Em 2007, Roriz renunciou ao mandato de senador para não responder a acusações de malversação de dinheiro público em processo de quebra de decoro parlamentar, que poderia resultar em processo de cassação.
Na ocasião, a Operação Aquarela da Polícia Civil flagrou Roriz, por meio de escutas telefônicas legais, discutindo com o ex-presidente do Banco Regional de Brasília, Tarcísio Franklin, a partilha de R$ 2,2 milhões.
Como a renúncia para escapar de cassação é um dos "delitos" enquadrados pela Lei de Ficha Limpa, o TRE do DF entendeu que Roriz não pode ser candidato.
Foram quatro votos contra a candidatura, dos juízes Hilton Queiroz, José Carlos Souza e Ávila, Mário Machado e Luciano Vasconcellos (relator). Os dois a favor de Roriz vieram dos juízes Evandro Pertence e Raul Sabóia.
As ações de impugnação contra a candidatura de Joaquim Domingos Roriz foram ajuizadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), pelo PSol e pelo candidato a distrital Júlio Cárdia (PV). Segundo os advogados de Roriz, a norma ditada pela Lei de Ficha Limpa não poderia ser aplicada neste ano, pois isso significaria retroagir para condenar um candidato, o que seria inconstitucional.
Apesar do registro de candidatura indeferido, Roriz pode continuar a campanha eleitoral. O ex-governador também tem assegurado o tempo de propaganda na televisão e no rádio.
Roriz tenta voltar ao Palácio do Buriti em Brasília, com o apoio de políticos, como o ex-governador José Roberto Arruda, cassado pelo TE-DF por desfiliação partidária, após o escândalo em que foi acusado de corrupção.
A candidatura de Roriz era também o único palanque assegurado em Brasília para a campanha presidencial do tucano José Serra.
Os outros postulantes ao cargo de governador do DF são o ex-ministro do Esporte, Agnelo Queiroz (PT), Toninho do PSOL, Eduardo Brandão (PV), Frank Svensson (PCB), Newton Lins (PSL), Ricardo Machado (PCO) e Rodrigo Dantas (PSTU).
Roriz é suspeito de ser o mentor do mensalão do DEM, que continuou com José Roberto Arruda, ex-governador que ficou preso durante dois meses, e depois renunciou o governo do Distrito Federal, Arruda também era o único governador do DEM e ex-candidato a vice de Serra. O assalto aos cofres públicos do caso também conhecido como, "o dinheiro era para comprar panetones para crianças", acabou dando bolo no palanque do tucano.
* Celso Jardim (Com o portal o Vermelho)
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