Marlene Bergamo/Folhapress
Dilma coma rosa que ganhou de Lula pela calma, disse ele, ao ser entrevistada na TV
ANA FLOR
ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE
Em comício ontem em Belo Horizonte ao lado de sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff (PT), o presidente Lula fez críticas à oposição, reclamou do tratamento dado à petista em entrevista no Jornal Nacional e afirmou que o Brasil precisa de uma "mãe" que "cuide" do país.
O presidente fez ataques diretos ao candidato tucano José Serra pelas críticas à saúde. "Tinha que lembrar ele que foi o partido dele que tirou R$ 40 bilhões da saúde ao ano [...] para depois na campanha vir dizer "a saúde não tá boa, a saúde não tá boa'", disse Lula, citando debate na semana passada.
Criticou ainda o ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB) pela mesma razão.
No início do discurso, Lula deu uma rosa para Dilma e disse que era pela "calma e tranquilidade que teve quando foi entrevistada pelo "Jornal Nacional'".
Sem citar William Bonner, apresentador do "JN", ele disse ter esperado que, "pelo fato de ser mulher e ser candidata, que o entrevistador tivesse um pouco mais de gentileza" com Dilma.
Durante o dia os petistas evitaram criticar a entrevista, considerada "dura".
Antes de Lula encerrar o ato político com seu discurso, Dilma falou sobre suas origens mineiras e comparou-se a dois outros mineiros eleitos presidentes: Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves. "Eu aprendi com a tradição política dos mineiros."
Afirmou ainda que o Brasil tem que decidir qual projeto quer para o futuro, com a cabeça erguida ou aquele país que estava de joelhos".
Para comparar Dilma a uma "mãe", Lula disse que os homens têm de aprender a votar em mulheres. "O maior legado que posso deixar é não ter tido medo de indicar uma mulher para governar este país. A palavra correta é cuidar, não governar."
Lula foi ao evento após participar de agenda como presidente em Divinópolis.
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