Depois de prometer na Bahia criar o ministério do Acarajé e cancelar um comício por fala de público, o candidato José Serra prometeu distribuir gratuitamente cestas básicas e remédios para o povo carentes. Prometeu ainda dar enxoval às grávidas. Criar mais um programa de transferência de renda, o Bolsa-Extra, para estudantes de cursos técnicos que vai substituir o ProUni. Dobrar o Bolsa Família e aumentar o valor do recurso transferido a famílias de baixa renda. Entregar medicamentos em casa, pelo correio, a pacientes.
A defesa de distribuição gratuita de cestas básicas a famílias carentes, feita por Serra na semana passada, chamou a atenção do vereador Floriano Pesaro (PSDB), "Deve ser algo emergencial. Isso não é política de governo", disse, surpreso. As propostas sociais são organizadas por Pesaro, Ana Lobato, pesquisadora do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas e Marcelo Garcia, ex-secretário municipal.
Na disputa pela bandeira social, o coordenador da candidatura tucana, senador Sergio Guerra (PSDB-PE), analisa que Serra têm de reforçar o tema como prioridade no início da campanha."Vamos mostrar que somos pró-ativos", disse Guerra. Ainda não há informações sobre o número de beneficiários da cartilha social de Serra, nem sobre o custo das iniciativas. Serra disse que, se eleito, vai ampliar as famílias beneficiadas, das atuais 12,6 milhões para 27,6 milhões. Com isso, os gastos devem aumentar de R$ 13,1 bilhões ao ano para pelo menos R$ 29 bilhões anuais, já que Serra propôs também elevar o valor da bolsa. A estimativa é ampliar o investimento no programa de 0,4% do PIB para 1,5%.
A tentativa de Serra de aproximar-se das camadas mais pobres ficou clara nos eventos partidários que lançaram sua candidatura. Em Salvador, na convenção nacional do PSDB, em junho, o tucano ressaltou sua origem humilde, "filho de um camponês, vendedor de frutas, analfabeto até os 20 anos de idade". "Eu sei onde o calo aperta. Eu sei como é a vida real das famílias pobres deste país, pois sou filho de uma delas."
Serra mente
Serra não investiu em programas de transferência de renda na prefeitura, quando foi prefeito e no governo de São Paulo. No município de São Paulo, José Serra não conseguiu vencer a dificuldade de cadastrar todas as famílias que poderiam receber o Bolsa Família, mas que estão fora do programa.Há quem diga que o ex governador tucano boicotou o Bolsa-Família em são Paulo, assim como também boicotou o Minha Casa Minha Vida. Segundo o IBGE, em São Paulo cerca de 320 mil famílias têm o perfil do programa, mas pouco mais de 110 mil recebem a bolsa. Pesaro, que foi secretário municipal de assistência social na gestão Serra, deu a entender que José Serra boicota os programas sociais do governo Federal; "Há concorrência entre os programas dos governos, deve ser à falta de integração dos governos municipal, estadual e federal", disse.
Em São Paulo, enquanto Serra era governador, o Renda Cidadã previa um pagamento menor de benefícios em 2010 do que em 2006. O atual governador tucano, Aleberto Goldman, que assumiu no lugar de José Serra , no entanto, ampliou os investimentos um dia depois que o candidato tucano José Serra passou a prometer durante seus dicursos dobrar o Bolsa Família.
(Copiado de Os Amigos do Presidente Lula, http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/07/em-troca-de-votos-serra-promete.html)
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