Marco Antônio Araújo: As eleições presidenciais tiveram o efeito colateral de reacender o preconceito de classe. O ódio (não há outra palavra) aos pobres saiu do armário, foi para as ruas e continua escorrendo pelos principais esgotos do país. No dia da Proclamação da República, uma alma atormentada, que atende às vozes das trevas pelo nome de Luiz Carlos Prates, cuspia as seguintes declarações, durante o Jornal do Almoço, transmitido pela RBS, a Globo de Santa Catarina:
- Hoje, qualquer miserável tem um carro.
- O sujeito nunca leu um livro, mora apertado numa gaiola que chamam de apartamento, não tem nenhuma qualidade de vida, mas tem um carro na garagem.
- Resultado desse governo espúrio que popularizou, pelo crédito, o carro para quem nunca tinha lido um livro.
É o tipo de ignorância que nem merece piedade. O cara se afoga no vômito das próprias palavras. Nojento.
A democracia foi feita para que possamos expressar pensamentos livremente. Mas o que o comentarista ficou esbravejando não passa de rancor e desprezo.
Só gente como ele pode ter carro e viajar no feriado. Só a casa dele é decente. Só o candidato dele é bom. Só o dinheiro dele presta. Em resumo, é um babaca completo. Não só ele, mas também quem pensa parecido.
Infelizmente, como vimos durante a campanha eleitoral, há quem concorde com esse pensamento cretino. O que causa espanto é haver quem pague para que esse tipo de estupidez seja transmitido ao vivo pela TV. Há patrão para tudo neste mundo.
Melhor que a gente saiba onde essa turma se reúne. E nem passar perto desses miseráveis, pobres de espírito. "Desgraçados". Gentinha.
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