ANGELA LACERDA - Agência Estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, em Petrolina (PE), que depois de deixar o cargo vai insistir pela reforma política no País. "Pode ficar certo que vou virar uma casca de ferida para fazer reforma política. É essa a contribuição que um político tem que dar para o País", disse ele. "E já falei para o Eduardo (Campos, governador de Pernambuco, candidato à reeleição): vamos fazer reforma política neste País". Segundo ele, essa tarefa não é papel de presidente - embora o candidato José Serra tenha prometido "peitar" a reforma política se eleito - mas dos partidos.
"É preciso fazer reforma política, moralizar os partidos, ter partidos fortes para poder ter com quem negociar, conversar", afirmou o presidente em entrevista a emissoras de rádio do Ceará, Piauí e Pernambuco, no aeroporto de Petrolina, onde desembarcou às 10 horas, após partida de Brasília, e seguiu às 11h30 para cumprir agenda em Salgueiro (PE).
Depois de terminar seu mandato, afirmou que irá continuar viajando pelo sertão brasileiro e por todo o País para ver o que fez e o que deixou de fazer. "E se tiver alguma coisa errada, vou pegar o telefone e ligar para minha presidenta (referindo-se à sua candidata Dilma Rousseff) e dizer: ''Olha tem uma coisa errada aqui, pode fazer, minha filha, porque eu não consegui fazer''".
"Quem pensa que vou deixar a Presidência e vou para Paris, para Harvard e não sei para onde, não", disse ele, que também pretende se empenhar pela aprovação de um marco regulatório do meio ambiente no próximo governo. "Não pode continuar a dificuldade que está", observou ao enumerar os obstáculos para se conseguir realizar obras no País e ao explicar, de forma indireta, o atraso nas obras da ferrovia Transnordestina. "No Brasil é assim", acrescentou. "Criamos uma máquina de fiscalização poderosa e uma máquina de execução fragilizada".
Lembrou que as obras do metrô de Fortaleza foram paralisadas por denúncia de sobrepreço. "Passou quatro meses para descobrir que não tinha", afirmou, ao frisar que ninguém discute quanto custa estas paralisações. E fez um mea culpa. "Eu tenho culpa, o Eduardo tem culpa, Humberto (Costa, ex-ministro da Saúde, candidato ao senado por Pernambuco) tem culpa, porque quando a gente é deputado, a gente não pensa que vai para o governo e a gente vai criando lei para criar dificuldade", disse arrancando risos dos entrevistadores e aliados que assistiram à entrevista.
"A gente pensa que os funcionários que não liberam as coisas são ruins, mas não são, eles são seres humanos e têm medo", emendou. "Se liberaram alguma coisa para fazer e o Ministério Público entender que está errado e processar, ele tem os bens disponibilizados e tem que contratar advogado para se defender". "Precisamos mudar para o bem do Brasil, mudar marco regulatório ambiental, discutir papel do Ministério Público, do Tribunal de Contas", reiterou.
Na entrevista, o presidente acusou a oposição de ter acabado com a CPMF "para se vingar do povo pobre do País". "Não foi para se vingar de mim", disse. "Tiraram R$ 40 bilhões por ano do orçamento, R$ 120 bilhões em quatro anos, tiraram por pura vingança". Segundo ele, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Saúde, que havia sido aprovado dentro do Palácio do Planalto, que previa tratar dos dentes e oferecer oculista para as crianças na escola, foi prejudicado pelo corte do recurso. "Duvido que prefeitos e governadores continuem a melhorar a saúde se não tiver dinheiro", afirmou, ao observar que agora (os opositores) ficam falando o tempo todo da Saúde.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, em Petrolina (PE), que depois de deixar o cargo vai insistir pela reforma política no País. "Pode ficar certo que vou virar uma casca de ferida para fazer reforma política. É essa a contribuição que um político tem que dar para o País", disse ele. "E já falei para o Eduardo (Campos, governador de Pernambuco, candidato à reeleição): vamos fazer reforma política neste País". Segundo ele, essa tarefa não é papel de presidente - embora o candidato José Serra tenha prometido "peitar" a reforma política se eleito - mas dos partidos.
"É preciso fazer reforma política, moralizar os partidos, ter partidos fortes para poder ter com quem negociar, conversar", afirmou o presidente em entrevista a emissoras de rádio do Ceará, Piauí e Pernambuco, no aeroporto de Petrolina, onde desembarcou às 10 horas, após partida de Brasília, e seguiu às 11h30 para cumprir agenda em Salgueiro (PE).
Depois de terminar seu mandato, afirmou que irá continuar viajando pelo sertão brasileiro e por todo o País para ver o que fez e o que deixou de fazer. "E se tiver alguma coisa errada, vou pegar o telefone e ligar para minha presidenta (referindo-se à sua candidata Dilma Rousseff) e dizer: ''Olha tem uma coisa errada aqui, pode fazer, minha filha, porque eu não consegui fazer''".
"Quem pensa que vou deixar a Presidência e vou para Paris, para Harvard e não sei para onde, não", disse ele, que também pretende se empenhar pela aprovação de um marco regulatório do meio ambiente no próximo governo. "Não pode continuar a dificuldade que está", observou ao enumerar os obstáculos para se conseguir realizar obras no País e ao explicar, de forma indireta, o atraso nas obras da ferrovia Transnordestina. "No Brasil é assim", acrescentou. "Criamos uma máquina de fiscalização poderosa e uma máquina de execução fragilizada".
Lembrou que as obras do metrô de Fortaleza foram paralisadas por denúncia de sobrepreço. "Passou quatro meses para descobrir que não tinha", afirmou, ao frisar que ninguém discute quanto custa estas paralisações. E fez um mea culpa. "Eu tenho culpa, o Eduardo tem culpa, Humberto (Costa, ex-ministro da Saúde, candidato ao senado por Pernambuco) tem culpa, porque quando a gente é deputado, a gente não pensa que vai para o governo e a gente vai criando lei para criar dificuldade", disse arrancando risos dos entrevistadores e aliados que assistiram à entrevista.
"A gente pensa que os funcionários que não liberam as coisas são ruins, mas não são, eles são seres humanos e têm medo", emendou. "Se liberaram alguma coisa para fazer e o Ministério Público entender que está errado e processar, ele tem os bens disponibilizados e tem que contratar advogado para se defender". "Precisamos mudar para o bem do Brasil, mudar marco regulatório ambiental, discutir papel do Ministério Público, do Tribunal de Contas", reiterou.
Na entrevista, o presidente acusou a oposição de ter acabado com a CPMF "para se vingar do povo pobre do País". "Não foi para se vingar de mim", disse. "Tiraram R$ 40 bilhões por ano do orçamento, R$ 120 bilhões em quatro anos, tiraram por pura vingança". Segundo ele, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Saúde, que havia sido aprovado dentro do Palácio do Planalto, que previa tratar dos dentes e oferecer oculista para as crianças na escola, foi prejudicado pelo corte do recurso. "Duvido que prefeitos e governadores continuem a melhorar a saúde se não tiver dinheiro", afirmou, ao observar que agora (os opositores) ficam falando o tempo todo da Saúde.
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