ex-prefeito carioca (ex-PMDB, ex-PFL, ex-PTB, ex-PFL de novo e agora no DEM).Índio da Costa, aliás, tem a mesma trajetória de passagem por vários partidos da família que lhe é patrona política.
Assim Serra terminou com um vice que não tem nem experiência e nem capacidade para exercer a vice-presidência - "não tenho a menor idéia de nada", admitiu o próprio Índio. Imaginem a presidência da República! Um final melancólico e que retrata a absoluta falta de projeto político tucano e do conglomerado PSDB-DEM-PPS.
Que não é e não pode ser considerado nem uma aliança ou coligação, mas um arranjo eleitoral dos piores, seja pela decadência do PFL-DEM, seja pela debilidade eleitoral do PPS. Sem falar que a maioria dos parlamentares, prefeitos e vereadores do PTB - que passou a ser citado por Serra como integrante de sua coligação - apoia Dilma Rousseff. Enfim, só faltava esse vice para revelar ao país a absoluta falência do aliança tucana.
http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=1&Itemid=2
Nenhum comentário:
Postar um comentário