segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Miro: É preciso enfrentar o poder da mídia hegemônica brasileira

O ano de 2010 marcou um novo capítulo na comunicação brasileira. As eleições reforçaram a formação de uma nova frente alternativa especialmente na internet e a luta pela democratização da mídia. Também foi este o primeiro ano de existência da Secretaria de Questão da Mídia do PCdoB, instância nascida justamente pelo reconhecimento do partido ao caráter estratégico dessa luta, e do Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé, que reúne diversos profissionais, estudiosos e militantes da área.
À frente de ambos está Altamiro Borges, jornalista que vem se notabilizando por seu trabalho em prol da democratização das comunicações e no enfrentamento da grande mídia. Nesta entrevista ao Vermelho, ele faz um balanço desse primeiro ano de atividades tanto da Secretaria quanto do Barão e fala sobre os desafios para o próximo período de atividades.
Para Miro, as duas iniciativas conseguiram, apesar do pouco tempo de existência, aproximar lideranças de diversos movimentos, ampliando assim a unidade na luta pelo fortalecimento de rádios e tevês comunitárias, do movimento de blogueiros e da mídia alternativa. Segundo ele, ficou claro neste ano a necessidade de se enfrentar a mídia hegemônica. “É preciso mexer com esse poder e mexer com esse poder não é censurá-lo; fale as besteiras que quiser enquanto tratar-se de iniciativa privada, jornal e revista; mas ouça também. Agora, enquanto concessão pública (rádio e tevê), aí não, não fale as besteiras que quiser porque isso aqui não é zona. Tevê e rádio são concessões públicas”, disse.
Um dos pontos ressaltados pelo jornalista é a necessidade da regulação da mídia. “No mundo inteiro tem regulação. Só aqui é que é essa libertinagem. Isso mostra o seguinte: não tem porque não haver um processo de regulação da mídia no Brasil. Comunicação não é brincadeira, tem que ser algo estratégico. O país que não tiver uma boa comunicação tem até dificuldade de se desenvolver, portanto, é também um problema econômico, além de social e democrático”, enfatizou.
Acompanhe a seguir a íntegra da entrevista no portal Vermelho.

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